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Merkel diz que buscará nova coalizão

7 de outubro de 2017

Pela primeira vez, chanceler declara intenção de sondar verdes e liberais para formar aliança de governo inédita a nível federal. Acordo deve, segundo ela, ser aprovado por um congresso extraordinário de seu partido.

Chanceler alemã, Angela Merkel, durante congresso da JU
Chanceler alemã, Angela Merkel, durante congresso da JUFoto: picture-alliance/dpa/M. Skolimowska

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, disse neste sábado (07/10) que vai negociar com liberais e os verdes para tentar formar um governo de coalizão após os resultados eleitorais do último 24 de setembro.

O anúncio foi feito diante dos cerca de mil delegados presentes em um congresso da Jovem União (JU), organização juvenil conjunta dos partidos conservadores União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU). Ela também disse que, após os partidos chegarem a um acordo de coalizão, ela defende que o texto seja levado à aprovação de um congresso extraordinário de sua legenda.

"Eu quero que ela seja formada", afirmou Merkel, se referindo à nova aliança, ressaltando também que as negociações serão "difíceis", mas que o importante é "formar um governo confiável".

O bloco conservador que apoia a chanceler e inclui a CDU e sua irmã bávara, a CSU, conquistou nas últimas eleições 32,9% dos votos, uma maioria insuficiente para formar um governo estável.

Com a decisão dos social-democratas de irem para a oposição – depois de colherem seu pior resultado eleitoral desde 1949 –, a única coalizão viável é uma reunindo conservadores, liberais e verdes.

Esta opção é chamada de "Jamaica” na Alemanha, devido às cores tradicionalmente identificadas com os partidos envolvidos, sendo esta uma aliança inédita a nível federal.

A negociação, que não começará antes das eleições regionais na Baixa Saxônia, no próximo domingo, deverá ser complexa, devido às diferenças programáticas entre as legendas.

Neste domingo, Merkel tem encontro agendado com o presidente da CSU e governador do estado da Baviera, Horst Seehofer, para discutir a coalizão e tentar superar as diferenças entre as duas formações irmãs, que divergem principalmente nas questões de imigração e refugiados.

MD/efe/dpa