Merkel apresenta sua visão para o futuro da Europa
13 de novembro de 2018
Chanceler federal da Alemanha diz que tempo no qual a Europa podia confiar incondicionalmente em outros acabou e apoia criação de um exército europeu.
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A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, apresentou nesta terça-feira (13/11) ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, sua visão para o futuro da União Europeia (UE). Diante do cenário mundial incerto, a líder alemã defendeu uma atitude mais confiante do bloco e afirmou que o tempo no qual a Europa podia confiar incondicionalmente em outros acabou.
"Nós, como europeus, precisamos assumir mais fortemente nosso destino, se quisermos sobreviver como uma comunidade", destacou Merkel. Ela defendeu o fim da exigência da unanimidade dos membros do bloco em votações, para apressar a aprovação de decisões.
Em seu discurso, a chanceler apoiou a ideia do presidente da França, Emmanuel Macron, que propôs a criação de um exército europeu. "Temos cooperação ao nível militar, e isso é muito bom, mas o que devemos fazer, e isto é muito importante, é trabalhar na visão de um dia criarmos um verdadeiro exército europeu", destacou.
A ideia de Macron reflete uma ampla tendência no bloco, porém, sua aceitação não é unânime. A proposta foi uma resposta às críticas americanas de que a UE deveria fazer mais pela sua própria segurança e depender menos dos Estados Unidos. O plano, porém, não agradou ao presidente dos EUA, Donald Trump, que o classificou como"muito insultante".
Proposta inicialmente na década de 1950, a ideia de um exército europeu voltou ao debate há quatro anos numa tentativa de aumentar a importância geopolítica do bloco.
Merkel defendeu a ideia argumentando que mostraria ao mundo que não haveria mais guerra na Europa e destacou que a iniciativa não minaria a Otan. "Não podemos proteger os europeus, se não optarmos por um verdadeiro exército europeu", acrescentou. Seu comentário arrancou aplausos de alguns parlamentares, enquanto os nacionalistas vaiaram a chanceler.
Em seu discurso, Merkel criticou o crescimento de tendências nacionalistas no bloco e ressaltou que a UE é a melhor oportunidade de paz, bem-estar e segurança para seus cidadãos. "O nacionalismo e egoísmo não têm lugar na Europa. A tolerância e solidariedade representam o nosso futuro comum", afirmou.
A chanceler pediu ainda aos países membros do bloco mais coesão, numa clara referência à disputa entre a UE e a Itália, que deseja aumentar seu déficit orçamentário além dos limites estabelecidos por regras europeias. Sem citar Roma, Merkel lembrou que uma moeda única só pode funcionar se todos os integrantes cumprem com suas obrigações para alcançar finanças sustentáveis.
A líder defendeu também em seu discurso, de cerca de 20 minutos, a solidariedade entres os Estados como um pilar da União Europeia e abordou a política de refugiados e a disputa sobre o retrocesso do Estado de Direito em alguns países do oeste europeu.
Merkel destacou que o Estado de Direito também não pode ser colocado em questão pelos países da UE. Em diversos países, a Justiça está sob pressão. A Polônia e a Hungria já enfrentam processos europeus, que podem resultar em sanções, por ameaçar a democracia e direitos fundamentais com recentes reformas.
Sobre os refugiados, a chanceler pregou "a responsabilidade da Europa" no acolhimento de quem precisa. "É uma tarefa europeia comum. A solidariedade é valor básico universal, é uma responsabilidade, é do nosso interesse, é para o nosso bem-estar", disse.
Merkel apresentou sua visão do futuro da Europa no âmbito do ciclo de debates com chefes de Estado e de governo iniciado em janeiro.
CN/dpa/rtr/afp/lusa
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Arqueólogos revelaram no parque arqueológico de Pompeia um afresco até então desconhecido: a "cena de sensualidade" mostra a princesa Leda sendo seduzida por um cisne, que na realidade é Zeus, rei dos deuses do Olimpo, metamorfoseado. A antiga cidade foi soterrada no ano 79 pelo vulcão Vesúvio. "As descobertas extraordinárias continuam", comentou o diretor do parque, Massimo Osanna. (19/11)
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Macron pede união franco-alemã para evitar "caos"
Em Berlim, o presidente francês Emmanuel Macron disse que cabe à França e à Alemanha a abertura de "uma nova etapa" na construção de uma Europa soberana para evitar o risco de "caos global". "A Europa, e dentro dela o par franco-alemão tem a obrigação de não deixar o mundo mergulhar no caos e sim acompanhá-lo no caminho da paz", disse Macron. (18/11)
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Submarino argentino desaparecido há um ano é localizado
O Ministério da Defesa e a Marinha da Argentina informaram que a empresa americana Ocean Infinity encontrou o submarino argentino ARA San Juan, desaparecido há um ano nas águas do Atlântico com 44 tripulantes a bordo. O submarino foi encontrado a 900 metros de profundidade. As imagens dos destroços sugerem que a embarcação sofreu uma "implosão" no casco por causa da pressão do mar. (17/11)
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Camboja condena ex-líderes comunistas
O Tribunal Internacional do Camboja condenou a prisão perpétua os dois últimos líderes vivos do Khmer Vermelho por genocídio e crimes contra a humanidade cometidos pelo regime comunista entre 1975 e 1979. Os acusados são Nuon Chea, de 92 anos, o segundo na hierarquia e ideólogo da organização, e Khieu Samphan, de 87, ex- chefe de Estado. (16/11)
Foto: Reuters/ECCC
Crise no Reino Unido
A primeira-ministra britânica, Theresa May, luta por sua sobrevivência política enquanto busca apoio para um acordo preliminar para o Brexit alcançado com a União Europeia (UE). May defendeu sua estratégia perante o Parlamento Britânico, após dois de seus ministros e dois secretários de Estado anunciarem suas renúncias. (15/11)
