Merkel é a mulher mais poderosa do mundo, diz "Forbes"
2 de novembro de 2017
Chanceler federal alemã aparece pela sétima vez consecutiva no topo da lista das 100 mulheres mais influentes. Revista destaca vitória acirrada nas eleições em meio à ascensão do partido populista de direta AfD.
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A chanceler federal alemã, Angela Merkel, foi eleita a mulher mais poderosa do mundo pela sétima vez consecutiva , anunciou nesta quinta-feira (02/11) a revista Forbes.
"Neste ano, Merkel venceu uma eleição acirrada que marcou a entrada do partido [populista de direita] Alternativa para a Alemanha (AfD) no Parlamento alemão", disse a publicação em comunicado.
"Ela terá que segurar firme o leme da União Europeia (UE) enquanto enfrenta as tempestades do Brexit [saída do Reino Unido da UE] e o crescente sentimento anti-imigração na Europa", acrescentou a revista. "O poder de Merkel ainda é sólido graças a uma baixa taxa de desemprego e a um forte crescimento da economia alemã."
A lista das 100 personalidades femininas que se destacaram em 2017 traz a primeira-ministra britânica, Theresa May, em segundo lugar. "Agora, May tem que manter uma coalizão governamental frágil e conduzir o país rumo ao Brexit até 2019", destaca a Forbes.
Hillary Clinton, que ficou na segunda posição no ranking em 2016, caiu para a posição 63 depois de perder as eleições presidenciais para o presidente americano, Donald Trump.
A filha de Trump, Ivanka, que atua como conselheira da Casa Branca, ficou em 19º lugar, e a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, ficou em 43º.
Melinda Gates, copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates, ficou em terceiro lugar, seguida de Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook, e Mary Barra, CEO da General Motors.
Confira as mulheres que ficaram nas primeiras dez posições do ranking da Forbes:
1- Angela Merkel, chanceler federal alemã
2- Theresa May, primeira-ministra britânica
3- Melinda Gates, copresidente da Fundação Bill & Melinda Gates
4- Sheryl Sandberg, chefe de operações do Facebook
5- Mary Barra, CEO da General Motors
6- Susan Wojcicki, CEO do Youtube
7- Abigail Johnson, presidente da Fidelity Investiments
8- Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI)
9- Ana Patrícia Botín, presidente do Grupo Santander
10- Ginni Rometty, CEO da IBM
KG/dpa/ots
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Mulheres no poder
A maioria dos 193 países nas Nações Unidas é governada por homens. Mulheres à frente de uma nação são raras. Mas há exceções. Algumas são bem conhecidas; outras, nem tanto.
Foto: Reuters/Y. Herman
Angela Merkel
Eleita chanceler federal da Alemanha em 2005, foi a primeira mulher a chefiar um governo alemão. Com 62 anos de idade, cumpre seu terceiro mandato e concorre ao quarto nas eleições de setembro próximo. Muitos consideram Merkel a mulher mais poderosa do mundo. Em 2015, a revista americana "Time" escolheu a filha de pastor protestante a "Personalidade do Ano".
Foto: picture alliance/dpa/M.Gambarini
Theresa May
É a segunda primeira-ministra britânica, após Margaret Thatcher, que governou o país na década de 1980. A ex-ministra do Interior, de 60 anos, mudou-se para Downing Street pouco depois do referendo pela saída do Reino Unido da União Europeia, em julho de 2016. Agora ela enfrenta a difícil tarefa de negociar a saída de seu país do bloco.
Foto: picture-alliance/dpa/H. Tyagi
Beata Szydlo
A terceira mulher na chefia do governo polonês está há quase um ano no cargo. Em seu primeiro discurso diante do Parlamento, a política do partido conservador Direito e Justiça (PiS) disse ser uma prioridade do governo "garantir a segurança da Polônia e contribuir para a segurança da UE". Beata Szydlo, da 54 anos, é católica devota.
Foto: picture-alliance/W. Dabkowski
Tsai Ing-wen
Tsai Ing-wen é a primeira mulher presidente de Taiwan. Por causa de suas críticas à China, após sua posse, em maio último, Pequim congelou as relações com Taiwan. A China é irredutível na posição de que Taiwan, um estreito aliado dos Estados Unidos, algum dia se tornará independente. Tsai Ing-wen assegura que não vai "ceder a qualquer pressão" na questão da soberania.
Foto: Reuters/T. Siu
Ellen Johnson Sirleaf
A política hoje com 78 anos foi a primeira líder democraticamente eleita, em 2006, não só na Libéria, mas em todo o continente africano. Em 2011, ela e outras duas ativistas da Libéria e do Iêmen receberam o Prêmio Nobel da Paz "por sua luta pacífica pela segurança das mulheres e pelos direitos das mulheres à plena participação no trabalho para garantir a paz".
Foto: Reuters/N. Kharmis
Dalia Grybauskaitė
Dalia Grybauskaitėist é a primeira chefe de governo da Lituânia. Da mesma forma como a ex-premiê Thatcher, Grybauskaitė muitas vezes é chamada "dama de ferro". Antes de ser eleita para o governo da Lituânia em 2009, e ser reeleita em 2014, ela conquistou a faixa preta em caratê, ocupou diversos postos no governo de seu país e foi comissária de Programação Financeira e Orçamento da União Europeia.
Foto: Reuters/E. Vidal
Erna Solberg
A Noruega é governada pela segunda mulher, depois de Gro Harlem Brundtland, nos anos 1980 e 1990. Erna Solberg, que tem 56 anos, tornou-se primeira-ministra em 2013. Por causa de sua rígida posição em relação à política de asilo, ela também é chamada "Erna de ferro".
Foto: picture-alliance/dpa/V. Wivestad Groett
Saara Kuugongelwa-Amadhila
Ao assumir, em 2015, a política hoje com 49 anos foi a primeira mulher na chefia do governo da Namíbia. Ainda jovem, ela havia se exilado em Serra Leoa. Mais tarde, estudou Economia nos Estados Unidos. Em 1994, ela retornou à Namíbia e iniciou a carreira política.
Foto: Imago/X. Afrika
Michelle Bachelet
No atual mandato, Michelle Bachelet é presidente do Chile desde 2014, mas ela também já esteve neste cargo de 2006 a 2010, quando foi a primeira mulher a ocupar a chefia do governo chileno. Durante a ditadura chilena, ela esteve presa e foi torturada. Mais tarde, viveu no exílio na Austrália e na então Alemanha Oriental, onde estudou Medicina.
Foto: Getty Images/AFP/C. Reyes
Hasina Wajed
Em 2016, a primeira-ministra de Bangladesh esteve na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo, segundo a revista "Forbes". Hasina Wajed, de 69 anos, governa o oitavo maior país do mundo em número de população – 162 milhões de habitantes – desde 2009. Ela está na política há várias décadas.
Foto: picture-alliance/dpa/Bildfunk
Kolinda Grabar-Kitarovic
Em 2015, foi eleita presidente da Croácia, tornando-se a primeira mulher neste cargo no país. A política de 49 anos já havia ocupado outros postos no governo de seu país e representou a Croácia como embaixadora em Washington. Grabar-Kitarovic também foi a primeira mulher a ser secretária-geral adjunta para a Diplomacia Pública na Otan.