Nova versão do sistema operacional traz de volta o Menu Iniciar e inova com o HoloLens, óculos que brincam com a realidade virtual. "Queremos que seja o Windows mais querido de todos os tempos", diz empresa.
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Com o Windows 10, a Microsoft pretende escrever um novo capítulo na história de seus sistemas operacionais, após a decepção dos usuários com o Windows 8. A multinacional apresentou o novo produto nesta quarta-feira (21/01).
"Queremos que o Windows 10 seja o Windows mais querido de todos os tempos", declarou o chefe da Microsoft, Satya Nadella, em coletiva de imprensa. "Essa é nossa meta audaciosa. Os usuários não devem apenas utilizá-lo, mas também amá-lo."
O novo sistema operacional estará disponível no mercado ainda neste ano e deve retomar algumas características de navegação de versões antigas. O Windows 10 terá uma plataforma unificada que roda em todos os tipos de aparelhos, indo dos clássicos desktops e laptops, até smartphones, tablets e o Xbox.
Além disso, o software de controle por voz Cortana terá um papel de destaque no Windows 10. O sistema também terá novamente o Menu Iniciar, cuja ausência no Windows 8 foi motivo de reclamação entre os usuários.
O novo sistema ficará disponível gratuitamente por um ano, como upgrade, para usuários das versões atuais, os Windows 7 e 8.1.
Realidade virtual
A grande surpresa do novo sistema é o óculos HoloLens, cujo desenvolvimento foi mantido em segredo durante anos. Alex Kipman, chefe da equipe de criação Kinect, apresentou o dispositivo também nesta quarta-feira.
Com os óculos, os usuários do Windows 10 poderão projetar objetos virtuais em ambientes reais. Assim, a realidade pode se tornar palco de fases de jogos. Os objetos virtuais podem ser controlados por gestos e voz.
Os óculos possuem seu próprio processador, de modo que podem ser usados sem estarem conectados a um computador. Não foi revelado, porém, quando a nova invenção estará disponível no mercado.
O HoloLens foi apresentado poucos dias após o anúncio de que a Google suspenderia as vendas de seus óculos inteligentes, o Google Glass.
Por fim, a Microsoft também informou que está trabalhando num novo browser para o Windows 10, que funcionará com controle de voz e deve substituir o Internet Explorer. O projeto é chamado de Spartan.
Os dez destaques científicos de 2014 na "Science"
Revista especializada "Science" elege as dez mais importantes descobertas e invenções do ano. No topo da lista está a missão Rosetta, com o robô Philae.
Foto: ESA via Getty Images
Significativo como o pouso na Lua
A maior conquista científica do ano foi a missão Rosetta, com o desembarque da sonda Philae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, em 12 de novembro. Com 20 instrumentos a bordo, a missão visa explorar as origens da vida na Terra e a formação do universo.
Foto: ESA/Rosetta/Philae/CIVA
Primeira pincelada humana
Mesmo que o pincel na época fosse diferente, as primeiras pinturas rupestres conhecidas têm cerca de 40 mil anos de idade. Elas foram descobertas este ano numa caverna de calcário na ilha indonésia de Celebes. Até então, as mais antigas amostras de pinturas humanas eram as da Europa.
Foto: Anthony Dosseto 2013
Primeiro organismo semissintético
Pesquisadores do Instituto Scripps, nos Estados Unidos, conseguiram em 2014 ampliar a sequência química do DNA de uma bactéria. Acrescentando duas bases artificiais às quatro subunidades de uma cadeia de DNA já existente, eles modificaram o material genético de um organismo vivo. Seu objetivo era descobrir se o DNA ampliado também apresenta novas capacidades.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Warmuth
Parentesco entre dinossauros e pássaros
Várias equipes de pesquisa investigaram a conexão entre aves e dinossauros. Uma constatação é que provavelmente os répteis primeiro desenvolveram uma estrutura física mais leve, facilitando sua busca de abrigo e alimento. Numa fase posterior de desenvolvimento, já como aves, conseguiram levantar então voo com a ajuda das asas.
Foto: picture-alliance/dpa
Esperança na terapia da diabetes
Dois grupos de pesquisadores criaram métodos para imitar as células beta. No pâncreas, elas cuidam que a produção de insulina seja suficiente para controlar o nível de açúcar no sangue. Em pacientes com diabetes tipo 1, essas células são destruídas pelo próprio corpo. e por isso eles têm que receber insulina. Agora há esperança de desenvolver um tratamento para a doença.
Foto: Fotolia/Dmitry Lobanov
Fonte da juventude para ratos
Pesquisadores descobriram que quando a proteína GDF11, retirada do sangue de camundongos de laboratório jovens, é injetada em animais mais velhos, os músculos e cérebro destes se regeneram. Outros cientistas, que usaram sangue e plasma, conseguiram provar que a memória das cobaias melhorou. Agora estão sendo feitos experimentos para deter o mal de Alzheimer com a ministração de plasma sanguíneo.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Cérebro programável
Com um feixe de laser, é possível reprogramar células de memória geneticamente modificadas de camundongos. Através da técnica conhecida como optogenética, foi possível até substituir más experiências por boas. Agora, os pesquisadores de Stanford esperam também poder curar doenças cerebrais dessa maneira.
Foto: psdesign1/Fotolia.com
Cérebro humano num chip
Chips neuromórficos são microprocessadores que imitam o cérebro humano através de circuitos eletrônicos. Especialistas em informática da IBM conseguiram dar um passo importante nesse sentido. O novo chip, chamado TrueNorth, é especializado em reconhecer padrões e identificar objetos.
Foto: gemeinfrei
Robôs inteligentes
Diversos especialistas em informática conseguiram desenvolver robôs munidos de inteligência de enxame. A tal ponto, que as máquinas foram capazes de construir estruturas simples independentemente, sem ajuda humana. Nesse procedimento, o aspecto mais importante é a cooperação dos próprios robôs entre si.
Foto: picture-alliance/dpa
Satélites do laboratório estudantil
Estudantes dão os últimos retoques no minissatélite que construíram. Esses satélites em forma de cubo existem há algum tempo. Mas 2014 foi um ano de sucesso histórico, com 75 deles sendo lançados em órbita terrestre. Os equipamentos são ideais para realizar tarefas de pesquisa bem específicas, mas não têm espaço para muitos instrumentos.