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Ministro defende fim da mistura de gasolina com etanol na Alemanha

16 de agosto de 2012

Para chefe do Ministério da Ajuda ao Desenvolvimento, mistura de gasolina com etanol contribui para a alta no preço dos alimentos no mercado mundial. Combustível não conta com aceitação plena entre motoristas do país.

Foto: dapd

O ministro alemão da Ajuda ao Desenvolvimento, Dirk Niebel, sugeriu acabar com a venda da polêmica E10 – gasolina misturada com 10% de etanol – nos postos de combustíveis da Alemanha. A justificativa, segundo ele, é o aumento nos preços dos alimentos em âmbito global.

A E10 foi introduzida na Alemanha há cerca de um ano e meio para ajudar o país a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, mas até hoje é vista com desconfiança pelos consumidores, que temem danos no motor.

Numa entrevista concedida a um canal de televisão nesta quarta-feira (15/08), Niebel ressaltou que, como os consumidores alemães ainda rejeitam o novo combustível, é preciso pensar bem se este é o caminho correto para a Alemanha.

Para o ministro, continuar oferecendo a mistura ajudaria a restringir a oferta de alimentos no mercado global. O etanol usado na E10 é produzido a partir de cana de açúcar, beterraba, milho, trigo ou outras plantas, usadas também na alimentação. Para Niebel, neste "conflito entre prato e tanque", não se deve optar pelos motoristas.

Opiniões divergentes

Para Niebel, bioetanol restringe oferta mundial de alimentosFoto: DW

A proposta do ministro alemão foi elogiada por militantes contrários aos biocombustíveis. "É injusto e irresponsável que pessoas precisem passar fome para que possamos abastecer nossos carros", afirmou Rainer Lang, da organização humanitária evangélica Brot für die Welt, ao jornal Westdeutsche Zeitung.

O Ministério do Meio Ambiente, responsável pela política de biocombustíveis no país, não comentou as declarações de Niebel. Um porta-voz do ministério disse apenas que a oferta de E10 no mercado alemão cumpre uma exigência da União Europeia.

A associação alemã da indústria de biocombustíveis considerou a proposta do ministro mera "política simbólica", afirmando que a proibição não ajudaria de fato a acabar com a fome em outros países.

MSB/afp/dapd/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

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