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Meteorito abre cratera de 12 metros de diâmetro na Nicarágua

8 de setembro de 2014

Fragmento de asteroide provocou forte explosão nas imediações do aeroporto da capital Manágua. Centenas deixaram suas casas por medo de um terremoto. Não houve mortos ou feridos.

Foto: picture-alliance/dpa

O impacto de um meteorito levou centenas de moradores de Manágua, capital da Nicarágua, a abandonarem suas casas no final de semana por temores de um terremoto. O medo foi provocado por uma forte explosão ocorrida, na noite deste sábado (06/09) para domingo, numa área florestal nos arredores do aeroporto internacional da cidade.

Cientistas do Instituto de Geofísica (Ineter) confirmaram ao jornal local La Prensa que a explosão aconteceu em decorrência da queda de um meteorito, que abriu uma cratera de 12 metros de diâmetro e 5,5 metros de profundidade. Não houve mortos ou feridos, e os voos do aeroporto da cidade, com cerca de 1,2 milhão de habitantes, não foram afetados.

"Estamos convencidos de que foi um meteorito. Nós vimos a cratera provocada pelo impacto", disse Wilfried Strauch, do Ineter.

O impacto da queda foi tão forte que checou a ser registrado por instrumentos de medição de terremotos. "É possível observar duas ondas: primeiro, uma pequena onda sísmica quando o meteorito atingiu a Terra, e, depois, uma mais forte, que é o impacto do som", afirma Strauch.

Testemunhas que vivem nas imediações do local da cratera relataram ter ouvido a explosão e que areia e poeira foram soprados com o vento, que tinha o odor de queimado. Curiosamente, não houve relatos de traços de luz.

Autoridades nicaraguenses afirmaram ainda que um comitê formado pelo governo para estudar o acontecimento concluiu se tratar de um meteorito "relativamente pequeno", que pode ter vindo "de um asteroide que estava passando perto da Terra".

A NASA havia dito na última semana que o asteroide batizado de "2014 RC" passaria a cerca de 40 mil quilômetros do centro do planeta – cerca de um décimo da distância do centro da Terra à Lua. Astrônomos haviam estimado que o asteroide teria 20 metros de cumprimento, ou seja, cerca de o tamanho de uma casa. A previsão era de que o corpo celeste estivesse mais ou menos sobre a Nova Zelândia no momento em que passasse mais perto da terra, no fim do dia deste domingo.

Em fevereiro de 2013, um episódio semelhante foi observado nas proximidades da cidade russa de Tcheliabinsk, onde estima-se que a queda de um meteorito tenha gerado uma energia equivalente a mais de 30 vezes a da bomba de Hiroshima. O impacto danificou aproximadamente 7 mil edifícios na região, deixando cerca de 1.500 feridos.

IP/dpa/afp/ap

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