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Morales reivindica vitória ao obter 60% na boca de urna

13 de outubro de 2014

Líder, que destaca triunfo do "anti-imperialismo", assumirá terceiro mandato, tornando-se presidente que mais tempo esteve à frente da Bolívia. Resultados oficiais são aguardados para esta segunda-feira.

Foto: Reuters/Gaston Brito

O presidente da Bolívia, Evo Morales, foi reeleito neste domingo (12/10) ao obter cerca de 60% dos votos, apontam pesquisas de boca de urna. Os resultados oficiais devem confirmar a reeleição do político nesta segunda-feira. Ele se tornará, então, o presidente que mais tempo esteve no poder no país andino.

Mesmo antes dos resultados oficiais, Morales declarou-se vencedor das eleições logo que as sondagens de boca de urna foram divulgadas. "Este é o sentimento de libertação do nosso povo. Este triunfo é um triunfo dos anti-imperialistas e dos anticolonialistas", disse o presidente a partir do terraço do palácio presidencial de La Paz. Fogos de artifício explodiram sobre o palácio, e centenas de simpatizantes gritavam: "Evo, Evo!".

Segundo uma pesquisa da TV Unitel, o presidente teria obtido 61% dos votos, diante de 24% do rival, Samuel Doria Medina. Outros dois institutos também concederam a vitória a Morales, com mais de 60%.

O político de 54 anos goza de forte apoio popular para seguir adiante com seu "processo de mudança", que o levou a nacionalizar empresas e setores-chave como os de hidrocarbonetos, telecomunicações e mineração. "Aqui havia o debate dos programas, a nacionalização ou a privatização. Com mais de 60%, ganhou a nacionalização", declarou Morales, dedicando o triunfo a Fidel Castro e ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.

Além disso, as sondagens de boca de urna mostram que o Movimento ao Socialismo (MAS) de Morales teria revalidado sua maioria absoluta na Assembleia Nacional.

Medina prometeu a seus seguidores que seguirá lutando para chegar ao poder. "Obrigado aos cidadãos que nos apoiaram", disse.

O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi um dos primeiros a parabenizar Morales. O líder venezuelano, Nicolás Maduro, disse que as eleições representam "uma grande vitória da pátria sul-americana".

Nas eleições de 2005, o primeiro líder indígena da Bolívia venceu com 53,7% dos votos e, em 2009, com 64,2%. Morales havia se lançado à presidência pela primeira vez em 2002 e, então, já conseguira forte apoio popular: 20,94% dos votos. Ao encerrar o mandato em 2020, ele terá ficado 14 anos no poder.

LPF/rtr/afp/dpa/lusa

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