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CriminalidadeAlemanha

Mistério sobre roubo de museu em Dresden continua

27 de dezembro de 2022

Após dois dias, polícia encerra buscas em canal de Berlim. Detalhes da ação não foram divulgados. Grande parte de joias roubadas foi recuperada recentemente.

Mergulhador e policial ajustam equipamentos para busca em canal de Berlim
Cerca de 20 mergulhadores participaram das buscas no canal em BerlimFoto: Christophe Gateau/dpa/picture alliance

A polícia alemã encerrou nesta terça-feira (27/12) as buscas num trecho de um canal de Berlim relacionadas ao furto de dezenas de joias do século 18 do museu Grünes Gewölbe (Abóbada Verde), em Dresden, em uma das ações mais ousadas do tipo nas últimas décadas. Nenhuma prova foi encontrada durante a operação.

Detalhes sobre o que estava sendo procurado e como a polícia havia chegado a esse local não foram revelados pelas autoridades. Inicialmente, as buscas, que tiveram início no domingo, deveriam ser encerradas na quinta-feira.

Cerca de 20 mergulhadores de Berlim, Brandemburgo, Saxônia e Saxônia-Anhalt fizeram buscas em um trecho de 150 metros do canal Schifffahrts, no bairro de Neukölln, próximo a uma ponte da Treptowerstrasse. Os mergulhadores tinham pouca visibilidade devido à água escura, e trouxeram à tona diversos objetos cobertos de lama.

Possível acordo de delação

A maior parte do tesouro furtado já havia sido recuperada no início do mês, quando 31 itens foram localizados em Berlim e devolvidos a Dresden, onde estão sendo periciados. A descoberta estaria ligada a um acordo entre um dos réus e promotores, aprovado pela Justiça.

Não foram dadas informações sobre o estado das peças e nem quais dos objetos roubados foram recuperados. A expectativa é que mais detalhes sobre o acordo feito e também sobre as joias devem sejam revelados no início de janeiro.

Atualmente, seis homens alemães, que tem entre 22 e 28 anos, estão sendo julgados pelo roubo e pelo incêndio criminoso de uma estação de transmissão de eletricidade que desativou as luzes de rua e os alarmes de segurança. Os réus fazem parte do clã teuto-árabe Remmo, conhecido na cena do crime organizado da capital alemã.

Roubo espetacular

Em 25 de novembro de 2019, dois ladrões invadiram o museu Grünes Gewölbe, no Castelo de Dresden, por uma janela e quebraram uma vitrine com um machado antes de fugir com os objetos do século 18.

Cerca de 4.300 diamantes e outras pedras preciosas foram levados, com um valor estimado em 113 milhões de euros (R$ 622 milhões) –  o museu os considera de valor inestimável. Os danos causados pelo arrombamento foram avaliados em mais de 1 milhão de euros (R$ 5,5 milhões).

Imediatamente após o crime, uma equipe de 20 pessoas com o codinome "Epaulette" − em homenagem a uma ombreira ornamentada, um dos itens roubados − iniciou as investigações.

O museu Grünes Gewölbe, situado no Castelo de Dresden, abriga uma das maiores coleções de tesouros da Europa. Ele foi fundado entre 1723 e 1729 por Augusto, o Forte, para exibir publicamente sua coleção de tesouros, tornando-o um dos museus mais antigos do mundo.

Uma das atrações turísticas mais populares da cidade, o museu tem cerca de 3 mil peças em exposição. Ele foi danificado durante a Segunda Guerra Mundial e, no final do conflito, a coleção foi levada para a União Soviética, só sendo devolvida a Dresden em 1958.

cn (dpa, epd, ots)

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