Em depoimentos, ministros Braga Netto, Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos livram Bolsonaro de acusações de Moro. Presidente teria se referido a sua segurança pessoal, e não à Polícia Federal ao falar em troca no Rio.
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Os depoimentos dados nesta terça-feira (12/05) pelos três ministros generais do Planalto foram coincidentes a respeito do que ocorreu numa reunião ministerial realizada em 22 de abril com o presidente Jair Bolsonaro.
Os ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil, Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, não indicaram haver desejo de Bolsonaro em interferir na Polícia Federal para barrar investigações a respeito de seus familiares, ao contrário do que afirma o ex-ministro Sergio Moro.
Ramos e Heleno disseram, porém, que Bolsonaro mencionou a PF na reunião, o que o presidente negou ao afirmar, nesta terça-feira, que "não existe no vídeo a palavra Polícia Federal", referindo-se a gravação feita do encontro.
Segundo o site Poder360, Bolsonaro e seus ministros mais próximos ouviram o áudio da reunião do dia 22 na semana passada, antes de repassá-lo ao Supremo Tribunal Fderal (STF), e, no fim de semana, o Planalto fez uma nova varredura para dar consistência aos depoimentos dos ministros militares nesta terça-feira.
Depoimento de Augusto Heleno
Em seu depoimento, o ministro Augusto Heleno afirmou que o trabalho do delegado Alexandre Ramagem à frente da Abin foi excepcional e que a relação entre o presidente e Ramagem "não extrapola os limites de uma vinculação profissional entre chefe e subordinado".
Heleno disse que tomou conhecimento de uma suposta amizade entre Ramagem e os filhos do presidente da República pela imprensa e que considera natural haver uma proximidade entre Ramagem e o presidente e seus filhos, "já que Ramagem passou um longo período indo diariamente à casa do presidente por razões funcionais". Mais adiante, ele afirma que existe uma amizade entre Ramagem e o presidente, e que esta remonta à campanha eleitoral de 2018.
Ele disse acreditar ser natural que o presidente da República queira optar por uma pessoa próxima para exercer a direção geral da Polícia Federal e que a atuação de Ramagem à frente da Abin aliada ao seu histórico na PF contribuíram para a decisão do presidente.
Heleno também disse não se lembrar de ter dito a frase "esse tipo de relatório que o presidente quer, ele não pode receber", atribuída a ele por Moro. Heleno afirmou que "os relatórios desejados pelo presidente não envolviam matéria de polícia judiciária objeto de inquéritos policiais sigilosos" e que o presidente "nunca solicitou dados específicos de investigações em curso".
Na visão de Heleno, a mudança do diretor-geral da PF é uma atribuição indiscutível do presidente da República "que deveria ocorrer sem maiores traumas". Segundo ele, a troca de Maurício Valeixo por Ramagem foi caracterizada por "idas e vindas", e Moro ora aceitava, ora não aceitava a substituição.
Em relação à reunião de 22 de abril, o chefe do GSI disse que Bolsonaro, na reunião, cobrou "de forma generalizada todos os ministros da área de inteligência, tendo também reclamado da escassez de informações de inteligência que lhe eram repassadas para subsidiar suas decisões, fazendo decisões específicas sobre sua segurança pessoal, sobre a Abin, sobre a PF e sobre o Ministério da Defesa".
Ainda sobre a troca no comando da PF, Heleno disse que ouviu Bolsonaro dizer, na presença de Moro, que precisava de alguém "mais ativo" no comando da corporação. "Mais ativo no sentido de maior produtividade, o que não envolveria maior produção de relatórios de inteligência ainda que isso possa estar incluído no conceito de produtividade", detalhou.
Depoimento de Braga Netto
O ministro Braga Netto afirmou que, à frente da Casa Civil, nunca solicitou informações de inteligência à Abin ou a Polícia Federal.
Ele disse que Bolsonaro "não demonstrava insatisfação com elementos de polícia judiciária, mas a sua insatisfação era com os dados de inteligência, que precisavam ser ao presidente fornecidos para tomada de decisões".
