Maior medalhista da história segue fazendo história e pode até alcançar o Brasil no quadro de medalhas. Apesar de não ser favorito em algumas provas, "Tubarão de Baltimore" pode conquistar mais cinco primeiros lugares.
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Michael Phelps comandou a vitória da equipe americana na prova dos 4x100m livre e conquistou sua 19ª medalha olímpica de ouro. Com a conquista, o nadador americano igualou o número de medalhas douradas da Argentina em toda a história do país sul-americano nos Jogos Olímpicos.
Mas tenham moderação com a provocação contra nossos "hermanos": Phelps pode disputar ainda cinco provas na Rio 2016 e, caso consiga ser campeão olímpico em todas elas, ele chegaria a 24 medalhas de ouro – exatamente a quantidade atual do Brasil, graças ao ouro da judoca Rafaela Silva.
O "Tubarão de Baltimore" está garantido em mais três provas: de 100m e 200m borboleta, e 200m medley. Além disso, Phelps ainda pode e deve ser inscrito ao menos para as provas classificatórias de mais dois revezamentos: de 4x200m livre e 4x100 medley.
A façanha de igualar o número de medalhas de ouro de um país com aproximadamente 200 milhões de habitantes, no entanto, não deve se concretizar. Nem tanto pela possibilidade de o Brasil conquistar mais medalhas de ouro nestes Jogos, mas mais pelo fato de Phelps não ser mais o favorito absoluto em todas as provas.
Nos 100m borboleta, a melhor marca do ano é do húngaro Laszlo Cseh, seguido por Phelps. O europeu lidera também nos 200m borboleta, onde o americano possui apenas o sexto melhor tempo de 2016. E nos 200m medley, Phelps é até agora o segundo mais rápido no ano, atrás do japonês Kosuke Hagino.
Antes mesmo do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Phelps já era o maior medalhista olímpico (23), atleta com mais ouros (19) e que mais vezes subiu ao posto mais alto do pódio numa única edição (oito, em Pequim) na história olímpica.
A quantidade de medalhas fica ainda mais impressionante quando comparamos o desempenho de Phelps com a de nações inteiras. Se Phelps fosse um país, ele estaria à frente de países como Jamaica, México, Croácia, Irã e República Tcheca.
PV/efe/ots
Grandes medalhistas olímpicos
Alguns já morreram, outros não competem mais. As modalidades dos atletas de maior sucesso nos Jogos Olímpicos são natação e hipismo.
Foto: dapd
Michael Phelps
Ele é o maior: não só por sua altura (1,92 m), mas também pelas medalhas olímpicas conquistadas. Em quatroOlimpíadas, o nadador americano ganhou 28 medalhas, sendo 23 delas de ouro. Em 2012, ele havia encerrado a carreira, mas não aguentou e voltou a competir dois anos depois. No Rio, garantiu cinco ouros e uma prata.
Foto: Getty Images/T. Pennington
Larissa Latynina
Seu sonho era se tornar bailarina, mas por sorte ela mudou de ideia, já que o balé não é disciplina olímpica. Entre 1956 e 1964, a então ginasta soviética subiu 18 vezes ao pódio, para receber nove medalhas de ouro. Depois de encerrar a carreira como atleta, ela se dedicou ao treinamento das equipes de ginástica olímpica da então União Soviética.
Foto: Imago
Paavo Nurmi
De 1920 a 1928, o finlandês conquistou 12 medalhas olímpicas, das quais nove de ouro. Nurmi estabeleceu 24 recordes mundiais, dos 1.500 metros até a corrida de uma hora. Em 1931, ele fez propaganda para o medicamento Rejuven, que hoje seria considerado anabolizante. Em 1932, ele recebeu uma proibição vitalícia de competir, sob a acusação de lesar as regulamentações de amadorismo.
Foto: picture-alliance/Imagno/Austrian Archives
Mark Spitz
Nos Jogos de 1972, em Munique, o nadador americano ganhou sete medalhas de ouro. Na Olimpíada anterior, no México, ele havia conquistado prata e bronze. Aos 22 anos de idade, ele encerrou a carreira para comercializar sua popularidade. Em 1992, aos 41 anos, ele tentou se qualificar para os Jogos de Barcelona, mas fracassou.
Foto: Imago
Carl Lewis
O americano dominou o salto em distância e os 100 metros rasos nas décadas de 1980 e 1990. Em 1999, ele inclusive foi eleito "atleta do século". Com nove medalhas de ouro e uma de prata, ele é um dos atletas mais bem sucedidos da história olímpica. Em 2003, Lewis admitiu ter usado substâncias proibidas durante a carreira no atletismo.
Foto: picture-alliance/dpa/S.Simon
Birgit Fischer
A canoísta é a alemã mais bem sucedida em Olimpíadas. Ainda nos tempos da Alemanha Oriental e mais tarde pela Ocidental, ela conquistou 12 medalhas (oito de ouro e quatro de prata). Ela participou de seis Jogos, sendo que em 1984 não pôde ir a Los Angeles por causa do boicote da Europa Oriental. Sua supremacia por tanto tempo lhe valeu um registro no livro Guinnes de recordes.
Foto: picture-alliance/dpa/S.Simon
Reiner Klimke
O cavaleiro Reiner Klimke é o segundo maior medalhista olímpico alemão. Nos Jogos de 1964 a 1988, ele conquistou seis medalhas de ouro e duas de bronze no adestramento. Klimke fez doutorado em Direito e foi um dos poucos atletas alemães ativos na política. Até hoje, é um dos mais bem sucedidos atletas olímpicos em sua modalidade.
Foto: picture-alliance/dpa
Kristin Otto
A nadadora participou apenas uma vez de Jogos Olímpicos, em 1988 em Seul, quando arrebarou nada menos que seis medalhas de ouro para a então Alemanha Oriental. Em 1999 e 2000, a equipe de natação alemã-oriental e seu treinador foram condenados por prática de doping anos a fio. Kristin, hoje jornalista esportiva, afirma que durante sua carreira nunca soube que era vítima de doping sistemático.
Foto: picture-alliance/dpa/L.Perenyi
Isabell Werth
Em Tóquio, a alemã participou pela sexta vez de uma Olimpíada. Ela coleciona sete medalhas olímpicas de ouro e quatro de prata. Em 2009, uma substância proibida encontrada em seu cavalo lhe valeu uma suspensão de seis meses. Em 2013, novas acusações de doping contra ela não foram comprovadas.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gentsch
Torben Grael e Robert Scheidt
Eles são os brasileiros com o maior número de medalhas olímpicas (cinco cada). Grael conquistou ouro em Atenas (2004) e em Atlanta (1996), bronze em Seul (1988) e em Sydney (2000) e prata em Los Angeles (1984). Já Scheidt (na foto) ganhou ouro em Atlanta (1996) e em Atenas (2004), prata em Sidney (2000) e em Pequim (2008) e bronze em Londres (2012).