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Terrorismo

Merkel anuncia mudanças legais após atentado

23 de dezembro de 2016

Depois da morte de suspeito por ataque em Berlim, chanceler federal afirma que vai reavaliar medidas adotadas pelo governo. Líder alemã se diz aliviada, mas reconhece que ameaça terrorista vai permanecer.

Angela Merkel
Foto: Getty Images/AFP/T. Schwarz

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, agradeceu nesta sexta-feira (23/12) às autoridades italianas pela ação que resultou na morte do principal suspeito pelo atentado a um mercado de Natal em Berlim. O tunisiano Anis Amri foi morto na madrugada, durante um tiroteio com policiais na cidade de Sesto San Giovanni, nos arredores de Milão.

"Ao fim desta semana, podemos nos sentir aliviados por esse perigo agudo ter chegado ao fim", disse a chanceler.

Merkel disse que seu governo vai avaliar a necessidade de promover mudanças legais e políticas após o ataque em Berlim. Ela afirmou que o país tomará as medidas necessárias para reforçar a segurança, e defendeu o aumento do número e da velocidade das deportações para a Tunísia. A chanceler disse ter conversado por telefone com o presidente tunisiano, Béji Caid Essebsi, sobre a necessidade de acelerar as deportações dos requerentes de refúgio que tenham seus pedidos negados.

Amri teve seu pedido de refúgio negado na Alemanha. No entanto, sua deportação não foi efetuada devido a entraves burocráticos com a Tunísia, que negou durante muito tempo que ele fosse cidadão do país.

O atentado em Berlim levanta diversas questões, disse a chanceler. "Vamos avaliar com rigor até que ponto medidas adotadas pelo governo devem ser modificadas."

Suspeito de atentado em Berlim é morto

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Ela afirmou ter pedido ao ministros da Justiça, Heiko Maas, para, juntamente com o ministro do Interior, Thomas de Maizière, e com as agências de segurança, analisar cada aspecto do caso e apresentar os resultados "o mais rápido possível".

"Assim como há muitos anos, a ameaça terrorista continuará existindo", disse a chanceler, ressaltando o dever primordial do Estado de proteger os cidadãos.

Segurança e liberdade

Maas afirmou que vai se reunir em janeiro com De Maizière para discutir as consequências legais e de segurança após a morte de Amri na Itália. "Uma coisa é clara: nossa segurança e nossa liberdade devem ser protegidas com todos os recursos disponíveis no Estado de direito", disse o ministro da Justiça.

Em particular, disse Maas, serão discutidas formas de acelerar as deportações e monitorar mais de perto indivíduos que possam representar algum perigo. As investigações continuam mesmo após a morte do suspeito pelo atentado em Berlim, disse o ministro.

As autoridades de segurança alemãs enfrentam uma enxurrada de críticas após a divulgação da informação de que Amri foi monitorado durante meses na Alemanha, mas que, por folta de prova, o monitoramento foi interrompido.

De Maizière, por sua vez, se disse aliviado com o fato de o suposto agressor não representar mais uma ameaça. Ele parabenizou as autoridades italianas e os dois policiais que detiveram Amri. O ministro alertou que o nível de ameaça terrorista na Alemanha "permanece alto" e afirmou que as medidas de segurança não serão relaxadas. As investigações prosseguem para determinar se o suspeito contava com o apoio de uma rede terrorista, disse.

RC/dpa/afp/ap/rtr

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