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Ministro alemão renuncia após escândalo sobre bombardeio no Afeganistão

27 de novembro de 2009

Ex-ministro alemão da Defesa e atual do Trabalho, Franz Josef Jung deixa o cargo devido a acusações de omitir informações sobre a morte de civis no bombardeio ordenado por um oficial alemão em setembro no Afeganistão.

Jung assumira pasta do Trabalho na legislatura atualFoto: AP

O atual ministro alemão do Trabalho, Franz Josef Jung, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (27/11), informou o porta-voz do governo em Berlim.

Jung foi pressionado a renunciar após ser acusado da omissão de informações sobre um ataque aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ordenado em setembro pelas Forças Armadas Alemãs no Afeganistão e que deixou um saldo de 142 mortos ou feridos, entre eles 30 a 40 civis. Na ocasião, Jung era ministro da Defesa.

Diante da Comissão de Defesa do Bundestag (câmara baixa do parlamento alemão), Jung, de 60 anos, defendeu nesta sexta-feira sua política de informação e assegurou que desde o princípio lutou por um "esclarecimento apropriado" do bombardeio, ocorrido em 14 de setembro em Kunduz, no norte do Afeganistão.

No entanto, em uma audiência da Comissão de Defesa do Bundestag, veio á tona que que cinco documentos contendo informações sobre possíveis vítimas civis da operação foram omitidos. Jung admitiu haver repassado à Otan um informe secreto da Bundeswehr sobre possível vítimas sem o haver lido.

Fontes próximas ao ex-ministro disseram que ele deixa a pasta do Trabalho e Assuntos Sociais devido à sobrecarga que teria com uma eventual comissão parlamentar de inquérito, exigida pela oposição para investigar o caso.

RW/rtrs/dpa
Revisão: Rodrigo Rimon

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