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Merkel pede coragem e paciência em mensagem de Ano Novo

31 de dezembro de 2012

Em discurso na TV, chefe de governo adverte que próximo ano será mais difícil para alemães e que crise europeia ainda não terminou. Conservadora cristã, que concorre a 3º mandato em 2013, apelou para "virtudes alemãs".

Foto: dapd

Em sua mensagem de Ano Novo transmitida nesta segunda-feira (31/12) pela televisão, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, pediu coragem e confiança à população do país e advertiu que a crise europeia está longe de terminar.

A chefe de governo afirmou que muitas pessoas começam o novo ano "também com preocupação". "E, de fato, a conjuntura econômica no próximo ano não será mais fácil e sim mais difícil", ressaltou. "Isso, entretanto, não deve nos desencorajar, mas, pelo contrário, servir como incentivo."

Crise do euro

Em referência à difícil situação econômica na Europa, ela disse ser necessária "muita paciência", porque "a crise ainda não foi superada". Ela acrescentou, entretanto, que "as reformas acordadas ainda vão fazer efeito" no continente.

O chanceler também reivindicou mais esforços na supervisão dos mercados financeiros. "O mundo ainda não aprendeu o suficiente da cartilha da devastadora crise financeira de 2008", alertou. "Nunca mais deve ser permitido que se repita uma irresponsabilidade como aquela." Ela lembrou que, na economia social de mercado, o Estado é o guardião da ordem. "E as pessoas têm que poder contar com isso", acrescentou.

País "humano e bem-sucedido"

A líder democrata-cristã pediu para que os alemães continuem mostrando seus talentos, que ajudaram a tornar o país uma potência econômica. "Vamos fazer, juntos, do novo ano um ano em que, mais uma vez, fazemos valer nossas maiores virtudes, que são nossa coesão e nossa capacidade de ter sempre novas ideias, que nos dão força econômica, para que a Alemanha possa permanecer, também no futuro, humana e bem-sucedida."

Merkel, que concorrerá a um terceiro mandato nas eleições de setembro de 2013, ressaltou que o desemprego está no nível mais baixo na Alemanha e que o número de pessoas empregadas é o mais alto desde a reunificação do país, há 22 anos.

Economia desaquecida

Mesmo que a Alemanha se beneficie de uma conjuntura econômica melhor que a da maioria dos seus parceiros europeus, a economia do país sofreu desaquecimento durante o ano de 2012. 

Muitos economistas preveem uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) do último trimestre deste ano, e o Banco Central alemão aponta para uma quase estagnação da economia no próximo ano.

As observações de Merkel na sua mensagem de Ano Novo contrastam com a visão mais otimista do seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble e do presidente francês, François Hollande, que declararam recentemente que o pior da crise já passou.

MD/dpa,dapd,afp,lusa,epd
Revisão: Augusto Valente

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