1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

MP identifica biotipo do assassino de Marielle

11 de outubro de 2018

Promotoria diz que investigações também apontaram trajeto do carro utilizado no crime após a morte da vereadora e de seu motorista, há quase sete meses. Ex-PM suspeito de envolvimento no crime prestou depoimento.

Cartaz mostra fota da vereadora Marielle Franco ao lado de cartaz com os dizeres "Marielle Franco presente"
Protesto contra a morte de Marielle no Rio: após o crime, multidões foram às ruas cobrar explicaçõesFoto: Reuters/P. Olivares

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirmou nesta quinta-feira (11/10) ter identificado o tipo físico da pessoa que disparou contra a vereadora carioca Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Gomes, assassinados a tiros há quase sete meses.

Os investigadores também identificaram novos locais pelos quais o carro utilizado durante o crime teria circulado, segundo nota divulgada pela 23ª Promotoria de Investigação Penal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MPRJ.

O rumo das investigações foi comunicado à família de Marielle e à viúva de Anderson na última terça-feira, informou o MP. 

De acordo com o MPRJ, foram utilizados softwares de alta tecnologia para reconhecer o perfil biométrico do atirador, cujo biotipo não foi divulgado.

Já a identificação do veículo no qual estavam os autores do crime em locais além dos que já tinham sido distinguidos foi possível por meio da análise de centenas de imagens. Para o Ministério Público, o mapeamento representa "um grande avanço" para o seguimento das investigações.

O trabalho foi uma parceria entre os promotores do MPRJ e da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia da Coordenadoria de Segurança e Inteligência.

O Ministério Público informou ainda que o ex-policial militar Orlando Curicica, miliciano suspeito de envolvimento na morte de Marielle e Anderson, foi ouvido pelos promotores responsáveis pelo caso. O encontro foi no Presídio Federal de Mossoró (RN), onde Orlando está preso, acusado de mandar matar uma pessoa em 2015.

O depoimento que Orlando deu aos procuradores da República em momento anterior também foi encaminhado ao MPRJ pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O conteúdo dos dois depoimentos, no entanto, é mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações.

Marielle, de 38 anos, e Anderson, de 39, foram assassinados em 14 de março no bairro do Estácio, região central do Rio, quando saíam de um evento no qual a vereadora palestrava. O carro foi alvejado por vários disparos, dos quais quatro atingiram a cabeça de Marielle.

Além de defender os direitos das mulheres e a inclusão social, Marielle criticava também a violência policial e milícias. A morte da vereadora levou multidões às ruas no mundo todo para manifestar solidariedade e cobrar explicações.

RK/abr/ots

----------------

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp |
 App | Instagram | Newsletter

Pular a seção Mais sobre este assunto