Merkel deve se preparar para mais "fake news", alerta
24 de janeiro de 2017
Segundo força-tarefa da União Europeia, campanha de desinformação é patrocinada pela Rússia e mira principalmente chanceler federal alemã. Fenômeno pode influenciar eleição.
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Um grupo de trabalho da União Europeia (UE) afirmou nesta terça-feira (24/01) que a Rússia vai aumentar sua campanha de desinformação para tentar influenciar o resultado da próxima eleição parlamentar alemã, mirando sobretudo a chanceler federal Angela Merkel.
Já no ano passado Merkel foi alvo de notícias falsas (fake news), a maioria atacando sua política de refugiados, disse nesta terça-feira um representante da UE, mencionando um relatório interno. Autoridades alemãs também já haviam alertado que o fenômeno pode influenciar o resultado da eleição.
França e Holanda, outros dois países-membros da União Europeia que terão eleições este ano, também são potenciais alvos de campanhas de desinformação patrocinadas pela Rússia, disse o representante. Mais de 2.500 notícias falsas em 18 línguas já foram identificadas pela força-tarefa da UE, formada em setembro de 2015 em resposta às campanhas russas de desinformação na Ucrânia.
O ministro de Justiça da Alemanha, Heiko Maas, disse no ano passado temer que a disseminação de notícias falsas na internet possa influenciar a eleição alemã, prevista para setembro. "Infelizmente este é um lado obscuro da internet, com o qual temos de lidar de forma mais intensa", disse.
Órgãos de inteligência dos EUA acusaram a Rússia de influenciar a eleição presidencial americana em favor do republicano Donald Trump, considerado o favorito do Kremlin. Notícias falsas e relatos infundados têm proliferado nas redes sociais e chamaram a atenção depois de supostamente terem influenciado a corrida pela Casa Branca.
PV/dpa/afp
Todos os chefes de governo da Alemanha
Da eleição para o primeiro chanceler federal da Alemanha, em 1949, até hoje, a Alemanha testemunhou mudanças históricas. Relembre algumas delas e os nove chefes de governo da história do país.
Foto: Britta Pedersen/AFP
Olaf Scholz (desde 2021)
Assumiu como chanceler federal em dezembro de 2021, comandando uma coalizão de seu Partido Social-Democrata (SPD) com o Partido Verde e o Partido Liberal Democrático (FDP). Antes, foi vice-chanceler de Angela Merkel e ministro das Finanças.
Foto: Britta Pedersen/AFP
Angela Merkel (2005-2021)
A democrata-cristã doutora em Física foi a primeira mulher a chefiar um governo na Alemanha, em 2005. Foi reeleita em 2009, 2013 e 2017. Após 16 anos no poder, ela decidiu se aposentar.
Foto: dapd
Gerhard Schröder (1998 - 2005)
O social-democrata governou em coalizão com o Partido Verde. Por negar o apoio à guerra no Iraque, causou uma crise nas relações com os EUA. Com o tempo, a coalizão perdeu apoio principalmente por causa do fraco desempenho da economia alemã e por críticas ao programa de reformas Agenda 2010. O governo Schröder terminou com a perda da moção de confiança no Parlamento.
Foto: picture-alliance/dpa
Helmut Kohl (1982 - 1998)
Em outubro de 1982, Helmut Kohl assumia como chanceler federal alemão, cargo que ocuparia por 16 anos. Foi o chefe de governo alemão que por mais tempo ficou no cargo.
Foto: picture-alliance/dpa
Helmut Schmidt (1974 - 1982)
O governo de Helmut Schmidt foi marcado pelo terrorismo da Fração do Exército Vermelho (RAF).
Foto: picture-alliance/dpa
Willy Brandt (1969 - 1974)
Willy Brandt foi o primeiro chanceler federal social-democrata da Alemanha. Renunciou ao cargo em 1974, em consequência de um caso de espionagem.
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Kurt Georg Kiesinger (1966 - 1969)
Foi eleito por uma grande coalizão de partidos e assumiu o problema da crise econômica.
Foto: AP
Ludwig Erhard (1963 - 1966)
O segundo chanceler federal alemão teve apenas três anos de mandato. Ele renunciou devido ao rompimento da coalizão de governo. Mesmo assim, o democrata-cristão participou de forma ativa da reforma monetária alemã do pós-guerra.
Foto: AP
Konrad Adenauer (1949 - 1963)
A eleição do democrata-cristão Konrad Adenauer para primeiro chefe de governo da República Federal da Alemanha, em 15 de setembro de 1949, marcou o início de um longo processo de reestruturação política no país. Reeleito em 1953, 1957 e 1961, ele renunciou ao cargo aos 87 anos de idade, em 1963.