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Ministro francês pede demissão visando eleição presidencial

30 de agosto de 2016

Emmanuel Macron deixa governo para se dedicar ao movimento político fundado por ele em abril. Seu nome aparece com destaque em sondagens recentes sobre eventuais candidatos ao Palácio do Eliseu.

Emmanuel Macron, que pediu demissão do cargo de ministro da Economia da França
Foto: Reuters/P. Wojazer

O ministro da Economia de França, Emmanuel Macron, apresentou nesta terça-feira (30/08) sua demissão, reforçando a especulação de que pretende candidatar-se à presidência do país nas eleições de 2017.

A renúncia de Macron, de 38 anos, foi confirmada pelo Palácio do Eliseu, que anunciou a nomeação para a pasta de Michel Sapin, que passa a acumular as lideranças dos Ministérios da Economia e das Finanças.

O ex-banqueiro de investimentos se demitiu "para se dedicar inteiramente ao seu movimento político", comunicou o porta-voz da presidência, referindo-se ao movimento "En Marche", que Macron fundou em abril.

A tensão entre o jovem ministro e os restantes membros do governo acentuou-se em julho, quando, num comício do seu movimento, Macron afirmou que a França é um país "farto de promessas não cumpridas", o que foi criticado pelo primeiro-ministro Manuel Valls.

O nome de Macron aparece com destaque em sondagens recentes sobre eventuais aspirantes às eleições presidenciais, que serão realizadas em 23 de abril e 7 de maio de 2017, embora seu apoio entre os militantes de esquerda seja menor do que o recebido entre os demais cidadãos em geral.

O ex-presidente Nicolas Sarkozy e o ex-primeiro-ministro Alain Juppé já se apresentaram como candidatos ao Palácio do Eliseu. A líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, também será candidata.

Já Hollande, cuja taxa de popularidade é a mais baixa já registrada por um presidente francês desde o fim da Segunda Guerra, afirmou recentemente que não se concorrerá à reeleição caso não consiga controlar o desemprego, atualmente nos 10%.

PV/efe/lusa

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