Missão do telescópio Kepler é encerrada após 9 anos
31 de outubro de 2018
Observatório espacial não tribulado fica sem combustível, como esperado, e é desativado. Ele detectou mais de 2.600 planetas fora do Sistema Solar, entre eles alguns com potencial para hospedar vida.
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Após nove anos no espaço, o telescópio Kepler teve sua missão dada como encerrada, afirmou nesta terça-feira (30/10) a Nasa, agência espacial americana, responsável pela operação do aparelho.
Lançado ao espaço em 2009 com a missão de procurar planetas fora do Sistema Solar – os chamados exoplanetas –, o telescópio ficou sem combustível, como era previsto, o que levou ao fim das observações científicas.
A desativação do Kepler, no entanto, não deve ser vista como "o fim das descobertas", disse a astrofísica da Nasa Jessie Dotson, uma vez que há dados recolhidos pelo telescópio que ainda estão por serem analisados.
Batizado em homenagem ao astrônomo alemão Johannes Kepler, o observatório espacial não tripulado conseguiu, ao longo de sua vida útil, detectar mais de 2.600 planetas fora do Sistema Solar, entre eles alguns com potencial de hospedar vida. A missão foi qualificada pelo ex-diretor da equipe de pesquisas Bill Borucki de um enorme sucesso.
Entre as contribuições do telescópio para a ciência está o primeiro levantamento de planetas na Via Láctea. O Kepler também detectou planetas do tamanho da Terra nas chamadas zonas habitáveis (a distância da sua estrela permite haver água líquida na superfície).
Segundo a Nasa, as mais recentes análises de dados do aparelho concluíram, por exemplo, que 20% a 50% das estrelas visíveis no céu noturno podem ter planetas pequenos, possivelmente rochosos, e semelhantes à Terra em termos de tamanho a orbitarem na zona habitável.
Antes de darem por terminada a atividade do telescópio, os cientistas aproveitaram ao máximo o seu potencial, concluíram várias campanhas de observação e descarregaram dados antes dos avisos iniciais de falta de combustível.
Os últimos dados vão completar os que forem obtidos com o telescópio TESS, o novo "caçador" de exoplanetas da Nasa, lançado em abril. Ao contrário do Kepler, que buscou exoplanetas numa determinada área do céu, o TESS vai procurar exoplanetas por todo o céu.
IP/lusa/afp/dpa
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Milhares de pessoas ao redor do mundo olharam para o céu na noite que passou para ver a Lua se tornar vermelha durante o eclipse lunar mais longo do século 21. Mas algumas saíram decepcionadas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Schalit
Espetáculo mundial
O eclipse lunar do século pôde ser visto de várias partes da Europa, Ásia, Austrália e América do Sul nesta sexta-feira (27/07). Na Alemanha, a lua vermelha deixou ainda mais bonita a vista noturna do Castelo de Hohenzollern, localizado a 50 quilômetros de Stuttgart.
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Lua vermelha
No fenômeno do gênero mais longo do século 21, a fase de eclipse total em que a cor da Lua mudou para vermelho teve duração de 1 hora e 43 minutos na Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/K.-J. Hildenbrand
Preparação para o espetáculo
Diferente de eclipses solares, onde são necessários óculos de proteção, um eclipse lunar pode ser observado a olho nu. Alguns espectadores, porém, usaram binóculos e telescópio para obter uma visão melhor do espetáculo, como esta jovem em Heidelberg, na Alemanha.
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Lua de sangue
O eclipse ocasionou o fenômeno conhecido como "lua de sangue", que ocorre quando o satélite é iluminado pela luz que passou pela atmosfera da Terra e voltou por refração. Além desse espetáculo, o evento astronômico coincidiu com a maior aproximação de Marte da Terra em 15 anos.
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Eclipse lunar
O eclipse lunar total ocorre quando a Terra se posiciona exatamente entre o Sol e a Lua, impedindo os raios solares de atingir diretamente o astro. Em Dubrovnik, na Croácia, o céu ainda estava claro quando o fenômeno começou.
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Melhor local
Na Grécia, dezenas de pessoas se reuniram nas proximidades do Templo de Atena para acompanhar o fenômeno astronômico.
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Perto de Atenas
O Templo de Poseidon, o deus do mar, também ofereceu um palco terrestre digno do espetáculo que transcorria no céu.
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Também no Brasil
O eclipse lunar foi visível também no Brasil. Recife foi a primeira capital a ter visibilidade. Em São Paulo (foto), a fase total do eclipse durou cerca de meia hora.
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Romantismo
Em Brasília, este casal de noivos posou para uma foto única num dia também especial.
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Espetáculo único
Nem mesmo algumas nuvens impediram que o eclipse lunar proporcionasse um espetáculo também em Tel Aviv, em Israel. Em outras regiões do planeta, porém, as nuvens deixaram muitas pessoas frustradas. No Reino Unido, muitos usuários se queixaram do mau tempo nas redes sociais.