Mesmo após sua morte, Alberto Fujimori ainda polariza o Peru
Camilo Toledo
12 de setembro de 2024
Ex-presidente, morto aos 86 anos, foi condenado por crimes contra a humanidade e corrupção. Para uns, ele salvou país do colapso, mas para outros, é um autocrata que pisoteou a democracia para se manter no poder.
Anúncio
O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori morreu nesta quarta-feira (09/11) em Lima, aos 86 anos. A morte após "uma longa batalha contra o câncer" foi confirmado por sua filha e herdeira política Keiko Fujimori, que foi três vezes candidata a presidente.
"Depois de uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para encontrar o Senhor. Pedimos àqueles que o amavam que nos acompanhem com uma oração pelo descanso eterno de sua alma. Muito obrigada, pai", postou Keiko Fujimori na rede social X, em uma mensagem que ela assinou junto com seus irmãos Hiro, Sachie e Kenji.
Fujimori morreu na casa de sua filha Keiko, onde estava sendo tratado, após deixar a prisão em dezembro de 2023, após uma polêmica decisão judicial. Em maio, Fujimori revelou que havia sido detectado um tumor maligno na sua língua. Em 2018, ele já havia sido diagnosticado com um tumor no pulmão.
Apelidado de "El Chino" (o chinês) apesar de ser descendente de japoneses, por causa de suas características orientais, ele governou o Peru com mão de ferro entre 1990 e 2000.
Sua morte continua a dividir os peruanos. Para seus apoiadores, Fujimori é o homem que salvou o país do colapso econômico e do terrorismo, mas para seus detratores ele é um autocrata que pisoteou as instituições democráticas para se manter no poder. Um relatório de 2004 da Transparência Internacional classificou o ex-chefe de Estado em sétimo lugar entre os dez líderes mais corruptos do mundo.
Alberto Fujimori nasceu em 28 de julho de 1938 em Lima, onde seus pais se estabeleceram vindos do Japão. Formou-se como agrônomo em 1960 e lecionou na Universidade Agrária do Peru antes de entrar para a política. Em 1974, Fujimori se casou com Susana Higuchi, também de origem japonesa, com quem teve quatro filhos: Keiko, Hiro, Sachi e Kenji.
Nas eleições presidenciais de 1990, o desconhecido "chino" conseguiu derrotar o favorito, Mario Vargas Llosa. "Fujimori representava algo fora do sistema político estabelecido, do qual Vargas Llosa estava mais próximo, e estava menos ligado ao que estava acontecendo na época", disse à DW José Alejandro Godoy, cientista político da Universidade Católica do Peru e autor de um livro sobre o ex-presidente.
Além disso, lembra Godoy, Fujimori conseguiu formar uma aliança com os setores evangélicos e, sobretudo, com os pequenos e microempresários, em um país onde estes últimos são maioria.
O autogolpe e o Sendero Luminoso
Desde o seu frenético início político, o estilo de Fujimori foi marcado pela controvérsia. O país que herdou de Alan García (1985-1990) estava econômica e socialmente falido, devastado por uma inflação anual de 7.000% e pela crescente atividade dos grupos terroristas Sendero Luminoso e Movimiento Revolucionario Túpac Amaru (MRTA).
O seu rigoroso plano anti-inflacionário causou descontentamento entre os setores sindicais e o Parlamento. Após a retirada do apoio do Poder Legislativo, Fujimori passou a governar por decreto até que, em 5 de abril de 1992, com o apoio do Exército, deu um autogolpe de Estado, dissolveu o Parlamento e interveio no Poder Judiciário.
Segundo o cientista político Godoy, Fujimori tinha dois motivos para dar o autogolpe. "A primeira questão foi mais estrutural e a segunda foi uma questão de mensagem. O sistema político peruano não foi capaz de responder aos dois principais desafios de 1980, por um lado, a profunda crise econômica e, por outro, a violência de dois grupos subversivos com milhares de mortos."
