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Clássico quase original

13 de fevereiro de 2010

Versão restaurada e quase completa do clássico do cinema foi exibida para mais de 6 mil pessoas em três locais, entre eles o Portão de Brandemburgo. Cerca de 710 mil espectadores acompanharam o filme pela televisão.

O robô Maria numa das mais famosas cenas do filmeFoto: Cinémathèque française

O astro Leonardo DiCaprio também não resistiu à tentação e se acomodou entre os cerca de 2 mil convidados que acompanharam a estreia da versão restaurada de Metrópolis no Friedrichstadtpalast, em Berlim, na noite desta sexta-feira (13/02). A exibição foi parte do programa oficial do Festival de Cinema de Berlim, a Berlinale.

A música de acompanhamento original do filme, composta por Gottfried Huppertz, foi executada ao vivo pela Rundfunk-Sinfonieorchester Berlin, regida pelo maestro Frank Strobel.

Paralelamente, mais duas mil pessoas assistiram ao clássico do cinema mudo na casa de espetáculos Alte Oper de Frankfurt. Outras duas mil foram até o Portão de Brandemburgo, na região central de Berlim, para acompanhar a exibição ao ar livre, apesar da neve e do intenso frio.

Metrópolis foi ainda transmitido pela emissora de televisão Arte, que registrou uma audiência três vezes acima da média para o horário, a partir das 20h50 desta sexta. Segundo números da empresa Media Control, 710 mil espectadores sintonizaram o canal para acompanhar a exibição do clássico, o equivalente a 2,4% do público televisivo do horário.

Uma das novas imagens, já restauradaFoto: Berlinale

Pela primeira vez após mais de 80 anos, Metrópolis pôde ser visto praticamente na íntegra, graças à uma cópia do filme encontrada na Argentina há cerca de dois anos. Trechos antes dados como perdidos foram retirados desta cópia, restaurados e acrescentados à versão conhecida do filme.

Mesmo a nova versão ainda não é completa, faltando algumas poucas imagens. A versão exibida nesta sexta-feira na Alemanha tem 147 minutos, cerca de meia hora a mais que a versão tradicional.

Metrópolis foi dirigido pelo austríaco Fritz Lang e estreou em 1927 em Berlim. Na época, foi anunciado como o filme mais caro já produzido. O fracasso nas bilheterias levou a distribuidora Paramount a fazer cortes na obra.

AS/dpa/ap

Revisão: Nádia Pontes

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