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Ministério confirma sequestro de alemães por guerrilheiros na Colômbia

5 de fevereiro de 2013

Exército de Libertação Nacional da Colômbia pressiona governo para participar de negociações de paz com as Farc. Guerrilheiros acreditam que os reféns, dois turistas alemães aposentados, são espiões.

Foto: picture-alliance/dpa

O ministério alemão do Exterior confirmou nesta terça-feira (05/02) que os dois homens feitos reféns na Colômbia são mesmo alemães. "Os dois cidadãos alemães são aposentados e estavam fazendo turismo na região", anunciou um porta-voz do ministério.

Nesta segunda-feira, guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia haviam comunicado em sua página na internet que fizeram dois reféns de nacionalidade alemã na região de Catatumbo. Segundo o ELN, os homens foram identificados como Uwe Breuer e Günther Otto Breuer.

Segundo os guerrilheiros, os dois foram considerados espiões, devido à falta de uma explicação plausível sobre a presença deles na região. O grupo não deu detalhes sobre quando e onde os homens foram capturados.

O presidente colombiano, Juan Manuel dos Santos, exige a liberação imediata dos reféns. "Somente eles (os guerrilheiros) são responsáveis perante o mundo pela vida desses alemães", declarou Santos.

Em janeiro, o grupo sequestrou dois canadenses, dois peruanos e dois colombianos que trabalhavam em uma mina no norte do país. As ações são consideradas uma forma de pressionar o governo, pois o ELN deseja ser incluído nas negociações de paz entre o governo e os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Negociações de paz

Em outubro do ano passado foi iniciado o processo de negociação de paz entre as Farc e o governo colombiano. As reuniões têm sido realizadas em Cuba. Em novembro, as Farc anunciaram um cessar-fogo unilateral de dois meses. Poucos dias após o anúncio, o governo colombiano declarou que os guerrilheiros não estavam cumprindo a trégua.

Essa trégua terminou em janeiro. Desde então, ataques têm ocorrido na região sul do país e resultaram na morte ou captura de vários guerrilheiros e policiais. Em decorrência dos acontecimentos, relatos de que as negociações estavam perto do colapso foram publicados.

No início desta semana, os guerrilheiros negaram qualquer crise no processo. Um porta-voz do grupo acusou a imprensa de tentar sabotar as negociações.

CN/afp/rtr/dpa
Revisão: Francis França

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