Bettina Schorr, cientista política do Instituto Latino-Americano da Universidade Livre de Berlim, afirma que, neste contexto de crise, Fujimori viu a necessidade de uma nova Constituição, mas também, como outros líderes, sucumbiu à tentação de se perpetuar no poder. "Sem uma mudança na Constituição, isso não teria sido possível. Fujimori precisava desmantelar todas as regras políticas que existiam e fazer novas", afirma a especialista alemã.
Em setembro de 1992, Abimael Guzmán, líder da guerrilha maoísta Sendero Luminoso, foi preso. Fato que Fujimori soube capitalizar, apesar de ser mérito da polícia de inteligência que trabalhava de forma independente. Desta forma, a luta contra o terrorismo tornou-se o seu lema principal e, finalmente, levou-o a vencer as eleições de 1995.
Durante a sua segunda presidência, a aliança de Fujimori com as Forças Armadas foi consolidada, e as reclamações de diversos setores da sociedade peruana contra a consolidação de um regime civil-militar ficaram cada vez mais fortes. Muitos analistas independentes já alertavam que o controverso Vladimiro Montesinos, conselheiro de Fujimori e chefe do Serviço de Inteligência, era quem tinha o poder nas sombras.
Anúncio
Fuga para o Japão e renúncia por fax
Nas eleições de 2000, Fujimori concorreu novamente, apesar de a Constituição proibir dois mandatos presidenciais consecutivos. O então presidente alegou que, como tal regulamento entrou em vigor durante o seu primeiro mandato, esta nova candidatura seria a sua primeira reeleição.
Depois de um primeiro turno turbulento, o candidato da oposição Alejandro Toledo, que ficou em segundo lugar com 40% dos votos, renunciou à participação no segundo turno por considerá-lo fraudulento. Isto não impediu a "reeleição" de Fujimori em 28 de maio de 2000, sem rival e sem observadores.
Porém, um mês e meio depois de assumir pela terceira vez o cargo de presidente, um grande escândalo envolvendo Montesinos abalou o país. O chefe do Serviço de Inteligência foi filmado entregando maços de dinheiro a um parlamentar da oposição. Em outros vídeos divulgados posteriormente pela imprensa, mais políticos, empresários e personalidades foram vistos recebendo dinheiro de Montesinos. Poucos dias depois, Fujimori foi forçado a convocar novas eleições.
Em meio à profunda crise política, Fujimori aproveitou sua viagem à cúpula econômica da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Brunei para depois viajar ao Japão, de onde enviou por fax sua renúncia em 19 de novembro de 2000. O Congresso peruano não aceitou a renúncia e o destituiu por "incapacidade moral permanente". Valentín Paniagua assumiu em seu lugar.
Nova tentativa e condenações
O governo japonês reconheceu a sua nacionalidade japonesa, o que lhe deu o direito de permanecer no Japão e de não ser extraditado. Houve pedidos de prisão ordenados pela Interpol e pedidos de extradição por crimes contra a humanidade e corrupção ordenados pelo Peru. Apesar disso, Fujimori anunciou sua intenção de concorrer novamente à presidência do Peru em 2005. Isto foi negado pelo Tribunal Constitucional porque a sua inabilitação política vigorava há dez anos.
No final de 2005, Fujimori desembarcou inesperadamente em Santiago do Chile, sendo preso pouco depois pela polícia chilena a pedido do governo peruano. Dois anos depois, o ex-presidente foragido foi extraditado para Lima, onde em 7 de abril de 2009 recebeu pena de 25 anos de prisão por dois massacres ocorridos em 1992. Nessa operação, 25 pessoas morreram nas mãos de um esquadrão militar secreto chamado Grupo Colina.
