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Merkel pressiona premiê da Tunísia para acelerar deportações

14 de fevereiro de 2017

Chanceler quer tornar mais rápido o regresso de tunisianos que tiveram seus pedidos de refúgio negados e planeja oferecer ajuda a quem retornar de forma voluntária.

Merkel e Chaded depositam flores no local do atentado terrorista em BerlimFoto: Reuters/F. Bensch

Chahed visita local de atentado em Berlim

01:02

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A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta terça-feira (14/02) que quer acelerar as deportações de tunisianos que tiveram seus pedidos de refúgio negados. "Temos de tornar o processo mais rápido", afirmou a governante após um encontro com o primeiro-ministro da Tunísia, Youssef Chahed, em Berlim.

Merkel também anunciou que pretende incentivar o regresso voluntário de tunisianos que tiveram seus pedidos de refúgio negados na Alemanha, por exemplo com ofertas de formação e uma ajuda financeira para o restabelecimento. "Para aqueles que não optarem pelo retorno voluntário teremos de dizer que, nesse caso, teremos de fazê-lo de forma não voluntária", afirmou a chanceler. Os detalhes deverão ser acertados nesta quarta-feira entre Chaded e ministros alemães.

Segundo Merkel, há 1.500 tunisianos esperando pela deportação na Alemanha. Em 2016, apenas 116 retornaram ao seu país. As autoridades alemãs reclamam de barreiras burocráticas para a deportação, como a demora no envio de documentos de identidade. O autor do atentado a um feira de Natal em Berlim, Anis Amri, era um tunisiano que teve seu pedido de refúgio negado pela Alemanha, mas não pôde ser deportado por falta de papéis.

Ao final do encontro, Merkel e Chaded visitaram o local do atentado na capital alemã para prestar uma homenagem às vítimas. Chaded lamentou os acontecimentos, mas descartou qualquer responsabilidade de seu país no ataque. Ele disse que Amri deixou a Tunísia em 2011 e se radicalizou no período em que esteve fora do país. O premiê não se manifestou sobre a demora das autoridades tunisianas para o envio dos documentos necessário para a deportação.

O governo da Tunísia enfrenta protestos de pessoas que não querem o retorno ao país de cidadãos tunisianos ligados a grupos terroristas ou extremistas.

AS/dpa/ard