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Morales ignora referendo e vai buscar quarto mandato

18 de dezembro de 2016

No poder desde 2006, presidente boliviano anuncia que vai se candidatar nas eleições de 2019. Decisão desafia resultado da consulta popular que, em fevereiro, vetou possibilidade de reeleição.

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Morales durante evento do partido: "Se o povo diz 'vamos com Evo', nenhum problema"Foto: picture-alliance/Bolivian News Agency/dpa

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste sábado (17/12) que pretende se candidatar nas eleições marcadas para 2019, desafiando a decisão do referendo de fevereiro, em que o povo decidiu não autorizar uma mudança na Constituição para que ele possa se reeleger.

"Se o povo diz 'vamos com Evo', nenhum problema. Vamos seguir derrotando a direita, vamos seguir ganhando da direita. Já ganhamos tanto da direita. Tenho muita confiança em nossos movimentos sociais", disse Morales, ao fim do congresso de seu partido, o Movimento ao Socialismo.

É a primeira vez que Morales, que governa desde 2006 e está em seu terceiro mandato, torna pública a intenção de concorrer em 2019. No evento do partido, foram apontados quatro caminhos para tornar legal a possibilidade de o atual presidente se candidatar novamente.

Um seria reformar o artigo 168 da Constituição através da chamada "iniciativa cidadã", que consiste em coletar assinaturas de 20% dos eleitores. Outro é que dois terços do Congresso, atualmente controlado pelo governo, aprovem a modificação. Ambos os casos, porém, demandam o aval de um referendo.

A terceira possibilidade é que Morales renuncie antes do fim do seu mandato. E a quarta seria solicitar ao Tribunal Constitucional que dê o aval à sua candidatura através de uma interpretação dos direitos políticos estabelecidos na Carta Magna. O congresso partidário não deu mais detalhes sobre as medidas.

Segundo a pesquisa de opinião mais recente, a popularidade de Morales está em 49% no país. Ele perdeu em fevereiro um referendo nacional para alterar a Constituição e lhe permitir a disputa do quarto mandato, que seria entre 2020 e 2025. Em 2014, ele foi eleito com 61% dos votos.

RPR/efe/afp

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