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Merkel insta ONU a combater causas da crise migratória

26 de setembro de 2015

Durante cúpula das Nações Unidas, chanceler federal diz que há apenas uma maneira de conter o fluxo de migrantes: erradicar guerra e violência. "A condição essencial para um desenvolvimento segue sendo a paz", afirma.

Em cúpula da ONU, chanceler federal alemã, Angela Merkel, pede fim de guerra e violência como solução para combater crise migratória
Foto: Reuters/M. Segar

Milhares de refugiados estão vindo atualmente para a Europa. E para enfrentar a crise migratória, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, propôs uma solução durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável da ONU, nesta sexta-feira (25/09): combater guerra e violência. E para tal, as metas de sustentabilidade das Nações Unidas são a abordagem correta.

"A condição essencial para um desenvolvimento é e segue sendo a paz", disse a chanceler federal, em discurso na cúpula, acrescentando que milhões de pessoas estão sendo forçadas a fugir devido a guerras, violência e falta de perspectivas em seus países de origem.

"Quem vê o sofrimento daqueles que deixam sua terra natal para trás e buscam proteção e esperança em outros lugares, e quem tem conhecimento de quais são os desafios enfrentados pelos países que acolhem os refugiados, sabe muito bem que há somente uma única solução: temos de combater as causas de fuga e expulsão", afirmou Merkel.

Um número recorde de refugiados das zonas de conflito no Oriente Médio e norte da África tem seguido o caminho à Europa nos últimos meses – muitos deles buscando refúgio na Alemanha. Dados oficiais de Berlim estimam que aproximadamente 800 mil migrantes cheguem ao território alemão neste ano.

Segundo Merkel, as recém-adotadas metas de sustentabilidade da ONU proporcionam as soluções. A chamada Agenda Pós-2015 propicia "o cenário perfeito" para combater as causas de fuga. "As metas combinam os aspectos econômicos, ambientais e sociais do desenvolvimento", explicou. "Todos e cada um de nós deve e precisa trabalhar para implementar a agenda, para que as pessoas ao redor do mundo possam viver com dignidade."

Antes de viajar à cúpula em Nova York, Merkel se mostrou convencida de que o objetivo é alcançável. "A Alemanha possui a obrigação de investir 0,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na ajuda ao desenvolvimento", disse. "Nosso orçamento para tal ajuda aumentará substancialmente nos próximos anos."

ONU aprova 17 metas de sustentabilidade

Antes do discurso de Merkel, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou as chamadas metas de sustentabilidade (Sustainable Development Goals, em inglês). Estas incluem uma nova visão do futuro: até 2030, a comunidade internacional quer eliminar a pobreza extrema e a fome no mundo.

O total de 17 metas de desenvolvimento também visa garantir a todas as pessoas o acesso a água limpa, saneamento básico e ensino primário gratuito. "Ninguém deve ser deixado para trás", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ele convidou os países-membros a implementar os objetivos: "Precisamos de ações de todos, em toda parte".

Além da cúpula da ONU, Merkel aproveitou a viagem para Nova York para marcar algumas conversações bilaterais. A chanceler federal quer discutir a crise de refugiados com o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu. Recentemente, Merkel admitiu ter subestimado a dramática situação nos campos de refugiados na Turquia.

Segundo ela, é necessário coordenar estreitamente a política de refugiados com Ancara. A Turquia é atualmente o país de trânsito mais importante para os requerentes de asilo provenientes de países não europeus.

PV/dpa/afp

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