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Militares controlam distribuição de alimentos na Venezuela

13 de julho de 2016

Forças Armadas tomam portos e intervêm em armazéns, depósitos e empresas. Com "grande missão de abastecimento soberano e seguro", governo tenta combater escassez de bens essenciais no país.

Militares venezuelanos iniciam missão emergencial de abastecimento decretada por Maduro
Militares venezuelanos iniciam missão emergencial de abastecimento decretada por MaduroFoto: Reuters/C. G. Rawlins

As Forças Armadas venezuelanas começaram nesta terça-feira (13/07) a assumir o controle sobre a distribuição de alimentos, numa tentativa do governo de combater a escassez de bens essenciais que ameaça a estabilidade do país.

O presidente Nicolás Maduro assinou o decreto criando a "grande missão de abastecimento soberano e seguro, sob o estado de exceção e emergência econômica declarado pelo governo no início do ano que permite o estabelecimento de novas medidas sem a necessidade de aprovação no Congresso, controlado pela oposição.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, responsável pela coordenação da missão de abastecimento, afirmou que o decreto que dá aos militares o poder de forçar as empresas privadas a comercializar bens essenciais se justifica por questões de "segurança e defesa da nação".

"Assumimos o controle sobre alguns portos e começamos a ir a alguns armazéns, depósitos e empresas públicas e privadas", disse o ministro. Na segunda-feira, o presidente havia dito que a missão deverá pôr fim à prática de oficiais corruptos que desviam as entregas de alimentos à população para revendê-los no mercado negro.

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01:11

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Segundo um estudo da Universidade Simon Bolívar, nove em cada dez venezuelanos não conseguem comprar quantidades suficientes de alimentos, enquanto a diminuição dos estoques leva ao aumento dos preços. Os venezuelanos aguardam, em média, 35 horas por mês em longas filas para adquirir alimentos subsidiados. Enquanto isso, aumentam os protestos e os atos de violência, ameaçando a estabilidade social.

Maduro atribui as diversas crises que o país atravessa a uma "guerra econômica" e a sabotagens levadas adiante pela oposição e pelos Estados Unidos. A oposição, por sua vez, culpa as políticas do presidente pelo ao caos econômico.

RC/afp/ap/rtr

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