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Missão de paz: ministro alemão em Washington

(am)8 de novembro de 2002

Os esforços de Berlim para uma distensão nas relações teuto-americanas foram redobrados após a vitória eleitoral dos republicanos nas eleições para o Congresso.

Peter Struck (esq.) e o secretário-geral da OTAN, George RobertsonFoto: AP

O ministro alemão da Defesa, Peter Struck, passou por Bruxelas e manteve contatos preliminares com o secretário-geral da OTAN, George Robertson, e com o Encarregado de Política Externa da União Européia, Javier Solana, antes de seguir viagem para a capital americana.

Peter Struck declarou-se otimista em relação ao seu encontro com o Secretário americano da Defesa, Donald Rumsfeld: "Será o início de uma estreita cooperação." Segundo a agenda de Rumsfeld, no entanto, o encontro não deverá durar mais que 40 minutos.

O recente contato dos dois políticos, durante uma conferência dos ministros de Defesa da OTAN em Varsóvia, terminou abruptamente. Donald Rumsfeld fez questão de ignorar seu colega de pasta da Alemanha, cortando-lhe a palavra. Contudo, Peter Struck acredita firmemente na restauração de relações normais com os Estados Unidos. Afinal, diz o ministro, opiniões divergentes são uma coisa normal entre amigos.

Reaproximação tímida

Apesar de todos os esforços de Berlim para uma reaproximação com os Estados Unidos, ainda não há nenhuma perspectiva de um primeiro encontro pessoal entre o presidente George W. Bush e o chanceler Gerhard Schröder.

O porta-voz oficial do governo alemão, Béla Anda, revelou nesta sexta-feira (08/11), que Condolezza Rice e Bernd Mützelburg, respectivamente assessores de política de segurança dos governos americano e alemão, mantiveram contato telefônico, mas não revelou os assuntos tratados.

Anda não quis confirmar tampouco a informação de que George Bush pretende participar da próxima conferência de cúpula da OTAN, a ser realizada nos dias 21 e 22 de novembro na capital tcheca Praga.

Congratulações

Após as eleições para o Congresso americano, não foi enviada nenhuma congratulação pessoal, nem oficial, de Gerhard Schröder ao presidente americano. A reação demorada é vista como uma espécie de "revanche" do chanceler: após as eleições parlamentares alemãs, George Bush tardou muito em manifestar-se, afirmando apenas respeitar a vontade do povo alemão. O presidente americano não quis congratular Schröder pela vitória eleitoral.

O porta-voz Béla Anda afirmou apenas que o chanceler alemão cumprimentará o presidente americano, "de maneira adequada". Mas não quis fixar uma data para tal, acrescentando apenas que a opinião pública será notificada.

As tensões no relacionamento bilateral teuto-americano surgiram durante a campanha eleitoral na Alemanha, quando Gerhard Schröder criticou severamente a política de George Bush para o Iraque. Um deslize verbal da então ministra da Justiça, Herta Däubler-Gmelin, comparando a política de Washington com a de Adolf Hitler, fez com que as desavenças se agravassem ainda mais.