Messi é investigado por lavagem de dinheiro na Argentina
3 de novembro de 2018
Promotor argentino abre inquérito para investigar acusação de que jogador e seu pai desviaram doações milionárias feitas à fundação que leva o nome do craque do Barcelona.
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Um promotor argentino acusou nesta sexta-feira (02/11) o atacante Lionel Messi e o pai do jogador, Jorge Messi, por suposta lavagem de dinheiro através da fundação que leva o nome do craque do Barcelona, afirmaram fontes próximas ao caso.
A investigação liderada pelo promotor Pablo Turano averigua se a Fundação Leo Messi não declarou milionárias doações que recebeu e teria desviado esses recursos a empresas em paraísos fiscais. O atacante e seu pai serão chamados a que prestar depoimento em Buenos Aires no decorrer do inquérito.
A acusação chega dois dias depois do depoimento de um ex-colaborador da fundação, que afirmou que parte das contribuições não aparecia nas contas da entidade e eram transferidas a estruturas obscuras em outros países.
A testemunha disse na quarta-feira que começou a suspeitar porque, embora a fundação recebesse grandes doações, Messi sempre alegava que não havia recursos para realizar os programas sociais, informou o advogado Pedro Fontanetto.
Em março deste ano, o jornal argentino Clarín noticiou que a fundação estava na mira da justiça por ter sido usada suspostamente na lavagem de dinheiro. A investigação teria começado após uma denúncia anônima. Os Messi negaram as acusações na época.
A Fundação Leo Messi foi criada em 2007 "a partir da sensibilidade de Lionel para gerar novas oportunidades para concretizar os sonhos de crianças no mundo todo". De acordo com o site oficial, a fundação é uma "entidade sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de ações solidárias e de compromisso social, tanto na Argentina como no mundo".
A investigação na Argentina não é a primeira que o craque enfrenta. Em julho de 2016, Messi e seu pai foram condenados na Espanha por delitos fiscais. O astro do Barcelona e o pai foram acusados de fraudar o Fisco espanhol em 4,2 milhões de euros, entre 2007 e 2009, num caso envolvendo direitos de imagem do jogador e o suposto uso de empresas-fantasma para ocultar lucros.
Na época, Jorge Messi assumiu toda a responsabilidade pela gestão tributária do filho, enquanto o jogador assegurou que todos os seus negócios e assuntos financeiros eram controlados pelo pai.
CN/efe/dpa
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