Entre os outros crimes pelos quais Fujimori foi condenado estavam peculato e corrupção. "Devido às violações dos direitos humanos e ao desmantelamento das instituições democráticas, acredito que as sentenças contra Fujimori foram justas. Mas há casos pelos quais ele não poderia ter sido condenado, como esterilizações forçadas de mulheres. Esse é o caso mais grave de todos os que tinha pendentes", diz Godoy.
Durante o governo Fujimori, milhares de peruanas, que viviam principalmente em regiões mais pobres e com maior concentração indígena, foram submetidas a laqueaduras forçadas.
No entanto, apesar de todas as evidências, o ex-autocrata peruano ainda tem muitos simpatizantes no Peru. "Parte da nossa sociedade tem uma certa cultura autoritária e quer líderes que ofereçam, acima de tudo, mão forte. Fujimori conseguiu se apropriar do sucesso do combate ao terrorismo, da melhoria econômica e teve uma política mais populista", afirma Godoy.
Nessa mesma linha opina a cientista política Schorr, que acredita que sua filha Keiko "de alguma forma quer perpetuar esse legado com posições e ferramentas parecidas".
O mês de setembro em imagens
O mês de setembro em imagens
Foto: Emilio Morenatti/AP Photo/picture alliance
Chuvas causam mortes e destruição no Nepal
As inundações e os deslizamentos de terra causados pelas fortes chuvas que atingiram o Nepal nos últimos dias, especialmente a capital, Katmandu, já deixaram pelo menos 200 mortos, anunciou o governo nepalês. O rio Bagmati e seus muitos afluentes transbordaram, inundando casas, levando carros e provocando deslizamentos de terra. (30/09)
Foto: Gopen Rai/dpa/picture alliance
Ultradireitistas vencem eleição na Áustria
Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), do ex-ministro do Interior Herbert Kickl, obteve a maior vitória de sua história nas eleições parlamentares, com uma campanha anti-imigração e crítica às medidas governamentais durante a pandemia de covid-19. O 2º lugar cabe ao governista Partido Popular (ÖVP). Na foto, a decepção dos membros do Partido Social-Democrata (SPÖ), 3º colocado do pleito. (29/09)
Foto: Christian Bruna/Getty Images
Papa promete ajuda a vítimas belgas de abuso sexual
Em visita à Bélgica, o papa Francisco abordou as duas décadas de revelações de abuso sexual por clérigos no país, sistematicamente acobertados por parte da Igreja Católica. "Abuso gera sofrimento e feridas atrozes, minando até mesmo o caminho da fé", condenou o pontífice de 87 anos, prometendo "oferecer toda a assistência que pudermos" as vítimas. (28/09)
Foto: Andrew Medichini/AP/picture alliance
Morre a atriz britânica Maggie Smith
Morreu em Londres, aos 89 anos, atriz Maggie Smith. Ela começou sua trajetória na década de 50 e se destacou em diferentes papéis em mais de 50 filmes, a exemplo de Harry Potter, além de séries como Downton Abbey. Levou duas vezes o Oscar: como melhor atriz em "A Primavera de uma Solteirona" e como atriz coadjuvante em "California Suite - Um Apartamento na Califórnia". (27/09)
Tribunal absolve homem que estava mais tempo no corredor da morte
Centenas de pessoas esperaram do lado de fora do tribunal da cidade de Shizuoka, no Japão, onde um tribunal inocentou Iwao Hakamada, de 88 anos, mais de meio século depois de ele ter sido condenado à morte por homicídio múltiplo. O juiz reconheceu que o processo que levou à condenação tinha sido marcado por falsificação de provas e confissão coagida, entre outras irregularidades. (26/09)
Foto: Philip Fong/AFP
Liderança dos verdes renuncia após revezes eleitorais
