Morre a atriz Jeanne Moreau, ícone do cinema francês
31 de julho de 2017
Símbolo do feminismo nos anos 1960, atriz trabalhou com diretores renomados, como Truffaut e Godard. Ela atuou em mais de 130 filmes ao longo de seis décadas, colecionando diversos prêmios do cinema internacional.
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Morreu nesta segunda-feira (31/07) a atriz francesa Jeanne Moreau, aos 89 anos, anunciou o gabinete da presidência da França.
Moreau, que colecionou diversos prêmios internacionais, incluindo um Oscar honorário por sua contribuição para o cinema, trabalhou com diretores renomados como François Truffaut, Orson Welles, Wim Wenders, Louis Malle, Michelangelo Antonioni, Jean-Luc Godard, entre outros.
Entre seus filmes mais conhecidos estão Jules e Jim – Uma mulher para dois (1962), Ascensor para o cadafalso (1958) e O diário de uma camareira (1964).
O presidente francês, Emmanuel Macron, exaltou as atuações de Moreau, com papéis que iam desde personagens sensuais a outros em filmes de comédia e gêneros variados, e elogiou seu ativismo político. Moreau "sempre se rebelou contra a ordem estabelecida", disse.
Moreau nasceu em Paris em 1928 e decidiu se tornar atriz contrariando a vontade de seu pai. Com sua característica voz rouca, ela simbolizou as expressões de liberdade nos anos 1960 e se tornou um ícone feminista, numa época em que o cinema ainda deixava a desejar em relação aos direitos das mulheres.
Além do Oscar, ela colecionou diversos prêmios pelo conjunto de sua obra em festivais como os de Cannes, Berlim e Londres, entre outros. A atriz atuou até os 87 anos de idade, participando em mais de 130 filmes ao longo de seis décadas.
RC/afp/dpa/ap
Doze divas do cinema francês
Catherine Deneuve e Brigitte Bardot agitaram corações. Uma geração mais recente de estrelas do cinema francês inclui Audrey Tautou, de "O fabuloso destino de Amélie Poulain", que completa 40 anos neste 9 de agosto.
Foto: picture alliance/dpa/Sony
Audrey Tautou, a fabulosa
Ela é uma das divas da nova geração. Mesmo com uma série de outros filmes depois de "O fabuloso destino de Amélie Poulain", Audrey Tautou não conseguiu se livrar completamente da imagem da esquisita, mas adorável, Amélie Poulain. Em nível internacional, ela ganhou projeção ao lado de Tom Hanks em "O código Da Vinci".
Foto: Getty Images
Catherine Deneuve, a "grande dame" do cinema francês
Ela é uma das mais importantes atrizes do cinema contemporâneo francês. Nascida em 1943 em Paris, Catherine Fabienne Dorléac ficou famosa aos 21 anos com "Os guarda-chuvas do amor". De beleza indiscutível e um grande talento para desempenhar personagens infames, ela atuou em filmes de diretores renomados como Roman Polanski, François Truffaut ou Luis Buñuel.
Foto: imago/United Archives
Jeanne Moreau, a estrela da Nouvelle vague
A atriz francesa nascida em 1928 hoje em dia aparece raramente nas telas de cinema. Em seu auge, ela trabalhou com praticamente todos os diretores famosos. Jeanne Moreau participou de filmes como "Ascensor para o Cadafalso", "Uma Mulher para Dois" (ou "Jules e Jim") ou ainda "Os amantes". Em 1965, ela causou um escândalo ao fazer uma cena de striptease com Brigitte Bardot na comédia "Viva Maria!".
Foto: picture-alliance/Keystone
Brigitte Bardot, ícone erótico
A atriz, cantora e modelo Brigitte Bardot tornou-se um ícone do cinema na década de 1960. Ela ajudou a escrever a história do cinema com filmes como "O desprezo", de Jean-Luc Godard, em 1963. Inesquecível a cena com Maurice Ronet na cama em "Essas Mulheres" ("Les femmes"), de 1969.
Foto: picture-alliance / dpa
Fanny Ardant, a musa
Seja nas telas ou nos palcos, Fanny Ardant, a última musa e parceira de François Truffaut, é uma das atrizes mais populares na França. Truffaut a descobriu em uma série de tevê e quis conhecê-la de qualquer maneira. Em 1981, alcançou fama internacional com "A mulher ao lado", dirigida por Truffaut.
Foto: picture-alliance/RIA Novosti/R. Sitdikov
Isabelle Adjani, femme fatale
Adjani começou a carreira no teatro Comédie-Française, em Paris. Seu primeiro grande sucesso nas telas foi "A história de Adéle H.", dirigido por Truffaut. O trabalho com uma série de diretores renomados logo a tornou uma das atrizes mais famosas da Europa. E sua imagem mudou para "femme fatale".
Foto: picture-alliance/dpa/Villard/Lydie
Isabelle Huppert, a enigmática
É considerada uma pessoa retraída e enigmática. Mas será isso apenas fachada? Alguém que deve saber isso é o diretor Michael Haneke (na foto), com quem ela está gravando o drama "Happy end". Isabelle é sua atriz favorita. Ela ficou famosa com filmes como " Um amor tão fácil", "Madame Bovary" e "A professora de piano".
Foto: Getty Images
Juliette Binoche, a teimosa
A filha de um diretor de teatro e de uma atriz já atuou no palco quando era criança. Aos 18 anos, estreou no cinema. Não demorou muito e começaram os convites para filmar em Hollywood. Em 1996, ela ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante em "O paciente inglês". Binoche é considerada bastante peculiar: ela por exemplo rejeitou um papel no blockbuster "Jurassic Park".
Foto: picture-alliance/AP/Joel Ryan
Charlotte Gainsbourg, a ousada
Há pouco tempo, a filha de Jane Birkin e Serge Gainsbourg causou sensação no filme "Ninfomaníaca", de Lars von Trier. A obra em duas partes enfoca uma mulher que testou sua sexualidade em várias áreas. Não é a primeira vez que Charlotte causa sensação no cinema. Também "Antichrist" (foto), de Von Trier, ganhou fama de filme escandaloso.
Foto: picture alliance/Mary Evans Picture Library
Marion Cotillard, a versátil
A bela Marion Cotillard já era conhecida muito antes de sua cena de morte em "Batman - O cavaleiro das trevas ressurge", tão debatida nas redes sociais. Em 2011, ela foi a atriz francesa mais bem paga. Sua versatilidade ficou provada no papel de Edith Piaf em "Piaf, um hino ao amor", que lhe valeu o Oscar de melhor atriz em 2008.
Foto: picture-alliance/dpa/Hahn-Nebinger
Sophie Marceau, a Bond girl
Na década de 1980, os corações de muitos adolescentes dispararam com "No tempo dos namorados". Após filmar a segunda parte do filme, com 16 anos de idade, ela pagou para rescindir o contrato e assim não ter de filmar um terceiro episódio. Em 1986, participou de "Descent into hell". Na foto, Sophie interpreta uma Bond Girl em "007 - O mundo não é o bastante".
Foto: picture-alliance/dpa/UIP
Léa Seydoux, a arrojada
Também Léa foi Bond Girl (na foto com Christoph Waltz em "Spectre"). Ela se tornou conhecida com "Azul é a cor mais quente", que fascinou e ao mesmo tempo chocou público e crítica, principalmente por causa de uma cena de sexo lésbico de sete minutos de duração. Em 2013, o filme lhe valeu a Palma de Ouro.