Merkel e Hollande pedem a Putin para interceder na crise da Ucrânia
22 de junho de 2014A Alemanha e a França voltaram a apelar ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, para interferir no conflito na Ucrânia. Em um telefonema neste domingo (22/06), a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, reforçaram ao chefe de governo russo a importância do cessar-fogo na região. Já na última quinta-feira Merkel e Hollande haviam conversado com Putin e ameaçado com medidas da comunidade internacional contra a Rússia caso Moscou não se engaje por um rápido fim dos conflitos.
Segundo o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, o cessar-fogo unilateral anunciado pelo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, foi o tema central da conversa. Além disso, Merkel e Hollande afirmaram a necessidade de um processo de diálogo político sobre o conflito.
Berlim e Paris também reforçaram a importância do controle na região de fronteira da Ucrânia para evitar a entrada de armas e mercenários. Poucas horas antes da conversa, Putin já havia pedido que Kiev respeitasse o cessar-fogo unilateral imposto por Poroshenko e dialogasse com os separatistas pró-Rússia.
Plano B
Segundo Putin, as forças de segurança ucranianas não estão respeitando o cessar-fogo, e alegam estar sendo atacados pelos rebeldes. O presidente disse que na última noite foi aberto fogo contra os separatistas, mas não se sabe se o ataque foi cometido por militares ou milícias ligadas ao governo ucraniano. "Nós precisamos assegurar que todos os combates sejam interrompidos", pediu Putin.
Em um pronunciamento na televisão, Poroshenko afirmou neste domingo estar aberto ao diálogo com os separatistas para resolver o conflito no país. "Estou pronto para conversar com aqueles que estão se desencaminhando e equivocadamente assumiram posições separatistas", afirmou presidente.
Para ele, posições diferentes não impedem o diálogo, com exceção de separatistas que cometeram tortura, mortes e espalham o terror. Poroshenko também advertiu que tem um plano B, caso os rebeldes usem as negociações para se fortalecer.
CN/dpa/rtr/afp