De Nova York a Los Angeles, americanos saem às ruas para manifestar repúdio à vitória do republicano na eleição presidencial. Cartazes trazem mensagem como: "Este não é meu presidente" e "Não ao racismo".
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Pelo segundo dia consecutivo, manifestantes foram às ruas nesta quinta-feira (10/11) nos Estados Unidos protestar contra a eleição do republicano Donald Trump.
Em Washington, capital do país, cerca de cem manifestantes marcham em direção à Casa Branca, durante o encontro do presidente Baracak Obama e de seu sucessor ao cargo.
A polícia reforçou ainda a segurança em duas propriedades do magnata, em Washington e Nova York, que se tornaram ponto de encontro de grupos contrários ao republicano.
Dezenas de cidades em todo o país foram palcos de protestos contra Trump, que reuniram milhares de pessoas nesta quarta-feira. A maior parte das manifestações foi pacífica, mas algumas resultaram em confrontos com a polícia.
Em Washington, capital do país, centenas se reuniram em frente à Casa Branca para uma vigília contra o que consideram racismo, machismo e xenofobia de Trump. Nos cartazes, lia-se: "Nós temos voz!" e "Educação para todos!"
Em Nova York, milhares marcharam rumo à Torre Trump, residência do presidente eleito e sede da Trump Organization, situada na Quinta Avenida. Alguns carregaram cartazes onde se lia "Dump Trump" ("Jogue Trump no lixo"). Segundo o jornal The New York Times, a polícia prendeu 15 pessoas no local.
Em Los Angeles, manifestantes bloquearam o tráfego de umas das principais vias da cidade ao sentarem na intersecção entre as rodovias 110 e 101. A polícia reagiu com equipamento antimotim e prendeu 13 pessoas, segundo a mídia local.
Um grupo de cerca de 300 estudantes,a maioria de origem latina, também marchou rumo à prefeitura de Los Angeles, com cartazes com dizeres como: "Este não é meu presidente" e "Não ao racismo".
Segundo a polícia, outras 6 mil pessoas fecharam o trânsito em Oakland, na Califórnia, atiraram objetos contra o batalhão, atearam fogo em latas de lixo, quebraram janelas e dispararam fogos de artifício. O protesto foi desfeito com gás lacrimogêneo, segundo uma testemunha da Reuters. Dois policiais ficaram feridos e duas viaturas foram danificadas, disse Johnna Watson, porta-voz do Departamento de Polícia de Oakland à rede CNN.
Em Chicago, cerca de 1.800 pessoas se reuniram em frente ao Trump International Hotel and Tower aos gritos de "Não a Trump! Não ao KKK! Não aos Estados Unidos racistas!". A manifestação foi cercada pela polícia, e não houve registros de violência ou prisões.
Centenas também se reuniram em Seattle, Austin, Filadélfia, Boston e Portland. Em Seattle, a um tiroteio com várias vítimas foi registrado perto do local onde era realizada uma manifestação anti-Trump. Segundo a polícia, o incidente não teve relação com o protesto.
IP/rtr/afp
Trump: populista, milionário, presidente
Donald Trump é empreendedor imobiliário, autor de best-seller, estrela de televisão e muitos não o levavam a sério. Mas ele foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos. Conheça sua trajetória.
Foto: picture-alliance/dpa
A família, seu império
Trump com a família: a esposa, Melania (de branco), as filhas Ivanka e Tiffany, os filhos Eric e Donald Junior, e os netos Kai e Donald Junior 3º. Os filhos são "vice-presidentes seniores " do conglomerado Trump.
Foto: picture-alliance/dpa
1984
Esta foto, tirada em 1984, marca a abertura do Harrah's at Trump Plaza, um complexo envolvendo hotel, restaurante e cassino em Atlantic City. Este foi apenas um dos investimentos que tornou Trump bilionário.
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Lederhandler
Frederick Junior, o pai
Donald Trump herdou o dinheiro para seus investimentos do pai, Frederick, que lhe deu um capital inicial de um milhão de dólares. Após sua morte, em 1999, Donald e seus três irmãos herdaram uma fortuna de 400 milhões de dólares.
Foto: imago/ZUMA Press
O nome é a marca
Trump investe de forma agressiva, mas também sofre fracassos. Numa perspectiva de longo prazo, no entanto, obtém sucesso, como por exemplo com a Trump Tower em Nova York. Ele calcula sua fortuna hoje em 10 bilhões de dólares. Especialistas, entretanto, consideram um terço desse valor mais realista.
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"Very good, very smart" (Muito bom, muito inteligente)
É o que Trump diz de si mesmo. E acrescenta que cursou a universidade de elite Wharton (foto), na Filadélfia, onde se formou em 1968.
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Capitão Trump
Antes disso, quando tinha 13 anos, seu pai o havia enviado para um internato militar em Cornwall-on-Hudson, onde deveria aprender a ser disciplinado. No último ano, ele obteve inclusive uma patente militar. Ele diz que, ali, recebeu mais treinamento militar do que nas Forças Armadas americanas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/
Dispensado da Guerra do Vietnã
Devido a um problema no calcanhar, Trump foi dispensado e não lutou na Guerra do Vietnã.
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Ivana, primeira esposa
Em 1977, Trump se casou com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem teve três filhos. O relacionamento foi acompanhado de rumores sobre relacionamentos extraconjugais. Foi Ivana quem apelidou Trump de "The Donald".
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Família número 2
Em 1990, Trump se divorciou de Ivana e se casou com Marla, 17 anos mais jovem que ele. A filha do casal se chama Tiffany.
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As meninas de Trump
Em público, Trump não aparece só ao lado de sua esposa. Ele costuma acompanhar concursos de beleza ao lado de jovens modelos. De 1996 a 2015, ele foi o responsável pelo concurso de Miss Universo nos EUA.
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A arte de negociar
Como fazer milhões de forma rápida? O best-seller de Trump "A arte da negociação" é um exemplo. O livro é em parte autobiográfico, em parte um livro de dicas para empresários ambiciosos. A publicação não foi somente uma das mais vendidas nos EUA, como também colocou Trump no centro das atenções no país.
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"The Donald" no ringue
Como poucos, Trump consegue chamar a atenção da mídia. Seu campo de ação inclui até um ringue de luta livre. Em seu programa "O Aprendiz", os candidatos eram contratados ou demitidos. Sua frase favorita no programa era "Você está demitido!"
Foto: Getty Images/B. Pugliano
Trump na política
Na verdade, ele quase não teve uma carreira política. Em 16 de junho de 2015, Trump anunciou sua candidatura para a corrida presidencial pelo Partido Republicano. Seu slogan: "Faça a América grande outra vez". A campanha foi feita ao lado da família e com slogans contra imigrantes, muçulmanos, mulheres e sadversários políticos.
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45º presidente dos Estados Unidos
O populista e showman é agora o novo presidente dos Estados Unidos, o que muitos não poderiam sequer imaginar. Mas a história de Donald J. Trump também mostra que este homem tem a capacidade de se transformar como um camaleão.