Os dois colíderes do Partido Verde da Alemanha, Omid Nouripour e Ricarda Lang, anunciaram a renúncia de toda a direção partidária. Decisão vem após a legenda sofrer nas últimas semanas uma série de revezes em eleições regionais, com resultados magros em votações nos estados de Brandemburgo, Turíngia e Saxônia. Nas eleições europeias de junho, o desempenho também ficou aquém do esperado. (25/09)
Foto: Fabian Sommer/dpa/picture alliance
Na ONU, Lula critica redes que "se julgam acima da lei"
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que soberania inclui direito de fazer cumprir regras no ambiente digital. Lula ainda criticou ações de Israel em Gaza e reiterou oferta de mediação na Ucrânia. (24/09)
Foto: Mike Segar/REUTERS
Bombardeio de Israel deixa ao menos 492 mortos no Líbano
O maior e mais mortal ataque aéreo de Israel contra o Líbano em quase um ano da escalada do conflito na região deixou pelo menos 492 mortos, incluindo 35 crianças, e 1,6 mil feridos nesta segunda-feira (23/09), segundo o Ministério da Saúde libanês. Milhares fugiram do sul do país em direção a Beirute. (23/09)
Foto: Hussein Malla/dpa/AP/picture alliance
Israelenses invadem e fecham escritório da Al Jazeera na Cisjordânia
A rede Al Jazeera informou que militares israelenses invadiram a redação da emissora em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, e apreenderam e destruíram equipamentos e ainda ordenaram o fechamento da rede do Catar por 45 dias;
em comunicado, a rede de notícias prometeu "continuar a cobertura de maneira profissional e objetiva", apesar das medidas israelenses. (22/09)
Foto: Al Jazeera/AP Photo/picture alliance
Europa recorda ousada, mas malsucedida operação da 2° Guerra
Centenas de paraquedistas, espectadores e autoridades tomaram parte em um enorme evento para marcar o 80° aniversário de uma das missões mais ousadas da Segunda Guerra Mundial: a Operação Market Garden, que teve início em 21 de setembro de 1944 e que tinha como objetivo tomar uma série de pontes e criar uma rota para a entrada em peso de tropas no território da Alemanha nazista. (21/09)
Foto: Ben Birchall/empics/picture alliance
Fridays for Future reúne milhares na Alemanha
Ativistas, estudantes e manifestantes saíram às ruas de várias cidades alemãs para exigir medidas mais fortes de proteção ao clima, em uma época de catástrofes ambientais em diferentes partes do mundo. Segundo os organizadores, os protestos reuniram cerca de 75 mil pessoas. Atos similares ocorreram ao redor do globo, como em Nova York, Rio de Janeiro, Nova Déli e Bruxelas. (20/09)
Foto: Markus Schreiber/AP Photo/picture alliance
Chefe do Hezbollah promete "castigo justo" a Israel
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, admitiu que o ataque aos aparelhos de comunicação de membros de seu grupo foi um "duro golpe", mas prometeu um "castigo justo" a Israel, a quem acusa de estar por trás dos atentados que mataram ao menos 37 pessoas. Ele disse que o "massacre" pode ser considerado uma declaração de guerra, e que os israelenses sofrerão "duras represálias". (19/09)
Foto: Hassan Ammar/AP/picture alliance
Depois de pagers, walkie-talkies explodem no Líbano
Uma segunda onda de explosões de dispositivos de comunicação matou 20 pessoas e feriu mais de 450 em redutos do grupo xiita Hezbollah no Líbano. As detonações em massa de walkie-talkies ocorreram um dia depois que centenas de pagers usados pelo Hezbollah explodiram, matando 12 pessoas, incluindo duas crianças, e ferindo outras cerca de 2,8 mil pessoas. (18/09)
Foto: FADEL ITANI/AFP
Onda de incêndios florestais em Portugal
Mais de 100 focos de incêndios, iniciados no fim de semana, principalmente no norte e centro do país, deixaram ao menos 7 mortos e mais de 50 feridos em Portugal. O premiê português, Luís Montenegro, convocou uma reunião extraordinária de ministros para analisar a situação. (17/09)
