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Merkel anuncia segunda fase de reformas

29 de março de 2006

Chefe de governo anuncia segunda fase de suas reformas políticas, que tem as prioridades na reforma do federalismo e do sistema de saúde, a desburocratização, segurança do abastecimento energético e incentivo à pesquisa.

Plenário do Bundestag (Parlament) em BerlimFoto: AP

"O que fizemos até agora não me basta e não basta para a Alemanha", disse a chefe de governo há 130 dias no poder. Em seu tradicional pronunciamento diante do Parlamento alemão por ocasião do debate sobre o orçamento federal para o próximo ano, Angela Merkel, anunciou nesta quarta-feira (29/03) a segunda fase de sua política de reformas.

MerkelFoto: AP

A líder democrata-cristã citou como prioridades as reformas do federalismo e do sistema de saúde, a desburocratização, a segurança do mercado energético e o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento.

Merkel manifestou-se preocupada com o alto número de desempregados no país, que chega a quase cinco milhões de pessoas. Por isso, segundo ela, a coalizão de governo preparou um orçamento "cuja meta é o saneamento das finanças, mas que ao mesmo tempo permite o crescimento e a criação de empregos".

Nas suas palavras, os programas de saúde deverão ficar mais caros nos próximos 10 a 15 anos. Até 2009, o déficit no sistema de saúde alemão será de sete a nove bilhões de euros.

Política externa

Sobre o caso do muçulmano convertido ao Cristianismo Abdul Rahman, que após sua libertação no Afeganistão viajou à Itália, onde requereu asilo político, Angela Merkel ressaltou que seu governo "não vai aceitar o desrespeito aos direitos humanos e à liberdade de religião".

Segundo ela, a Alemanha precisa agir com determinação para defender os valores estabelecidos na Constituição, também no exterior. Neste contexto, ela apelou à aprovação, no Parlamento, do envio de soldados alemães para vigiar as eleições na República Democrática do Congo, em junho.

Nesta quinta-feira, o tema central dos debates será o projeto orçamentário do ministro do Trabalho, Franz Müntefering. A segurança social é responsável por 51% do orçamento alemão. Dos 134 bilhões de euros previstos ao Ministério, 77 bilhões são gastos com o pagamento de aposentadorias.
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