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Cuba abandona Mais Médicos
Cuba comunicou que, após cinco anos, vai se retirar do programa Mais Médicos devido a declarações "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro. Para Havana, as modificações sinalizadas pelo futuro governo no projeto são "inaceitáveis". Bolsonaro reagiu ao anúncio, afirmando que "infelizmente" Cuba não aceitou as condições impostas para a continuidade do programa. (14/11)
Foto: DW/C. Neher
Incêndio mortal na Califórnia
O número de mortos do incêndio florestal "Camp Fire", no norte da Califórnia, aumentou para 42, fazendo com que este seja não apenas o pior incêndio da história do estado da costa oeste dos Estados Unidos como também o mais mortal. O Camp Fire atinge uma área de 470 quilômetros quadrados e, em cinco dias, consumiu mais de 7,1 mil residências e outras estruturas. (13/11)
Foto: Getty Images/J.Edelson
Morre aos 95 anos Stan Lee
Morreu aos 95 anos, Stan Lee, lenda dos quadrinhos e pai dos mais importantes personagens da Marvel, como Homem-Aranha, Hulk e X-Men. Como escritor e editor, Lee foi a chave para a ascensão da Marvel como um império dos quadrinhos na década de 1960. Em colaboração com artistas como Jack Kirby e Steve Ditko, ele criou super-heróis que encantaram várias gerações de leitores. (12/11)
Foto: Getty Images/R. Polk
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Foto: Reuters/B. Tessier
Fim da Primeira Guerra Mundial
O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, protagonizaram um encontro histórico em Compiègne, ao norte de Paris, no mesmo lugar onde, cem anos atrás, a Alemanha e as potências aliadas assinaram o armistício que encerrou a Primeira Guerra Mundial. Merkel e Macron depositaram uma coroa de flores no local. (10/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Os 80 anos da "Noite dos Cristais"
Uma cerimônia do Conselho Central dos Judeus em Berlim marcou os 80 anos da "Noite dos Cristais", quando, na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, houve tumultos generalizados contra judeus e instituições e estabelecimentos judaicos em toda a Alemanha. No evento, a chanceler federal Angela Merkel reiterou a necessidade de se agir de forma decidida contra o antissemitismo e o racismo. (09/11)
Foto: Getty Images/AFP/T. Schwarz
Trudeau pede perdão por recusa de judeus
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, se desculpou formalmente, em nome de seu país, pela recusa do Canadá em aceitar centenas de refugiados judeus que fugiam da Alemanha nazista pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Do grupo recusado, mais de 250 morreram durante o Holocausto. "Lamentamos por não termos pedido desculpas antes", afirmou o premiê. (08/11)
Foto: Reuters/C. Wattie
Procurador-geral dos EUA renuncia
O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, renunciou ao cargo a pedido do presidente americano, Donald Trump. A relação entre os dois estava estremecida há pouco mais de um ano, desde que Sessions se afastou da investigação sobre a suposta ingerência russa nas eleições presidenciais. (07/11)
Foto: Reuters/K. Dietsch
Eleições nos Estados Unidos
Os eleitores americanos foram às urnas para renovar parte do Congresso. As eleições de meio de mandato ("midterm") ocorrem sempre cerca de dois anos após a posse do presidente e, especialmente neste ano, são vistas como um referendo sobre a gestão na Casa Branca. Se perder maioria no Congresso, Donald Trump pode ter projetos travados pelo restante do mandato. (06/11)
Foto: Reuters/J. Sommers
Egito cancela visita oficial do Brasil
O governo do Egito cancelou uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, faria ao país árabe. O governo brasileiro foi informado sobre a decisão às vésperas da viagem, algo atípico na diplomacia. Cairo alegou problemas na agenda, mas o gesto foi entendido como uma retaliação a declarações pró-Israel feitas recentemente pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. (05/11)
Foto: picture alliance/AP Photo/A.Cubillos
Primeiro dia do Enem 2018
Milhões de candidatos em todo o Brasil participaram do primeiro dia de provas do Enem 2018, que contou com 45 questões de ciências humanas, 45 questões de linguagens e uma redação. O tema da dissertação foi "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet". O segundo dia de exame ocorre em 11 de novembro, com questões de ciências da natureza e matemática. (04/11)
Foto: Agência Brasil/V. Campanato
Tensão no Paquistão após absolvição de cristã
O destino da paquistanesa Asia Bibi, uma cristã condenada à morte por blasfêmia e que foi absolvida da sentença há alguns dias, foi posto num limbo depois que o Paquistão permitiu que extremistas islâmicos apelassem contra sua absolvição. Críticos condenaram o governo por ceder aos radicais. Ela segue presa, enquanto seu advogado deixou o Paquistão dizendo temer por sua vida. (03/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Hassan
Professores contra "escola neutra" na Alemanha
Cerca de 100 professores de uma escola em Hamburgo lançaram um manifesto contra a plataforma online criada pelo partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que permite que alunos denunciem professores que expressarem opiniões políticas durante as aulas. Profissionais acusam a AfD de "distorção dos princípios democráticos" e defendem a liberdade de opinião. (02/11)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Moro aceita chefiar Ministério da Justiça
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o comando do Ministério da Justiça. Após reunião no Rio de Janeiro, Moro disse em nota estar "honrado" com o convite e que aceita o cargo com "certo pesar", pois terá abandonar seus 22 anos de magistratura. (01/11)