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Ministros europeus aprovam novas sanções contra separatistas na Ucrânia

17 de novembro de 2014

UE pretende bloquear mais contas bancárias e aumentar lista de indivíduos proibidos de entrar no bloco. Políticos optaram por não impor novas sanções à Rússia e manter diálogo com Moscou.

Ministros, entre eles o alemão Steinmeier (esq.) e o britânico Philip Hammond, discutiram crise na UcrâniaFoto: picture-alliance/epa/O. Hoslet

Em resposta à escalação recente do conflito no leste da Ucrânia, os ministros do Exterior da União Europeia (UE) decidiram nesta segunda-feira (17/11), em Bruxelas, aplicar mais sanções contra os separatistas pró-Rússia. Apesar das acusações de envolvimento no conflito, os políticos decidiram não impor novas sanções a Moscou.

As novas medidas devem aumentar a lista de separatistas proibidos de entrar na UE e bloquear mais contas bancárias. Segundo diplomatas, os nomes dos rebeldes a serem incluídos na lista serão definidos até o final do mês.

Até agora, por causa da crise ucraniana, a UE proibiu a entrada e bloqueou contas bancárias de 119 russos e ucranianos, assim como de 23 empresas e organizações.

A UE acusa os separatistas de quebrarem o acordo de paz de Minsk ao organizarem eleições nos territórios que estão sob seu controle. Além disso, apesar do cessar-fogo acordado, os combates entre rebeldes pró-Rússia e tropas do governo ucraniano continuam.

A Alta Representante da UE para Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, afirmou que sanções não resolvem o conflito e devem ser parte de uma estratégia maior. "Elas podem ser um instrumento quando aplicadas junto com outras medidas", declarou.

Mogherini defendeu que a UE deve apoiar a Ucrânia na implementação de reformas no país, além de manter o diálogo com a Rússia para encontrar uma solução definitiva para o conflito.

Mogherini e Klimkin assinaram acordo de cooperaçãoFoto: Reuters/E. Vidal

Diálogo com Moscou

Durante o encontro, o ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier, também defendeu a continuidade do diálogo com Moscou. "Precisamos garantir que as possibilidades que temos agora sejam usadas para chegar a uma solução do conflito que não contribua para deflagrar a espiral da violência novamente", declarou.

Steinmeier defendeu novas abordagens para alcançar o diálogo, se referindo a uma proposta que fez no último fim de semana. O ministro sugeriu promover o encontro de representantes dos governos da UE com os da União Econômica Eurasiática – fundada por Rússia, Cazaquistão e Belarus neste ano.

Os ministros europeus se reuniram nesta segunda-feira em Bruxelas para discutir uma estratégia comum para a crise na Ucrânia. Desde meados deste ano, a UE impôs uma série de sanções à Rússia, que atingem especialmente os setores financeiro, energético e militar. Em reação, Moscou proibiu a importação de determinados produtos agrícolas originários da Europa.

Pouco antes da reunião dos ministros, Mogherini se encontrou com o ministro do Exterior ucraniano, Pavlo Klimkin, para a assinatura de um acordo de cooperação. O tratado prevê que a Europa ajude na reforma das forças de segurança ucranianas.

A partir de dezembro, entre 100 e 200 especialistas europeus devem ser enviados ao país para prestar consultoria à polícia e à Justiça da Ucrânia.

CN/dpa/rtr/apf

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