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Merkel promete ajudar França contra o terrorismo do EI

26 de novembro de 2015

Chanceler federal alemã sustenta solidariedade ao presidente francês e diz que "Estado Islâmico" tem de ser derrotado militarmente. François Hollande espera que a Alemanha possa "se envolver mais" no Iraque e na Síria.

Foto: Reuters/P. Wojazer

Em Washington, encontro com o presidente dos EUA, Barack Obama, na terça-feira, para em seguida retornar a Paris e dialogar com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, além de uma visita agendada a Moscou e ao líder russo, Vladimir Putin, para esta quinta-feira. O presidente da França, François Hollande, está em turnê num esforço para estruturar uma coalizão para combater a organização terrorista do "Estado Islâmico" (EI).

Nesta quarta-feira (25/11), Hollande e Merkel se encontraram na Praça da República, local que se tornou principal ponto para homenagens após os ataques de 13 de novembro na capital francesa. Merkel depositou flores, comprometeu-se "agir rapidamente" na luta contra o EI e prometeu completa solidariedade ao presidente francês.

"Nós temos um inimigo em comum: o terrorismo. O 'Estado Islâmico' não será convencido por meio de palavras. Ele tem de ser derrotado militarmente", disse a chanceler federal alemã, ressaltando, porém, que cortar o fluxo de receitas ao EI deve ser o ponto central de uma estratégia conjunta.

Já Hollande disse que espera que a Alemanha possa "se envolver mais" no Iraque a na Síria. "Caso a Alemanha consiga dar um passo adiante, seria um ótimo sinal", afirmou. O presidente francês, porém, não apresentou reivindicações específicas.

Apesar de especulações na imprensa alemã, o governo de Berlim, até agora, procurou oferecer assistência militar em missões de paz em outras regiões do mundo. Antes do encontro dos dois líderes em Paris e depois do ataque contra um hotel em Bamako, no Mali, a Alemanha se comprometeu a enviar 650 soldados ao país africano para aliviar as tropas francesas que estão combatendo radicais islâmicos. Hollande saudou a medida.

"Controle das fronteiras não está suficientemente garantido"

Merkel também aproveitou para lamentar que o controle das fronteiras externas da União Europeia (UE) "não esteja suficientemente garantido" e insistiu que a Europa alcance um entendimento com a Turquia para pôr ordem no fluxo de refugiados. Ela reiterou que é necessário "encontrar uma solução humanitária" para os refugiados que fogem da guerra e do terrorismo do EI na Síria e no Iraque.

Em relação à Turquia, Hollande também pediu a intervenção de Merkel para tentar aliviar as tensões entre Ancara e Moscou, após o abatimento de um caça russo na fronteira entre Turquia e Síria. O desentendimento entre os dois países pode chegar a ser um obstáculo considerável para a formação de uma coalizão anti-EI.

"Temos todos que trabalhar para certificarmos que a situação não se agrave", disse Hollande. O presidente francês embarca nesta quinta-feira para um encontro com Putin, em Moscou. Sua busca por uma cooperação mais estreita, no entanto, tem resultado em poucos compromissos.

No caso de Washington, apesar da unidade demonstrada entre França e Estados Unidos após os atentados em Paris, Hollande obteve de Obama apenas a promessa de intensificar os ataques aéreos e a troca de informações bilateral.

PV/dpa/afp/rtr/ap

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