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Metade dos imigrantes falha em teste de alemão

29 de abril de 2018

Ao final de um curso de integração, 50% dos estrangeiros que completam o exame oficial não conseguem atingir o padrão mínimo de conhecimento da língua, informa jornal.

Deutschkurs für Flüchtlinge
Ao final de um curso de seis meses, espera-se que os participantes alcancem o nível B1 de conhecimento do idiomaFoto: picture-alliance/dpa/B. Wüstneck

Metade dos refugiados e imigrantes que vivem na Alemanha não consegue passar em um teste básico de idiomas ao final dos cursos de integração oferecidos aos recém-chegados, informou uma reportagem publicada neste domingo (29/04) pelo jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), que citou dados do Depatamento Federal para Migração e Refugiados (Bamf).

Segundo o jornal, em 2017, 339.578 pessoas participaram do curso pela primeira vez. Destas, 289.751 fizeram o teste para atestar seus conhecimentos do idioma alemão.

Entre os que completaram o teste, apenas 48,7% atingiram o padrão B1 para idiomas previsto para ser alcançado após o curso, disse o diário. Cerca de 40% alcançaram apenas o nível A2, abaixo do B1, enquanto o restante não conseguiu nem chegar ao A2.

Após o curso, espera-se que os participantes compreendam uma conversa pausada, comuniquem-se em sentenças simples e entendam textos do dia a dia.

Falta de experiência em aprendizagem

Em uma tentativa de explicar a alta taxa de insucesso, o Bamf disse ao jornal que vários participantes do curso adoeceram, enquanto outros encontraram emprego ou se mudaram e, portanto, não puderam participar do teste final.

O relatório também citou o diretor de um instituto de educação para adultos que oferece treinamento em idiomas. Segundo ele, muitos refugiados ainda estavam traumatizados por suas experiências, enquanto outros não possuíam a "cultura de aprendizado" necessária, já que nunca frequentaram a escola em seus países de origem.

O FAZ também citou um relatório do Escritório Federal de Auditoria afirmando que muitos refugiados falharam em comparecer regularmente aos cursos de idiomas oferecidos pela Agência Federal de Emprego da Alemanha.

O jornal apontou que esses cursos não estavam sujeitos aos mesmos regulamentos de comparecimento daqueles que ficam sob a supervisão do Bamf.

Aspectos sobre a cultura alemã

Os cursos de integração, que têm duração típica de seis meses, são divididos em duas partes: um curso de idiomas geralmente composto por 600 lições e uma segunda etapa que informa os participantes sobre aspectos da cultura, história, sistema legal e valores da Alemanha.

Os cursos são oferecidos a cidadãos não alemães que pretendem viver permanentemente na Alemanha, incluindo imigrantes de outros países da União Europeia e refugiados. Este último grupo é, em grande parte, cobrado pelas autoridades alemãs a participar de tal curso.

As pessoas que passam em ambas as etapas do curso recebem o certificado de curso de integração.

JPS/afp

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