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Milhares em protestos pró e contra Pegida em Dresden

19 de outubro de 2015

No dia do seu primeiro aniversário, movimento volta a mostrar força e leva cerca de 20 mil pessoas às ruas da cidade do leste alemão. Manifestações contrárias também reúnem milhares.

Manifestação organizada pelo Pegida em Dresden, no leste da AlemanhaFoto: Getty Images/AFP/R. Michael

Milhares de pessoas participam nesta segunda-feira (19/10), em Dresden, da marcha que marca o primeiro aniversário do movimento Pegida (sigla em alemão para "Patriotas europeus contra a islamização do Ocidente"). Segundo o jornal regional Sächsische Zeitung, ao menos 20 mil pessoas estão reunidas no largo Theaterplatz, em frente à ópera Semperoper.

O Pegida havia se enfraquecido nos últimos meses, depois das acusações de racismo e das lutas internas, mas voltou a ganhar força com o debate em torno dos refugiados. No auge das manifestações, em janeiro, o movimento atraiu cerca de 25 mil pessoas, número recorde. Depois, a participação caiu radicalmente, para cerca de 2 mil, e voltou a subir para 9 mil nas últimas semanas.

Em protesto contra o Pegida, participantes exibem cartazes de boas-vindas aos refugiadosFoto: picture-alliance/dpa/J. Woitas

Um tema recorrente nas manifestações do Pegida são às críticas à chanceler federal Angela Merkel e sua política de portas abertas para os refugiados. Um cartaz nesta segunda dizia: Dinheiro para as nossas crianças e não para os asilados de vocês.

Dresden também é palco, na noite desta segunda, de protestos contra o Pegida. O número de participantes foi calculado em cerca de 14 mil, cifra bem superior ao inicialmente esperado pelos organizadores.

Os dois grupos ficaram muito próximos um do outro ao passarem pelo centro da cidade. Houve troca de xingamentos e foguetes foram lançados dos dois lados. Segundo a polícia, um participante do Pegida foi gravemente ferido com uma barra de ferro.

Apoiadores do Pegida criticam o governo alemão e sua política de refugiadosFoto: Getty Images/AFP/S. Gallup

O estado da Saxônia colocou mais de mil policiais para fazer a segurança das manifestações. O governo apelou a ambos os lados para que evitassem a violência.

Os funcionários da Semperoper receberam os manifestantes do Pegida com uma tela eletrônica na qual eram exibidas mensagens contra o movimento, como "não somos palco para a xenofobia" ou "não somos palco para a intolerência". À noite, a ópera desligou suas luzes em sinal de protesto.

AS/dpa/epd

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