Meses após terremoto, corpos são localizados no Nepal
5 de agosto de 2015
Derretimento da neve na região de Langtang possibilita que restos mortais de 20 vítimas do tremor que devastou o país em abril sejam encontrados por moradores. Acredita-se que turistas ainda estejam soterrados na área.
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Mais de três meses após um terremoto que devastou o Nepal, os corpos de 20 vítimas foram encontrados na região de Langtang, disseram autoridades nepalesas nesta quarta-feira (05/08). A área montanhosa foi atingida por uma avalanche desencadeada pelo tremor de 7,8 graus na escala Richter ocorrido em abril.
"Três corpos haviam sido recuperados há dois dias, e os habitantes da região encontraram mais 17", disse Shiva Ram Gelal, chefe do distrito de Rasuwa, parte de Langtang.
"O mau tempo dificulta o transporte dos corpos para Katmandu para exames forenses", afirmou, explicando que ainda é muito cedo para informar as nacionalidades das vítimas. Os corpos foram localizados após o derretimento da neve nas montanhas.
Até o momento, as equipes de busca encontraram restos mortais de 124 pessoas na região, enquanto muitas outras estão desaparecidas. Dezenove corpos localizados anteriormente eram de estrangeiros. Presume-se que outros 22 praticantes de caminhada vindos de outros países estejam mortos na região, destino popular entre turistas ocidentais.
O terremoto do dia 25 de abril matou mais de 8,8 mil pessoas em todo o país.
RC/afp/rtr
Terremoto no Nepal
Terremoto de 7,8 de magnitude atingiu Nepal no sábado, seguido de réplica de 6,7 graus neste domingo. Abalos deixaram ao menos 2,5 mil mortos e foram sentidos na China, Índia, Bangladesh e Paquistão.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Shrestha
Destruição nas ruas
Muitas ruas da capital Katmandu ficaram assim: cobertas de entulhos e praticamente intransitáveis. Partes inteiras de casas desabaram e há lixo espalhado por todo lado.
Foto: P. Mathema/AFP/Getty Images
Busca por sobreviventes
Sem luvas ou máscaras de proteção contra a nuvem de poeira, moradores de Katmandu tentam incansavelmente buscar sobreviventes entre os escombros.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Shrestha
Vidas sob escombros
Os esforços são recompensados na medida em que as equipes conseguem retirar pessoas com vida dos escombros, como pode ser visto na foto. Muitos dos resgatados, porém, são encontrados com ferimentos graves.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Shrestha
Atendimento hospitalar ao ar livre
Com medo de possíveis novos terremotos, funcionários de hospitais estão levando pacientes para o lado de fora dos edifícios, devido ao risco de novos desabamentos.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Shrestha
Acampamentos nas ruas
Milhares de nepaleses estão dormindo nas ruas de Katmandu, com medo de que novos tremores de terra possam derrubar suas casas.
Foto: imago/Xinhua
Solidariedade na dor
Em meio ao caos e à destruição, sobreviventes do maior terremoto dos últimos 80 anos do Nepal prestam solidariedade e ajuda mútua. Muitos dividem a dor de ter perdido a casa ou mesmo um parente na tragédia.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Shrestha
Patrimônio Cultural destruído
O tremor de terra causou sérios danos à Praça Durbar em Katmandu, Patrimônio Mundial da Unesco. A praça fica no centro histórico, onde se situava o palácio real. Na região há pelo menos sete sítios tombados pelo patrimônio, distantes poucos quilômetros uns dos outros.
Foto: P. Mathema/AFP/Getty Images
Praça Durbar antes do terremoto
Esta é uma imagem da Praça Durbar, no centro histórico de Katmandu, antes do forte abalo sísmico que destruiu grande parte da capital nepalesa.
Foto: P. Mathema/AFP/Getty Images
Torre destruída
Outro monumento destruído na catástrofe é a Dharahara, ou Torre Bhimsen, um dos pontos turísticos da capital nepalesa. Pouco restou dos nove andares da construção, que tinha 61 metros de altura.
Foto: P. Mathema/AFP/Getty Images
Antes do terremoto
Esta é a imagem da Torre Bhimsen, construída em 1832, antes do terremoto. Ela também faz parte do conjunto de monumentos reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco.
Foto: imago
Mortes no Monte Everest
Os terremotos de sábado e domingo provocaram avalanches na região onde está localizado o pico mais alto do mundo. Pelo menos 17 pessoas morreram no Everest.