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Moçambique confirma novos casos de cólera após ciclone

30 de março de 2019

Número de afetados pela doença na cidade de Beira subiu para 271. Brasil envia bombeiros e militares para ajudar vítimas.

Mosambik Rotes Kreuz bei den Opfern des Zyklons Idai
Passagem do ciclone Idai provocou mais de 700 mortes no sudeste da África. Agora, os governos e organizações de ajuda tentam conter epidemias Foto: Reuters/Red Cross Red Crescent Climate Centre/D. Onyodi

O número de casos confirmados de cólera na cidade portuária de Beira, em Moçambique, quase dobrou nas últimas 48 horas, informou o governo do país neste sábado (30/03).

O governo e equipes de ajuda humanitária tentam conter a disseminação da doença após a passagem do ciclone Idai por Beira em 14 de março, provocando enchentes catastróficas e matando mais de 700 pessoas em Moçambique, no Zimbábue e no Malaui.

Na abertura de um centro temporário de tratamento em Beira, o ministro do Meio Ambiente, Celso Correia, disse que houve 271 casos de cólera informados. Ele disse que 138 desses chegaram a centros médicos nas últimas 48 horas.

Correia, no entanto, afirmou que ainda não nenhuma morte registrada por causa da doença em hospitais do país.

Por causa dos efeitos do ciclone, as Nações Unidas darão início na próxima quarta-feira a um programa de vacinação oral contra a cólera, de 900 mil unidades, afirmou o coordenador adjunto da assistência ao país africano, Sebastian Rhodes Stampa.

Segundo o coordenador, baseado na Beira, cada vacina reforça a imunidade de uma pessoa contra a cólera por três meses. O programa vai continuar, passados três meses, com mais vacinas, o que reduz os riscos de contágio.

A passagem do ciclone Idai deixou a cidade da Beira sem água potável. Há quatro dias que o abastecimento de água nas torneiras e por caminhões voltou a funcionar. O governo apelou à população para que não consuma água sem ferver, recomendando também a compra de água mineral e o uso de produtos químicos ou filtros mecânicos para purificar a água.

Vinte bombeiros da equipe de busca e salvamentos da Força Nacional de Segurança Pública brasileira e mais 20 militares mineiros que trabalharam no resgate das vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho viajaram na sexta-feira para Moçambique. A previsão é que, no mais tardar na segunda-feira, as equipes brasileiras comecem a atuar no resgate às vítimas do ciclone. A ajuda humanitária atende a pedido feito pelo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, ao presidente Jair Bolsonaro.

JPS/efe/ab/afp/rt

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