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Merkel promete "tolerância zero" contra xenofobia

31 de agosto de 2015

Chanceler federal alemã afirma que lei punirá quem desrespeitar refugiados. Crise migratória serve como teste para o ideal de direitos civis universais da UE, e países- membros devem compartilhar responsabilidade, diz.

Deutschland Berlin Jahrespressekonferenz Bundeskanzlerin Merkel
Foto: Reuters/H. Hanschke

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, afirmou nesta segunda-feira (31/08) que a crise dos refugiados na Europa é um teste para os ideais da União Europeia (UE) e que a força da lei pesará sobre aqueles que desrespeitarem os que chegam ao país em busca de refúgio.

"Haverá tolerância zero contra aqueles que colocarem em questão a dignidade de outras pessoas", declarou Merkel, em coletiva de imprensa em Berlim. A Alemanha vem sendo palco de frequentes ataques contra abrigos de refugiados.

A chefe de governo pediu paciência por parte da população, afirmando que a questão migratória não será resolvida de um dia para o outro. "Enfrentamos um desafio nacional. Este desafio não durará apenas alguns dias ou meses, mas um longo período", declarou. "O rigor alemão é ótimo, mas agora precisamos da flexibilidade alemã."

A Alemanha espera receber 800 mil refugiados em 2015, quatro vezes mais que no ano passado e mais do que qualquer outro país da UE. A chanceler federal afirmou que, mesmo em razão da atual crise migratória, novas leis de imigração no país não estão sendo cogitadas.

O Partido Social-Democrata (SPD), que integra a coalizão governista juntamente com a União Democrata Cristã (CDU) de Merkel, havia exigido uma revisão das leis de imigração no país, mas Merkel descartou essa possibilidade, afirmado que esta não é uma "tarefa urgente". Ela afirmou que, primeiro, será necessário saber de que forma o grande número de refugiados e requerentes de asilo no país irá afetar o mercado de trabalho.

Direitos universais

A chanceler federal destacou ainda que direitos civis universais estão fortemente ligados à Europa e à sua história, tendo servido de impulso para a fundação da União Europeia. "Se a Europa fracassar na questão dos refugiados, se essa ligação com os direitos universais for rompida, então, não será a Europa que desejávamos", afirmou.

Todos os países-membros da UE devem receber uma parcela dos refugiados no continente, ressaltou a chefe de governo. "A Europa como um todo precisa agir. Os Estados-membros devem compartilhar a responsabilidade por requerentes de asilo."

Merkel afirmou estar confiante de que a Europa irá enfrentar esse desafio, lembrando obstáculos anteriores, como a crise financeira de 2008 e outros problemas que a Alemanha conseguiu superar – desde a reunificação em 1990 até a eliminação progressiva da utilização da energia nuclear, atualmente em curso.

RC/dpa/afp/rtr

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