Segundo ele, na reunião de cúpula ministerial do dia 22 de abril, Bolsonaro não tratou de troca no comando da superintendência da PF no Rio e a expressão "trocar a segurança no Rio de Janeiro" era uma referência à segurança pessoal do presidente, a cargo do Gabinete de Segurança Institucional, e não à Polícia Federal.
Braga Netto destacou na oitiva que Bolsonaro não demonstrou insatisfação com Valeixo no comando da PF e que desconhece o motivo pela qual o presidente quis Ramagem no comando do órgão.
Depoimento de Luiz Eduardo Ramos
Ramos disse que a intenção do presidente com a troca no comando da PF era dar "sangue novo" à corporação e que ele acreditava que a "mudança poderia mudar o ritmo de trabalho da PF".
Bolsonaro nunca pediu relatórios sobre investigações que envolvessem o presidente ou sua família, afirmou Ramos.
Sobre a reunião de 22 de abril, Bolsonaro "se manifestou de forma contundente sobre a qualidade dos relatórios de inteligência produzidos pela Abin, Forças Armadas, Polícia Federal, entre outros e acrescentou que, para melhorar a qualidade dos relatórios, na condição de presidente da República, iria interferir em todos os ministérios", declarou o ministro. Mais adiante, ele afirma que entendeu a expressão interferir como "ajudar ou corrigir rumos para obter melhores resultados".
Segundo o ministro da Secretaria de Governo, o presidente não teria dito na reunião que trocaria o diretor-geral da Polícia Federal ou o superintendente da PF no Rio.
Ramos corroborou a versão de Augusto Heleno e disse que Bolsonaro se referiu à sua segurança pessoal realizada no Rio de Janeiro ao falar em troca na segurança. Segundo Ramos, Bolsonaro disse que "se ele não estivesse satisfeito com sua segurança no Rio de Janeiro, ele trocaria inicialmente o chefe da segurança e, não resolvendo, trocaria o ministro, e nesse momento olhou em direção ao ministro Augusto Heleno, que estava ao lado oposto do ex-ministro Sergio Moro". Para Ramos, pode ter havido interpretação equivocada por parte de algum ministro, incluindo Moro.
Ramos afirmou ainda que tentou intermediar uma solução para a troca no comando da PF, com o objetivo de manter Moro no governo, sem o conhecimento de Bolsonaro, e que Moro teria dito que aceitaria apenas o nome do delegado Disney Rosseti e que não aceitaria mais ouvir falar em troca de superintendentes ou de diretor-geral. Diante disso, Ramos declarou que desistira de persuadir o ministro e nem mesmo falou com Bolsonaro sobre sua intenção.
Ramos alterou trechos de seu depoimento. Tendo inicialmente dito que "não foi mencionado pelo presidente que, se não pudesse trocar o diretor-geral da Polícia Federal ou o superintendente da Polícia Federal no estado do Rio de Janeiro, ele trocaria o próprio ministro", Ramos pediu para que constasse "não se recorda se foi mencionado pelo presidente".
No trecho seguinte, no qual afirma que "na presença do depoente isso [as trocas na PF do Rio] não foi dito pelo presidente na reunião do dia 22 de abril ou em qualquer outro momento", Ramos pediu para que constasse que "não se lembra se na presença do depoente isso foi dito".
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/H. Hanschke
De gôndola rumo à normalidade
Contando mais de 33 mil mortos, a Itália foi duramente atingida pela pandemia de covid-19. Agora o país torce por uma retomada das atividades quotidianas, sobretudo o setor de turismo, vital para a economia nacional. Este gondoleiro de Veneza dá um bom exemplo, equilibrando otimismo e medidas de precaução. (31/05)
Foto: Getty Images/AFP/A. Pattaro
Protestos se espalham pelos EUA
Protestos pela morte do afro-americano George Floyd durante uma ação policial se espalharam para dezenas de cidades americanas, vários resultaram em violência.
