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Minieclipse chama atenção para Vênus

6 de junho de 2012

Apesar de trazer o nome deusa do amor, planeta tem temperaturas superiores a 460°C e atmosfera composta basicamente por CO2 e ácido sulfúrico. Próximo trânsito de Vênus entre o Sol e a Terra só ocorrerá em 105 anos.

Foto: AP

"Como uma pulga sobre uma fatia de limão", descreveu a agência alemã de notícias DAPD. Inúmeras pessoas ao redor do mundo puderam acompanhar o trânsito de Vênus diante do Sol durante cerca de seis horas, entre o anoitecer de terça-feira (05/06) e as 7 horas da manhã (horário de verão na Europa Central) desta quarta-feira. Foi a sétima vez que o fenômeno pôde ser visto da Terra, desde que o astrônomo Johannes Kepler o previu pela primeira vez, no século 17.

O trânsito de Vênus foi visto da Terra como um ponto escuro diante do Sol, num pequeno eclipse. Enquanto o diâmetro da estrela no centro de nosso sistema planetário é de 1,4 milhão de quilômetros, Vênus tem 12.112 km, 686 km a menos que a Terra.

Crianças observam o fenômeno numa escola de Sydney, AustráliaFoto: picture-alliance/dpa

Nuvens prejudicam visibilidade

Na Alemanha, diversos planetários abriram cedo para a visita do público, mas apenas 20% da população pôde acompanhar a órbita de Vênus. No Oeste do país, nuvens obstruíram a visão, enquanto no Leste o bom tempo prevaleceu. O planetário do parque municipal de Hamburgo recebeu aproximadamente 600 visitantes, com uma longa fila de espera para seu mirante de mais de 40 metros de altura.

A passagem do planeta teve sua melhor visibilidade na Nova Zelândia, Austrália e Leste da Ásia, pois lá Vênus passou durante o dia em frente ao Sol. Na Austrália, o fenômeno durou mais de seis horas, enquanto os alemães só puderam conferir a última uma hora e meia do trajeto. No Brasil, só o Oeste do Acre e Amazonas foram contemplados com esse raro evento.

No século 17 o astrônomo alemão Johannes Kepler previu pela primeira vez o trânsito de Vênus entre o Sol e a Terra. Esse fenômeno só ocorre quatro vezes a cada 243 anos, em pares com oito anos de intervalo. O primeiro deste par foi em 8 de junho de 2004, e agora, o próximo minieclipse só será daqui a 105 anos, em 11 de dezembro de 2117.

Apesar de batizado com o nome da deusa do amor na mitologia romana, o segundo planeta na órbita do Sol não é nada idílico, com temperaturas superiores a 460°C e uma atmosfera densa, composta basicamente por dióxido de carbono e considerável porcentagem de ácido sulfúrico. Desde 2005, a sonda europeia Venus Express orbita o planeta, auxiliando os cientistas na busca por planetas extrassolares.

GMF/dapd/dpa/epd
Revisão: Augusto Valente

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