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Merkel diz que Alemanha unida é fruto de "coragem"

3 de outubro de 2020

Na festa dos 30 anos da Reunificação, chanceler agradece cidadãos alemães e parceiros internacionais pelo esforço que levou à união do país. Cerimônia ocorre sob restrições, devido à pandemia.

Angela Merkel
"Sabemos que hoje temos que ser corajosos para superar as diferenças ainda existentes", disse MerkelFoto: Michele Tantussi/Reuters

Em discurso neste sábado (03/10) em cerimônia pelos 30 anos da Reunificação da Alemanha, a chanceler federal alemã, Angela Merkel agradeceu os cidadãos alemães e os parceiros internacionais pela contribuição à unidade do país. Ela afirmou que graças a eles essas três décadas de Alemanha unida podem ser comemoradas "em paz e liberdade". 

"Foi preciso de muita coragem para chegar lá, e das pessoas da então RDA, que saíram às ruas e começaram a revolução pacífica”, disse. Ela acrescentou que a população da velha República Federal também mostrou coragem "para aceitar este caminho de unidade alemã" e que também os "parceiros do mundo" tiveram a coragem de "confiar na Alemanha".

"Coragem na pandemia"

A chanceler fez um paralelo com a situação atual em meio à pandemia de coronavírus. "Sabemos que hoje temos que ser corajosos novamente, corajosos para abrir novos caminhos em face de uma pandemia, corajosos para realmente superar as diferenças ainda existentes entre Leste e Oeste, mas também corajosos para sempre continuar clamando pela coesão de toda a nossa sociedade e para trabalhar por ela."

Os 30 anos da improvável Reunificação alemã

13:25

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A principal celebração oficial foi em Potsdam, cidade a cerca de 25 quilômetros de Berlim. A cerimônia contou  com a presença, além de Merkel, do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier e do presidente do Parlamento alemão, Wolfgang Schäuble. Devido à pandemia, só foram permitidos 230 convidados. 

No discurso de abertura do evento, o presidente Frank-Walter Steinmeier propôs a criação de um memorial para a revolução pacífica na Alemanha Oriental, que ele chamou de "um grande momento, que terá um lugar para sempre em nossa história democrática alemã".

Festa sem cantos

O hino nacional alemão não pôde ser cantado pelos convidados da cerimônia, devido às regras de higiene em vigor. As celebrações tiveram que ser adaptadas devido à pandemia. Muitos eventos planejados foram cancelados ou remarcados.

A cerimônia central começou com uma missa ecumênica na igreja católica de São Pedro e Sâo Paulo. O arcebispo de Berlim, Heiner Koch, alertou contra uma maior polarização social na Alemanha. Já o bispo protestante de Brandemburgo Christian Stäblein chamou a reunificação de "uma história fascinantemente bela" e agradeceu "todos os muitos participantes do caminho da unidade". Ao mesmo tempo, Stäblein admitiu que reunir pessoas é "um longo processo.

Menos de um ano depois da queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, a Alemanha recuperou sua unidade nacional, 30 anos atrás. Desde então, a festa nacional alemã é celebrada em 3 de outubro.

MD/dpa/afp

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