Milhares saíram às ruas, com slogans como "Sem justiça, sem paz", "Diga o nome dele: George Floyd" e "Ele disse que não podia respirar. Justiça para George". (30/05)
Foto: Reuters/L. Jackson
EUA rompem laços com OMS por "má gestão" da pandemia
Presidente Donald Trump diz que Organização Mundial de Saúde rejeitou reformas propostas por Washington, e acusa entidade, da qual seu país era o maior financiador, de estar sob "controle total" da China. O anúncio significa a suspensão permanente da contribuição americana de entre 400 e 500 milhões de dólares por ano, o que equivale aproximadamente 15% do orçamento total da organização. (29/05)
Foto: Reuters/J. Ernst
Artistas e cientistas se unem contra covid-19 na Amazônia
Jane Fonda, Morgan Freeman e Barbra Streisand, além de cientistas, lideranças indígenas e outros artistas estrangeiros e brasileiros participam de um evento virtual global para arrecadar fundos para proteção dos povos indígenas da Amazônia diante da pandemia do novo coronavírus. (28/05)
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Estados Unidos superam marca de 100 mil mortes por covid-19.
Os números representam uma triste realidade para os EUA, com a doença superando o número de americanas mortos nas guerras do Vietnã e da Coreia. O país mais atingido pela pandemia de covid-19 em todo o mundo se aproxima de 1,7 milhão de casos em seu território. Nova York é estado mais afetado, com 29,3 mil mortes. (27/05)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS/D. Herrick
Latam pede recuperação judicial nos EUA
A companhia aérea Latam, a maior da América Latina, entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em razão do impacto da pandemia de covid-19. A medida foi anunciada uma semana depois que a Latam confirmou a demissão de 1.400 funcionários. A empresa reduziu suas operações em 95%. (26/05)
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Lufthansa e governo alemão acertam resgate de 9 bilhões de euros
O governo da Alemanha e a Lufthansa chegaram a um acordo sobre o pacote de resgate para ajudar a companhia aérea a superar a crise gerada pela pandemia de covid-19. O resgate fará com que o governo passe a controlar 20% das ações da empresa, podendo ainda aumentar sua cota para 25% mais um, de forma a proteger os empregos de milhares de funcionários.(25/05)
Foto: picture-alliance/sampics/C. Pahnke
Milhares saem às ruas em Hong Kong contra lei de segurança chinesa
A polícia de Hong Kong disparou gás lacrimogêneo e canhões de água contra manifestantes após milhares saírem às ruas em protesto contra um projeto de lei da China que pode minar a autonomia do território. Apoiadores do movimento pró-democracia alegam que o projeto vai contra a estrutura de "um país, dois sistemas", que garante liberdades no território não promovidas na China continental. (24/05).
Foto: Getty Images/AFP/A. Wallace
Pela primeira vez, China não registra novos casos de coronavírus
A China anunciou que, pela primeira vez desde o início do surto de coronavírus, não registrou nenhum novo caso de covid-19 em seu território. Também não houve novas mortes ligadas à doença. Contudo, as autoridades disseram que investigam dois novos casos suspeitos, um importado em Xangai e outra suspeita de transmissão local na província de Jilin, no nordeste do país. (23/05)
Foto: picture-alliance/dpa/Kyodo
América do Sul é o novo epicentro da pandemia, diz OMS
A América do Sul se torna o novo epicentro da pandemia de covid-19, afirmou o diretor Organização Mundial de Saúde, Michael Ryan. "Vemos muitos países sul-americanos com aumentos nas quantidades de casos. Há preocupação em muitos desses países, mas o mais afetado é o Brasil", afirmou. O segundo país mais atingido pela pandemia é o Peru. (22/05)
Foto: Getty Images/AFP/C. Mamani
Ciclone deixa mais de 80 mortos na Índia e Bangladesh