Foto: Pedro Nunes/REUTERS
Alemanha inicia controles em todas as fronteiras terrestres
A Alemanha ampliou os controles nas suas fronteiras terrestres, uma decisão que foi prontamente criticada por outros países europeus, como a Polônia e a Grécia. A Polícia Federal alemã verificará os documentos de viajantes não apenas nas fronteiras do leste e do sul, mas também nas do norte e do oeste. Os novos controles são inicialmente limitados a seis meses. (16/09)
Foto: Roberto Pfeil/dpa/picture alliance
Tempestade Boris deixa vítimas na Europa Central e Oriental
Ao menos seis pessoas morreram em enchentes provocadas pela tempestade Boris, que trouxe chuvas torrenciais à Europa Central e Oriental. Hungria, Eslováquia, Romênia, Polônia, República Tcheca e a Áustria foram atingidas por ventos fortes e chuvas excepcionalmente torrenciais. Algumas regiões da República Tcheca e da Polônia enfrentam a pior enchente em quase três décadas. (15/09)
Foto: Sergei Gapon/AFP/Getty Images
Rússia e Ucrânia trocam 206 prisioneiros de guerra
A Rússia e a Ucrânia trocaram 206 prisioneiros de guerra, 103 de cada lado, incluindo militares russos capturados pelo Exército ucraniano durante a incursão na região russa de Kursk. "Nosso povo está em casa", disse o presidente Volodimir Zelenski no aplicativo de mensagens Telegram. "Trouxemos com sucesso outros 103 guerreiros do cativeiro russo para a Ucrânia." (14/09)
China aumenta idade para aposentadoria pela primeira vez em quase 50 anos
A China anunciou que vai aumentar a idade mínima de aposentadoria no país pela primeira vez desde o fim da década de 1970. Para os homens, a idade passa de 60 para 63 anos. Já para as mulheres, a idade mínima sobe de 55 para 58 anos, na maioria das profissões. As mudanças acontecem em meio a uma crise demográfica no país, que registrou declínio populacional nos últimos dois anos. (13/09)
Foto: Anagha Nair/DW
Bilionário faz primeira "caminhada" espacial com financiamento privado
Usando trajes especiais, o bilionário Jared Isaacman e a engenheira Sarah Gillis saíram da aeronave a 700 km de distância da Terra. A bordo da missão Polaris Dawn, eles são os primeiros não profissionais a executar uma das manobras mais arriscadas no espaço. Até então, somente astronautas financiados por governos haviam feito algo semelhante. (12/09)
Foto: SpaceX/AP/dpa/picture alliance
Incêndios florestais fazem São Paulo liderar ranking mundial de má qualidade do ar
Pelo terceiro dia consecutivo, capital paulista encabeçou ranking com a pior qualidade de ar do mundo, segundo o site suíço IQAir, que monitora 120 metrópoles em tempo real. Seca histórica aliada a incêndios na Amazônia e em outras partes do país deixaram 60% do território nacional debaixo de uma cortina de fumaça. Na região Sul, moradores registraram "chuva preta". (11/09)
Tufão castiga Vietnã e Tailândia, deixando dezenas de mortos
Ao menos 143 pessoas morreram no Vietnã, e outras dezenas estavam desaparecidas. Tempestade, que durou 15 horas, deixou rastro de prejuízo, alagando casas e afogando 800 mil animais de criação, segundo autoridades. Na Tailândia, as províncias turísticas de Chiang Mai e Chiang Rai na fronteira com Myanmar também registraram inundações e mortos. (10/09)
Foto: HUU HAO/AFP via Getty Images
Macaé Evaristo é nova ministra dos Direitos Humanos
O presidente Lula da Silva escolheu a deputada estadual Macaé Evaristo (PT-MG) para substituir Silvio Almeida, exonerado do cargo após denúncias de assédio sexual. Ela já atuou como secretária estadual de Educação e à frente da secretaria de Alfabetização no MEC, no governo Dilma Rousseff. Sua atuação é referência em questões envolvendo racismo e combate a desigualdades. (09/09)
