Sergei Shoigu condecorou soldados que participaram da conquista da cidade de Avdivka, no leste do país. "Hoje a vantagem está do nosso lado", disse o militar, no segundo aniversário da invasão promovida por Moscou.
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O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, inspecionou as tropas russas posicionadas em áreas ocupadas da Ucrânia, particularmente as forças invasoras que recentemente participaram da conquista da cidade ucraniana de Avdivka, informou o Ministério da Defesa russo neste sábado (24/02), dia do segundo aniversário do início da invasão em larga escala ordenada por Moscou.
Durante a visita, Shoigu ouviu um relatório do coronel-general Andrei Mordvichev, comandante do agrupamento de tropas "Centro", sobre a situação atual naquele setor da linha de frente no leste da Ucrânia. Mordvichev disse a ele que "durante a operação para liberar (sic) Avdivka, o inimigo foi expulso de suas posições a mais de 10 quilômetros de distância" e que as forças russas estavam continuando sua ofensiva naquela direção.
Após a captura de Avdivka, acrescentou, "cerca de 200" soldados ucranianos foram capturados em operações para "limpar" a cidade. As forças russas esperam capturar outros 100 soldados, que supostamente ainda estão na cidade, segundo o comandante. Nenhum desses relatos pôde ser confirmado de forma independente.
"Vantagem está do nosso lado"
Shoigu também participou da condecoração das tropas. Nesta semana, o chefe do Estado-Maior do Exército russo, Valeri Gerasimov, também condecorou os combatentes russos em Avdivka. "Hoje, em termos de proporção de força, a vantagem está do nosso lado", disse Shoigu, esquecendo-se de que, a rigor, a proporção de força sempre esteve do seu lado.
O líder do Kremlin, Vladimir Putin, havia ordenado anteriormente que seus comandantes militares traduzissem o sucesso obtido em Avdivka para outros setores da frente de batalha, coincidindo com o aniversário de dois anos do início de uma guerra que, de acordo com o planejamento inicial de Moscou, deveria durar apenas algumas semanas.
md (EFE, AFP)
A invasão russa da Ucrânia em imagens
Em 24 de fevereiro de 2022, Moscou invadiu o território ucraniano por terra, ar e mar, lançou foguetes e destruiu instalações militares em diferentes partes do país vizinho. Em pânico, cidadãos tentaram fugir.
Foto: Kunihiko Miura/AP/picture alliance
Ucranianos em pânico
Uma manhã dramática na Ucrânia. Depois que a Rússia iniciou um ataque ao país vizinho. e se ouviram as primeiras explosões – inclusive na capital, Kiev –, muitos fugiram. Veículos militares circulavam pelas ruas da cidade, enquanto residentes faziam as malas e tentavam deixar o local.
Foto: Sputnik/dpa/picture alliance
Filas de carros em Kiev
O desespero dos civis ucranianos gerou um enorme congestionamento na principal avenida em direção ao oeste de Kiev. O ataque foi anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, num pronunciamento, alegando ter iniciado uma operação militar contra a Ucrânia para de "desmilitarizar" o país e eliminar supostas "ameaças" contra Moscou.
Foto: Chris McGrath/Getty Images
Ataques aéreos
Explosões foram ouvidas alguns minutos depois do fim do pronunciamento de Putin. Nesta foto, vê-se um outdoor aparentemente destruído por um míssel, em Kiev. O governo ucraniano falou de uma "invasão em grande escala" de seu território, assegurando que o país "se defenderá e vencerá".
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Tropas ucranianas se mobilizam
Tanques ucranianos se deslocam para a cidade portuária de Mariupol, no sudeste do país. As Forças Armadas ucranianas são as segundas maiores da região, porém a Rússia as supera em todas as áreas, exceto no número de soldados na ativa.
Foto: Carlos Barria/REUTERS
Explosões em várias partes do país
Soldados examinam os restos de um foguete numa praça da capital ucraniana. Além de Kiev, explosões atingiram várias cidades próximas à fronteira com a Rússia. O mesmo ocorreu nas regiões costeiras, bem como na cidade portuária de Odessa, próxima à Península da Crimeia, ocupada por Moscou.
Foto: Valentyn Ogirenko/REUTERS
Rússia destrói instalações militares
Algumas partes da Ucrânia ficaram cobertas por fumaça preta após as explosões. A coluna de fumaça nesta foto parte de um aeroporto militar que teria sido atingido por bombardeios, perto da cidade de Kharkiv, no leste do país.
Foto: Aris Messinis/AFP/Getty Images
Ameaça à população
O Ministério da Defesa russo afirma que não visa cidades e "não há ameaça à população civil". A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia descreveu o espaço aéreo ucraniano como "zona de conflito ativo". Os metrôs de Kiev foram liberados ao público e muitos civis se abrigaram nas estações, como mostra esta foto.
Foto: AFP via Getty Images
Explosões em áreas residenciais
Apesar do que diz o governo russo, há relatos de explosões em áreas residenciais. Bombeiros tentam conter um incêndio num bloco de apartamentos após um suposto ataque aéreo na localidade de Chuhuiv, perto de Kharkiv, no leste do país.
Foto: Wolfgang Schwan/AA/picture alliance
Invasão por terra
A invasão russa à Ucrânia ocorre também por mar e terra. Esta foto capturada por uma câmera de vigilância e publicada pelas autoridades fronteiriças da Ucrânia mostraria veículos militares russos cruzando a fronteira na Crimeia, em direção à Ucrânia. Essa península foi anexada pela Rússia em março de 2014.
Foto: State Border Guard Service Of Uk/picture alliance/dpa/PA Media
Alguns fogem, outros se preparam
Os efeitos dos ataques podem ser observados em todo o país. Na cidade de Lviv, de 700 mil habitantes, no extremo oeste da Ucrânia, longas filas se formaram em caixas eletrônicos O mesmo ocorreu em supermercados e lojas, na esperança de estocar alimentos e água. Enquanto alguns tentavam fugir, outros pareciam se preparar para se isolar.