O ciclone Amphan, o mais poderoso que se formou na Baía de Bengala em mais de uma década, provocou a morte de pelo menos 84 pessoas no leste da Índia e no sudoeste de Bangladesh. A passagem da tempestade deixou um rastro de destruição nos dois países, com diversas regiões inundadas, milhares de desabrigados e milhões sem energia elétrica. (21/05)
Foto: Reuters/R. de Chowdhuri
Regina Duarte deixa Secretaria da Cultura
Regina Duarte deixou a Secretaria da Cultura. Ficou menos de três meses no cargo. Na pasta, ela acumulou atritos com a ala ideológica do governo, que via sua atuação como muito branda com "a esquerda". Já a classe artística criticava a gestão errática e os comentários de Duarte que minimizaram crimes da ditadura militar. Como prêmio de consolação, ganhou um cargo na Cinemateca Brasileira (20/05)
Foto: Imago-Images /Fotoarena/V. Campos
Trump ameaça retirar EUA da OMS
O presidente Donald Trump ameaçou retirar os EUA da Organização Mundial de Saúde (OMS) e suspender indefinidamente as contribuições financeiras de seu país á entidade no prazo de 30 dias, em razão do que considera uma dependência do organismo em relação à China. (19/05)
Foto: picture-alliance/abaca/D. Mills/The New York Times
Merkel e Macron propõem fundo de 500 bilhões de euros
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, Emmanuel Macron, propuseram um pacote de 500 bilhões de euros (3,1 trilhões de reais) de estímulo para reativar as economias da União Europeia afetadas pela pandemia de coronavírus. (18/05)
Foto: Reuters/K. Nietfeld
Há 30 anos, homossexualidade deixava de ser doença
Em 17 de maio de 1990, há 30 anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). Um passo importante, mas que ainda não representou a cidadania plena para essa minoria. Em ao menos 70 países, a homossexualidade ainda é criminalizada, com casos de prisão e até de pena de morte. (17/05)
Foto: Getty Images/AFP/R. Schemidt
Suspeito de financiar genocídio de Ruanda é preso na França
O empresário ruandês Félicien Kabuga, um dos suspeitos procurados pelo genocídio de Ruanda, em 1994, foi preso nos arredores de Paris após 26 anos foragido. Kabuga, de 84 anos, é acusado de ter financiado o massacre de cerca de 800 mil pessoas no país africano. Ele estava vivendo sob um nome falso em um apartamento em Asnières-sur-Seine, ao norte da capital francesa. (16/05)
Foto: Reuters/G. Mulala
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu demissão menos de um mês após ter assumido o cargo. Numa breve coletiva, Teich afirmou que a saída do ministério foi uma decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos que o levaram a deixar o comando da pasta. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destacou. (15/05)
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Roberto Azevêdo anuncia saída do comando da OMC
O brasileiro Roberto Azevêdo anunciou que deixará o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 31 de agosto, um ano antes do final de seu segundo mandato. Essa será a primeira vez na história do organismo criado em 1995 em que o chefe renuncia. "É uma decisão pessoal, familiar e estou convencido de que servirá aos interesses da organização", disse Azevêdo. (14/05)
Foto: picture-alliance/dpa/J.-C. Bott
Exames entregues por Bolsonaro deram negativo
Os exames feitos por Jair Bolsonaro tiveram resultado negativo para o novo coronavírus, segundo laudos recebidos pelo STF e divulgados após autorização do ministro Ricardo Lewandowski. Os documentos mostram que o presidente usou pseudônimos para realizar os exames, embora outros dados pessoais, como CPF, RG e data de nascimento, tenham sido informados corretamente. (13/05)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Wuhan quer testar toda a população
A cidade chinesa de Wuhan, considerada o berço da pandemia do novo coronavírus, anunciou que planeja realizar testes em toda a população da cidade depois que surgiram novos casos pela primeira vez em semanas. Autoridades receberam ordens para apresentar planos para administrar testes em todos os 11 milhões de moradores da cidade (12/05).
Foto: Getty Images/AFP/Str.
