Merkel e Hollande pdem metas ambiciosas contra aquecimento
19 de maio de 2015
Países devem apresentar propostas claras de como pretendem reduzir as emissões de gases do efeito estufa, dizem líderes. Próxima conferência do clima da ONU será em Paris.
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A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande, defenderam nesta terça-feira (19/05) medidas urgentes e mais ambiciosas para evitar que o aumento da temperatura global ultrapasse a meta de 2 graus Celsius.
O apelo foi feito em Berlim durante a abertura do Diálogo de Petersberg, evento que reúne representantes de 35 países e é preparatório à conferência do clima da ONU, que acontece este ano em Paris.
Merkel e Hollande pediram aos países que apresentem até o início da conferência, marcada para o final de novembro, propostas claras de como pretendem reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A líder alemã afirmou que a ação global dos próximos 15 anos será crucial.
Os dois líderes europeus ressaltaram ainda que incentivos à economia são essenciais para que "um acordo da ONU ambicioso, abrangente e vinculativo seja alcançado no fim deste ano". Eles também destacaram a importância da criação de um "mercado global para fixar os preços do CO2".
"Mudança climática e prosperidade devem caminhar de mãos dadas", disse Merkel, acrescentando que a luta contra o aquecimento global não pode acontecer em detrimento da competitividade da economia. "Nós não podemos ficar sem crescimento, mas precisamos gerá-lo de outra maneira", concluiu.
Hollande também enfatizou a necessidade de tecnologias que permitam reduzir as emissões e disse que a comunidade internacional precisa pensar em maneiras inovadoras de atrair investimentos.
CN/rtr/afp/dpa
Na defesa do meio ambiente
As emissões de gases do efeito estufa aumentam desenfreadamente. Sem um abandono radical do uso de combustíveis fósseis, o mundo pode enfrentar uma catástrofe climática de consequências irreversíveis.
Foto: Reuters
Inimigo número um do clima
A emissão de gases do efeito estufa cresce em todo o mundo: mais de 50 bilhões de toneladas são liberadas anualmente na atmosfera, o dobro do que em 1970. E o inimigo número um do clima são os combustíveis fósseis, responsáveis por 70% de todas as emissões.
Foto: Reuters
Responsabilidades dos mais ricos
No século passado, os principais culpados pelas emissões de gases do efeito estufa eram, sobretudo, os países desenvolvidos. Hoje, Ásia, Oriente Médio e países em desenvolvimento também têm sua cota de responsabilidade. Países mais pobres emitem atualmente 1,5 tonelada de gases per capita, enquanto os mais ricos chegam a liberar 13 toneladas per capita.
Foto: pommes.fritz123/flickr cc-by-sa 2.0
Controle urgente
Desde 1880, a temperatura global subiu 0,9 graus e a concentração de CO2 elevou-se de 290 partes por milhão (ppm) para 400 ppm. Sem um plano de ação decisivo, estima-se que este número aumente para 450 ppm até 2030, e que a temperatura suba ainda mais 2 graus. Até 2100 é possível que ela chegue a seis graus.
Foto: picture alliance/Bildagentur-online
Consequências devastadoras
Muitas pessoas não conseguem sequer imaginar as consequências das mudanças climáticas. Climatologistas, porém, profetizam: o nível do mar vai subir, ilhas desaparecerão, cidades costeiras serão inundadas e o calor tornará a vida em diversas regiões e cidades insuportável.
Foto: Reuters
Ação rápida em todos os níveis
Cientistas exigem uma ação urgente: é preciso gerar energia sem carvão, petróleo ou gás. Além disso, é necessário estimular o uso eficiente de energia. Paralelamente às mudanças tecnológicas e estruturais, alterações no consumo também são fundamentais.
Foto: DW/G. Rueter
Abdicar do carvão ajudaria
A principal contribuição para a redução dos gases do efeito estufa deve vir dos fornecedores de energia. Especialmente eficaz seria abrir mão completamente do uso do carvão, uma vez que sua combustão causa cerca de 30% das emissões.
Foto: picture-alliance/dpa
Conforto e proteção ambiental
Construções são responsáveis por quase 20% de toda a emissão de gases do efeito estufa. Edifícios modernos, entretanto, são mais "verdes" – melhor isolados, acabam sendo mais econômicos. Além disso, a geração de eletricidade e calor é obtida por meio da energia solar.
Foto: Rolf Disch Solararchitektur
Inovações favorecem a proteção climática
Uma produção energética totalmente livre de CO2 é possível. Produções de energia solar, aquática e eólica são especialmente vantajosas. Graças à demanda dirigida e à produção em massa, a energia solar, uma vez cara, tornou-se acessível e passou a substituir cada vez mais os combustíveis fósseis.
Foto: BELECTRIC.com
Olho no futuro
Decisões políticas tomadas agora definirão o futuro das próximas gerações. Elas devem recomendar a remoção de subsídios aos combustíveis fósseis, a fixação de taxas para emissão de gases do efeito estufa e a promoção da eficiência enérgica e de energias renováveis.
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Retirada de CO2 da atmosfera
Plantas precisam de CO2. Por isso, o reflorestamento é uma possibilidade de reduzir a alta concentração do gás na atmosfera – e de ajudar a coibir os efeitos que ele pode causar no planeta.