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Merkel: processo permanente de distribuição de refugiados

24 de setembro de 2015

Chanceler federal alemã diz que decisão de realocar 120 mil refugiados entre os países da UE é apenas um primeiro passo. "Ainda estamos muito longe de chegar aonde deveríamos."

Foto: picture-alliance/dpa/W. Kumm

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira (24/09) que a realocação de 120 mil refugiados entre os países da União Europeia (UE) não pode ser uma ação isolada e que é necessário um processo permanente de distribuição.

"Tomamos um primeiro passo, mas ainda estamos muito longe de chegar aonde deveríamos", disse Merkel, em pronunciamento no Bundestag (câmara baixa do Parlamento alemão).

Segundo ela, todos os participantes da cúpula desta quarta-feira, em Bruxelas, reconheceram a dimensão europeia da crise dos refugiados. "Temos que usar esse sinal de unidade para avançar em questões específicas", afirmou.

A chanceler ressaltou que lidar com o crescente número de requerentes de asilo exige esforços nacionais, europeus e globais. "Esta crise vai marcar nosso continente por muito tempo", afirmou.

Os líderes europeus concordaram em disponibilizar 1 bilhão de euros para agências internacionais que administram campos de refugiados em países vizinhos à Síria e em criar postos de registro de refugiados na Itália e na Grécia até o final de novembro.

No encontro, Merkel defendeu a necessidade de incluir o presidente sírio, Bashar al-Assad, em qualquer negociação que vise o fim da guerra civil. "Temos que falar com vários atores, entre eles Assad", declarou. Mas também o Irã e a Arábia Saudita devem ser ouvidos, acrescentou. Os Estados Unidos descartam conversar com Assad. Já a Rússia apoia o presidente sírio.

Na última terça-feira, a maioria dos ministros do Interior da UE aprovou a realocação de 120 mil refugiados que estão em abrigos na Grécia, Itália e Hungria até 2016. República Tcheca, Hungria, Eslováquia e Romênia votaram contra, e a Finlândia se absteve.

Nesta quinta, Merkel se reúne com governadores dos 16 estados federais da Alemanha para discutir o processo de acolhida de refugiados no país. "Espero que hoje tomemos as decisões necessárias", afirmou.

KG/dpa/epd

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