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Ministro do Turismo da Malásia diz que não há gays no país

7 de março de 2019

Político deu declaração antes da abertura de feira de turismo em Berlim, após ser questionado se gays e judeus são bem-vindos em seu país. Malásia espera receber 30 milhões de visitantes em 2019.

Ministro do Turismo da Malásia Datuk Mohamaddin bin Ketapi participa da ITB Berlin
Ministro do Turismo da Malásia Datuk Mohamaddin bin Ketapi na ITB Berlin 2019Foto: picture-alliance/dpa/B. von Jutrczenka

A Malásia se vê diante de uma potencial reação de grupos LGBTI após o ministro do Turismo do país de maioria muçulmana, Datuk Mohammaddin bin Ketapi, afirmar que não existem gays no país.

Repórteres perguntaram ao ministro na última terça-feira (05/03), um dia antes da abertura para o público da maior feira de turismo do mundo, a ITB Berlin, se o país era seguro para turistas gays e judeus.

Após se esquivar inicialmente da pergunta, sob o argumento de que aquele não era o fórum adequado para isso, ele foi novamente questionado se os gays são bem-vindos e respondeu: "Eu não acho que temos algo assim no nosso país."

A Malásia é o país parceiro da edição de 2019 da feira realizada na capital da Alemanha, na qual cerca de 10 mil expositores de 181 países e regiões estão representados. O país asiático tem a meta de receber 30 milhões de visitantes em 2019.

Apesar dos esforços de autoridades malaias para minimizar o incidente, a declaração de Ketapi pode inviabilizar as tentativas de atrair mais turistas para o país. Os comentários foram feitos após seu discurso sobre as belezas naturais e a natureza acolhedora do país.

Na cerimônia de abertura da feira, o prefeito de Berlim, Michael Müller, adotou então um tom conciliador, ressaltando a abertura e a tolerância da capital alemã como local para uma feira comercial e destino de viagem.

A Malásia vem enfrentando muitas críticas sobre suas atitudes em relação a certos grupos, inclusive do ambientalista e político do Partido Verde alemão Volker Beck, que acusou o governo do país asiático de ter políticas contra homossexuais e judeus.

Ministros do país do Sudeste Asiático deram outras declarações depreciativas sobre pessoas LGTBI no passado, entre elas uma recomendação aos gays de que mantivessem suas identidades em segredo.

O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, já afirmou que a homossexualidade é parte dos "valores ocidentais”. E completou: "Não nos force a isso."

Em janeiro, o governo da Malásia anunciou que não vai permitir a participação de israelenses em eventos esportivos no país, em resposta à "contínua opressão israelense ao povo palestino".

MO/dw/dpa/rtr

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