Foto: Mídia Ninja | CC BY-NC 2.0
Encerramento dos Jogos Paralímpicos de Paris
Após 11 dias de competições, chegam ao fim os Jogos Paralímpicos de Paris, O Brasil teve sua melhor campanha na história no evento. Foram 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, que deixaram o país na quinta colocação no quadro geral de medalhas. A grande campeã foi a China, com 84 ouros, seguida pela Grã-Bretanha (49 ouros), Estados Unidos (36) e Holanda (27). (08/09)
Foto: Eng Chin An/REUTERS
Bolsonaristas protestam contra Moraes em São Paulo
Manifestação com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador Tarcísio de Freitas e outras lideranças da direita brasileira reuniu milhares de pessoas em São Paulo. O alvo principal era Alexandre de Moraes, do STF. Já seu desafeto, o bilionário dono da rede social X, Elon Musk, foi um dos nomes mais exaltados pelos bolsonaristas. (07/09)
Foto: Ettore Chiereguini/AP/picture alliance
União Europeia alerta para verão mais quente da história
O programa de monitoramento de mudanças climáticas da União Europeia, o Copernicus, alertou que a temperatura média nos três meses de verão do hemisfério norte (junho, julho e agosto) foram as mais altas já registradas, ultrapassando o recorde de 2023. A temperatura média global no período ficou 0,69°C acima da média de 1991 a 2020 para esses três meses. (06/09)
Foto: PASCAL GUYOT/AFP
Michel Barnier nomeado primeiro-ministro da França
O presidente Emmanuel Macron anunciou a nomeação ao cargo de primeiro-ministro de Michel Barnier, político que liderou as negociações do Brexit na UE de 2016 a 2021. O anúncio veio dois meses depois de as eleições parlamentares antecipadas convocadas por Macron darem vitória à aliança de esquerda, que não assegurou cadeiras o suficiente para governar e deixou o país num impasse político. (05/09)
Foto: Emmanuel Dunand/AFP/Getty Images
EUA acusam imprensa russa de interferir nas eleições de 2024
Moscou teria utilizado mídia estatal para disseminar noticias falsas antes das eleições presidenciais, com o conhecimento do presidente Vladimir Putin. O governo dos Estados Unidos anunciou a imposição de sanções a dez cidadãos e duas entidades russas acusadas de "esforços de influência nociva" visando interferir nas próximas eleições, incluindo a editora-chefe da emissora estatal RT. (04/09)
Foto: ITAR-TASS/Imago Images
Dezenas de pessoas morrem em ataque russo na Ucrânia
Dois mísseis balísticos russos atingiram um colégio militar e um hospital na cidade de Poltava, na região central da Ucrânia. Ao menos 51 pessoas morreram e mais de 270 ficaram feridas, segundo o presidente ucraniano Volodimir Zelenski. Este foi um dos ataques mais letais desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. (03/09)
Foto: Diego H. Carcedo/Anadolu/picture alliance
Greve geral em Israel pede cessar-fogo em Gaza
Paralisação convocada por uma das maiores organizações sindicais do país impactou atividades essenciais como jardins de infância, bancos, escritórios do governo e transporte público. Manifestantes pressionam o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a fazer um acordo para libertar os reféns ainda em poder do Hamas. (02/09)
Foto: Florion Goga/REUTERS
Extrema direita alemã tem 1ª vitória desde a Segunda Guerra
A AfD, cujo diretório na Turíngia é oficialmente considerado extremista pelas autoridades alemãs, foi o partido mais votado na eleição estadual. Também ficou em 2º lugar na eleição da Saxônia, onde a conservadora CDU venceu por pouco. Sigla populista de esquerda anti-imigração levou 3º lugar, enquanto partidos da coalizão de Scholz tiveram desempenho sofrível. (01/09)