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Cúpula teuto-francesa

21 de julho de 2011

Diplomatas dizem que a criação de uma taxa bancária foi descartada, mas a ideia de participação do setor privado no plano de resgate da Grécia ganha força.

Merkel e Sarkozy removeram divergênciasFoto: dapd

Na noite desta quarta-feira (20/7), a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, chegaram a um consenso sobre a linha a seguir em relação à crise da Grécia, informou o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert.

Segundo a emissora estatal alemã ARD, ambos não querem que uma nova ajuda à Grécia vá contra os interesses do Banco Central Europeu (BCE). De acordo com um diplomata anônimo citado pela agência de notícias AFP, Merkel e Sarkozy desistiram da ideia de uma taxa bancária para financiar a crise do euro.

Porém, ambos teriam chegado a um acordo sobre a participação de credores privados no socorro financeiro a Atenas, mesmo correndo o risco de que isso leve as agências de rating a colocar a Grécia em situação de default (incapacidade de pagar suas dívidas).

A reunião entre Merkel e Sarkozy havia sido marcada às pressas e teve ainda a presença do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet. Quanto aos resultados concretos da conversa, que durou sete horas, Seibert não fez referências.

Já na semana passada, os ministros das Finanças da zona do euro deveriam ter decidido sobre um segundo pacote de salvamento à endividada Grécia. Mas o plano fracassou por causa de posições divergentes. Nesta quinta-feira, os chefes de Estado e de governo dos 17 países do bloco estão em Bruxelas para uma reunião extraordinária para encontrar uma solução.

Barroso faz advertências

O mercado financeiro tem pressa, afinal, a crise ameaça chegar à Espanha e à Itália. Portanto, a expectativa em relação à conferência em Bruxelas é grande. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, apelou na quarta-feira aos chefes de Estado do bloco: "Ninguém deve se iludir porque a situação é muito grave".

O problema requer uma resposta imediata, caso contrário as consequências negativas serão sentidas não só na Europa, advertiu. Ele afirmou que, se não for encontrada uma solução "cairá um duro veredicto sobre esta geração política".

Barroso espera diversas resoluções mínimas dessa cúpula: sobre o respaldo à situação financeira grega; sobre a praticabilidade e o montante de uma participação dos credores privados; sobre as possibilidades de intervenção do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF); sobre as medidas para proteger o setor bancário. Até o momento, todos esses tópicos são altamente controversos.

BR/dw/rt
Revisão: Roselaine Wandscheer

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