Paris tem caos no transporte público
A retomada gradual das atividades em Paris teve um início conturbado, após vários relatos de trens lotados e caos no transporte público na capital francesa.Em algumas estações, policiais da tropa de choque estavam de prontidão para evitar possíveis distúrbios. O uso de máscaras de proteção no transporte público é obrigatório a todos os passageiros. (11/05)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Marchi
Mar Báltico sem turistas
No litoral do Mar Báltico na Alemanha, a praia ainda é exclusividade dos residentes do estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, durante a pandemia do coronavírus. No entanto, o setor de turismo torce ardentemente para poder voltar a receber hóspedes de fora. A reabertura está programada para dentro de duas semanas, a tempo para os feriados de Pentecostes. (10/05)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Büttner
Preces atendidas
Depois de quase dois meses de restrições, os muçulmanos do Líbano podem voltar a rezar nas mesquitas. No islã, o mês de jejum Ramadã é extremamente importante. Contudo valem certas regras, a fim de não acelerar demasiado a propagação do coronavírus: os fiéis devem manter distância entre si, desinfetar as mãos na entrada e trazer seus próprios tapetes de oração. (09/05)
Foto: Getty Images/AFP/A. Amro
Alemanha lembra os 75 anos do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa
Em uma cerimônia simples em tempos de pandemia, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, depositou uma coroa de flores na Neue Wache em Berlim, principal memorial do país para homenagear as vítimas de guerras e ditaduras. Participaram ainda do evento para lembrar os 75 anos do fim da 2° Guerra o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o presidente do Bundestag, Wolfgang Schäuble. (08/05)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Hanschke
Parlamento aprova governo de unidade em Israel
O Knesset (Parlamento de Israel) aprovou a formação de um governo de unidade, pondo fim à mais longa crise política da história do país. Depois de três eleições sem maioria clara e um impasse que já durava um ano, o governo de unidade entre o primeiro-ministro em exercício, Benjamin Netanyahu, e o seu rival Benny Gantz recebeu o apoio de 71 dos 120 deputados - 37 votaram contra. (07/05)
Foto: Reuters/A. Cohen
Morre o músico Florian Schneider, fundador do Kraftwerk
O músico alemão Florian Schneider-Esleben, um dos fundadores do grupo Kraftwerk, morreu aos 73 anos. Ele lutava contra um câncer. Considerado um dos grupos mais influentes da música eletrônica, o Kraftwerk foi fundado por Florian Schneider e Ralf Hütter em 1970. Entre os álbuns mais conhecidos do grupo estão Autobahn (1974) e Trans Europe Express (1977). (06/05)
Foto: Imago Images/S. M Prager
Policiais alemães salvam ouriço preso em copo de milk-shake
A polícia de Bremerhaven, no norte da Alemanha, atendeu a uma ocorrência um tanto peculiar: o resgate de um pobre ouriço cuja cabeça ficou presa num copo de plástico. Em comunicado, a polícia pediu que as pessoas sejam mais conscientes ao jogarem fora embalagens usadas. "Latas e embalagens podem se tornar uma armadilha mortal para ouriços. Sempre jogue lixo na lixeira", disse a polícia. (05/05)
Foto: Polizei Bremerhaven
Bolsonaro nomeia indicado de Ramagem para comando da PF
O presidente Jair Bolsonaro nomeou o delegado Rolando Alexandre de Souza como novo diretor-geral da Polícia Federal. A nomeação ocorre após o Supremo Tribunal Federal suspender a indicação de Alexandre Ramagem para o cargo. Em uma estratégia para contornar uma eventual nova objeção do STF, a posse de Souza ocorreu em uma breve cerimônia informal que não foi anunciada previamente. (04/05)
Foto: Imago Images/Fotoarena/R. Pereira
Medicina sem véus
Generalistas alemães protestam na iniciativa "Blanke Bedenken" ("Temores Nus e Crus", em tradução livre) contra medidas que os expõem a perigos desnecessários, assim como contra a falta de equipamento protetor. Para expressar sua vulnerabilidade, os médicos posam despidos, portando apenas os atributos de sua profissão e talvez uma máscara. (03/05)
Foto: Blanke Bedenken
Trabalho animal, com ou sem vírus
A pandemia de covid-19 forçou também o fechamento de jardins e parques zoológicos em todo o mundo. Chance para os animais descansarem? Nem todos. O Aqua Park Shinagawa, em Tóquio, oferece para crianças e suas famílias, shows online com os bichinhos. Aqui, é a vez de os pinguins Momo e Omochi brilharem nos monitores de muitos lares japoneses. (02/05)
Foto: Reuters/I. Kato
Passeata de 1º de Maio apesar do vírus
O 1º de Maio é marcado na Alemanha por tradicionais protestos sociais e trabalhistas. Em 2020, a maioria das manifestações está proibida devido à pandemia de covid-19. Porém a consciência política de alguns cidadãos fala mais alto: como nesta passeata em Berlim – com muitas máscaras e, se possível, guardando o distanciamento social. (01/05)