1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Milhares de voos foram cancelados desde a véspera do Natal

26 de dezembro de 2021

Mundo registrou mais de 7 mil cancelamentos entre sexta-feira e este domingo, além de dezenas de milhares de atrasos. Várias companhias enfrentam escassez de funcionários, que adoeceram de covid ou estão em quarentena.

Passageiros de costas em aeroporto de Seattle, nos Estados Unidos
Foto: Gregg Brekke/ZUMAPRESS/picture alliance

Mais de 7.000 voos foram cancelados em todo o mundo durante o fim de semana de Natal, e outros milhares atrasaram, informou um site de rastreamento aéreo neste domingo (26/12), enquanto a disseminação da variante ômicron do coronavírus, altamente contagiosa, frustra os planos de feriado de muitos.

Somente neste domingo, mais de 2.200 voos foram cancelados até o momento, e mais de 7.000 atrasaram, segundo a página Flightaware.com. No sábado, foram mais de 2.800 cancelamentos, incluindo quase 990 voos com destino ou partida dos Estados Unidos, e mais de 8.500 atrasos. Outros 2.400 voos foram cancelados na sexta-feira e 11.000 atrasaram.

Companhias aéreas chinesas foram responsáveis pela maioria dos cancelamentos. Somente a China Eastern cancelou mais de 1.000 voos – ou mais de 20% de seu cronograma – na sexta e no sábado. A Air China também cancelou cerca de 20% de suas partidas programadas no mesmo período.

Várias companhias aéreas, incluindo a alemã Lufthansa e as americanas Delta e United, precisaram cancelar voos por falta de funcionários, tanto membros da tripulação quanto pessoal de terra, que adoeceram ou entraram em quarentena após exposição à covid-19.

"O aumento nacional de casos da ômicron nesta semana teve um impacto direto em nossas tripulações de voo e nas pessoas que comandam nossas operações", afirmou a United em comunicado na sexta-feira. A companhia cancelou cerca de 200 voos na sexta e quase 250 no sábado – cerca de 10% das partidas programadas.

Já a Delta cancelou 310 voos no sábado e mais de 100 neste domingo, afirmando que "esgotou todas as suas opções e recursos". "Pedimos desculpas aos nossos clientes pelo atraso em seus planos de viagem de férias", disse a empresa.

Ao todo, companhias aéreas dos Estados Unidos – que além da covid-19 também enfrentam um clima de frio extremo – cancelaram mais de 700 voos domésticos e internacionais até agora neste domingo, quase 1.000 no sábado e cerca de 700 na sexta-feira, véspera de Natal, segundo o Flightaware.com.

A variante ômicron, detectada pela primeira vez em novembro, corresponde agora a quase três quartos dos casos nos Estados Unidos, chegando a 90% em algumas regiões. A média diária de novos casos de coronavírus cresceu 45% para 170.000 por dia ao longo da semana passada, segundo um levantamento feito pela agência de notícias Reuters.

Lufthansa anucia corte

Na última quinta-feira, a alemã Lufthansa já havia anunciado que irá cortar "em cerca de 10%" seu plano de voos de inverno, devido à rápida disseminação da ômicron.

"De meados de janeiro a fevereiro, estamos observando uma queda acentuada nas reservas", levando o grupo a cancelar "33.000 voos" neste inverno, afirmou o presidente-executivo Carsten Spohr, em entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

"Acima de tudo, estamos perdendo passageiros em nossos mercados domésticos da Alemanha, Suíça, Áustria e Bélgica, porque esses países foram os mais atingidos pela onda da pandemia", disse ele.

Segundo Spohr, o maior grupo de companhias aéreas da Europa – que inclui Eurowings, Austrian, Swiss e Brussels Airlines – já operava atualmente apenas cerca de 60% dos voos em comparação com o ano pré-pandêmico de 2019, transportando cerca de metade do número de passageiros.

O setor de aviação está sofrendo duramente desde o início da pandemia de covid-19, com inúmeros voos aterrados em 2020, enquanto vários países fechavam suas fronteiras.

Na quinta-feira, a associação de aeroportos europeus ACI Europe estimou que o número de passageiros que viajam através de seus membros caiu 20% desde 24 de novembro, quando a variante ômicron foi relatada pela primeira vez à Organização Mundial da Saúde (OMS).

ek (AFP, Reuters, ots)

Pular a seção Mais sobre este assunto
Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque