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Merkel é mulher mais poderosa do mundo pelo 10º ano seguido

8 de dezembro de 2020

Em 2020, "Forbes" dá atenção especial a personalidades mundiais que tiveram papel de destaque na luta contra a pandemia. Primeira mulher eleita vice nos EUA, Kamala Harris, é a terceira mais poderosa no ranking.

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel
No poder há 15 anos, Merkel é descrita como a líder 'de facto' da EuropaFoto: Michael Kappeler/picture alliance/dpa

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, foi eleita pelo 10º ano consecutivo a mulher mais poderosa do mundo no ranking elaborado anualmente pela revista Forbes. Esta é a 15ª vez em que a líder alemã aparece na lista, elaborada há 17 anos pelo periódico americano.

A relação das 100 mulheres mais poderosas de 2020 foi revelada nesta terça-feira (08/12), com destaque especial ao papel feminino na luta contra a pandemia de coronavírus.

Merkel, de 66 anos, é descrita como a líder de fato da Europa, "liderando a maior economia da região e conduzindo a Alemanha através da crise financeira e de volta ao crescimento".

Há 15 anos no cargo, a chefe de governo alemã é seguida no ranking pela presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, que manteve a mesma segunda posição do ano passado.

A novidade no pódio é a vice-presidente eleita dos Estados Unidos, Kamala Harris, em terceiro lugar. Em janeiro de 2021, ela se tornará a primeira mulher a ocupar o cargo no governo americano, assim como a primeira negra e descendente de asiáticos no posto.

As demais mulheres que completam o top 10 das mais poderosas são Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; Melinda Gates, copresidente da Fundação Bill e Melinda Gates; Mary Barra, CEO da General Motors; Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA; Ana Patricia Botín, presidente-executiva do banco Santander; Abigail Johnson, CEO da Fidelity Investiments; e Gail Boudreaux, CEO da fundação Anthem.

A única brasileira na lista é Andrea Marques de Almeida, diretora-executiva de Finanças e Relacionamento com Investidores da Petrobras, em 77º lugar. Ela assumiu o cargo em 2019, mesmo ano em que entrou no ranking da Forbes, já na mesma posição deste ano.

Luta contra a pandemia

De líderes políticas mundiais a executivas de empresas, foram agraciadas mulheres que se destacaram por sua gestão da crise do coronavírus ou por ações que ajudaram a mitigar e controlar o avanço da covid-19, que já matou mais de 1,5 milhão de pessoas no mundo.

Nesse sentido, a Forbes disse que a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern (32º lugar), a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen (37º), a primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin (85º), a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde (2º), e a governadora de Tóquio, Yuriko Koike (63º), foram particularmente eficazes.

"Onde elas diferem em idade, nacionalidade e descrição do trabalho, elas estão unidas na maneira como vêm usando suas plataformas para enfrentar os desafios únicos de 2020", disse a revista.

A publicação ainda citou a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, que recentemente afirmou: "Países onde os direitos humanos são respeitados e onde mulheres são capazes de alcançar posições de destaque na sociedade também são os países mais bem equipados para lidar com as crises da covid-19." Solberg integra a lista das mais poderosas na posição 52.

A Nova Zelândia de Ardern, por exemplo, eliminou as infecções por coronavírus com um lockdown estrito, somando hoje um total de pouco mais de 2 mil casos de covid-19 e 25 mortes.

Taiwan, por sua vez, manteve a pandemia sob controle após impor medidas restritivas rígidas e fechar suas fronteiras em janeiro, muito antes de países ocidentais. Assim, a nação insular conta hoje pouco mais de 700 casos e sete mortes, observou a Forbes.

Das 100 mulheres mais poderosas de 2020, 17 integram a lista pela primeira vez. Entre elas estão as americanas Carol Tomé (11º lugar), presidente-executiva da empresa de logística UPS, cujos volumes de entrega dispararam durante o lockdown, e Linda Rendle (87º), presidente da empresa Clorox, que impulsionou a produção de produtos de limpeza.

Já Karen Lynch (38º), que se tornou presidente-executiva da CVS Health em fevereiro, assumiu a resposta à covid-19 em nome da rede gigante de farmácias, bem como a extensa rede de locais de testes de coronavírus. Em 2021, ela será responsável por supervisionar a distribuição de vacinas em quase 10 mil lojas da CVS Health nos Estados Unidos.

Por sua vez, Stacey Cunningham (35º), a primeira mulher a chefiar a Bolsa de Valores de Nova York, tomou em março a "rápida decisão'' de cancelar as negociações presenciais enquanto o vírus avançava nos EUA, destacou a Forbes.

EK/rtr/ots

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