Polêmico cineasta promete filme de grande impacto sobre o presidente americano. Nome "Fahrenheit 11/9" é referência à data da eleição do magnata e a filme anterior sobre George W. Bush.
"Fahrenheit 11/9" será o segundo filme de Moore (dir.) sobre Trump (esq.)Foto: picture-alliance/AP Photo/Invision/P. Martinez Monsivais
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O cineasta americano Michael Moore está preparando um documentário sobre o presidente Donald Trump e disse acreditar que o filme terá um grande impacto.
Os produtores Harvey e Bob Weinstein anunciaram nesta terça-feira (16/05) que asseguraram os direitos mundiais sobre o filme, batizado por Moore de Fahrenheit 11/9. O nome é uma referência ao dia depois da eleição de Trump e também ao documentário que Moore realizou em 2004, sobre o então presidente George W. Bush e os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, Fahrenheit 9/11.
Fahrenheit 9/11 gerou 222 milhões de dólares, o que faz dele o documentário de maior faturamento da história, segundo o site The Hollywood Reporter.
Moore, que trabalhou secretamente no filme durante meses, disse que ele será explosivo. "Não importa o que você jogue contra ele [Trump], não funciona. Não importa o que seja revelado, ele segue de pé. Fatos, realidade, cérebros não conseguem derrotá-lo. Até quando ele fere a si próprio, ele se levanta no dia seguinte e continua tuitando. Tudo isso acaba com esse filme", afirmou.
Harvey Weinstein disse que planeja levar o filme para uma audiência ampla e que ele será oferecido aos distribuidores no mercado cinematográfico de Cannes, que ocorre em paralelo ao festival que se inicia nesta quarta-feira na cidade francesa.
Este será o segundo filme do polêmico cineasta sobre Trump, depois de Michael Moore in Trumpland, divulgado pouco antes da eleição presidencial de 2016 e no qual Moore previu que Trump sairia vencedor.
AS/lusa/ap/dpa
"Snowden", um mito contemporâneo na tela
Oliver Stone assume difícil tarefa de transformar em filme a trajetória de Edward Snowden, de rapaz ambicioso a denunciante da CIA e NSA. Para o diretor americano, uma das mais importantes figuras da atualidade.
Foto: Universum
Olhar diferenciado sobre Snowden
Em seu filme sobre o já célebre "whistleblower" americano, Oliver Stone adota um ponto de vista equilibrado. Edward Snowden (Joseph Gordon-Levitt) é tudo, menos um herói com o alvo final diante dos olhos desde o início. Pelo contrário: a princípio ele é apresentado como um aplicado especialista em tecnologia de informática, que almeja fazer carreira nos serviços secretos dos Estados Unidos.
Foto: Universum
Estreia mundial no Canadá
O cineasta americano Oliver Stone completou 70 anos em 15 de setembro de 2016, véspera do lançamento nos Estados Unidos de seu drama biográfico "Snowden". Antes, ele o apresentara pela primeira vez diante de um público amplo no Festival Internacional de Toronto, Canadá. A estreia no Brasil é em 22 de setembro.
Foto: Reuters/F. Thornhill
Ascensão na CIA
Inicialmente, Snowden pretendia servir a seu país como soldado no Iraque, mas quebrou ambas as pernas durante o treinamento militar. Essa circunstância coloca o jovem estudante de informática em contato com a NSA e a CIA. Nesta última, ele logo se destaca por sua inteligência e talento, afirmando-se como aprendiz aplicado.
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Queridinho do chefe
O superior de Snowden Corbin O'Brian (interpretado por Rhys Ifans) desenvolve um interesse especial pelo jovem especialista em tecnologia de informática, tornando-o seu protegido e incentivando-o.
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Adeus à privacidade
Contudo, pouco a pouco, o protagonista vai percebendo qual é o sentido maior da atividade dos serviços secretos: monitorar políticos e cidadãos incessantemente – e não só os supostos inimigos. Na CIA e NSA trabalham diversos "nerds" do computador. Ao observar de perto seu trabalho, Snowden constata que o conceito de privacidade perdeu todo o valor.
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Suspense bem encenado
"Snowden" mostra como um aplicado jovem se torna, pouco a pouco, um crítico implacável e opositor das instituições. O filme é rico em suspense e encenado com esmero. Magistral é, por exemplo, a cena em que Edward Snowden leva para fora do prédio da CIA os dados secretos que reuniu – contrabandeando-os num cubo mágico.
Foto: Universum
Fuga para Hong Kong
Stone mostra como Snowden escapa do sistema, sua fuga para a Ásia e a cooperação com jornalistas dispostos a levar a público as avassaladoras revelações do jovem americano. Nesta cena, ele passa informações para o jornalista Ewen MacAskill, do "The Guardian" (Tom Wilkinson).
Foto: Universum
"Whistleblower" como ser privado
Em seu empolgante thriller político, Oliver Stone consegue também apresentar Snowden como ser humano, um jovem que tem uma namorada e é forçado a escolher entre seus interesses pessoais e a decisão de colocar tudo em jogo, como denunciante do poderoso sistema americano. Assim, "Snowden" desponta como uma produção bem-sucedida em diversos níveis.