Morre Henry Kissinger, o diplomata que marcou século 20
30 de novembro de 2023
Ex-secretário de Estado dos EUA teve papel central na Guerra do Vietnã e no golpe no Chile. Para apoiadores, ele era um gênio, e para críticos, um criminoso de guerra.
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O ex-secretário de Estado americano e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Henry Kissinger, morreu nesta quarta-feira (30/11) aos 100 anos de idade.
"Dr. Henry Kissinger, respeitado acadêmico e homem de Estado, morreu hoje em sua residência em Connecticut", anunciou em nota a sua empresa Kissinger Associates. Ele chegou aos 100 anos de idade em junho deste ano.
Kissinger, que dominou a política externa dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, se manteve ativo até ao fim da vida, apesar da idade avançada. Em julho, já com 100 anos, visitou a China, onde se encontrou com o presidente Xi Jinping.
O lendário e controverso diplomata nasceu em 27 de maio de 1923, em Fürth, na Alemanha, no seio de uma família judia que se mudou para Nova York, fugida do nazismo. O nazismo teve um efeito profundo no jovem judeu alemão. Naturalizado cidadão americano aos 20 anos, Kissinger entrou para o serviço militar de contraespionagem e para o exército americano, e seguiu para a Europa como intérprete alemão.
Mais tarde, ele conseguiu uma bolsa de estudos na Universidade de Harvard, onde concluiu seu mestrado em 1952 e doutorado em 1954. Depois ele se tornou professor da instituição, onde lecionou por 17 anos. Foi nessa altura que os presidentes democratas John Kennedy e Lyndon Johnson começaram a se aconselhar regularmente com este professor, brilhante e ambicioso.
Mas o homem dos óculos de armação grossa impôs-se como o rosto da diplomacia mundial quando o republicano Richard Nixon o chamou para a Casa Branca, em 1969, como conselheiro de Segurança Nacional, depois como secretário de Estado – ocupou os dois cargos de 1973 a 1975 e permaneceu como secretário de Estado sob o governo de Gerald Ford até 1977.
Foi então que deu início à chamada Realpolitik, começando o desanuviar das tensões com a União Soviética e o descongelamento das relações com a China de Mao Tsé-Tung, durante viagens secretas para organizar a visita histórica de Nixon a Pequim em 1972.
Na época em que atuou primeiramente como assessor de política externa e, mais tarde, como secretário de Estado dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, ele contribuiu para pôr fim à guerra no Vietnã, criar uma distensão com a União Soviética, abrir relações entre os Estados Unidos e a China comunista, remover do poder líderes democraticamente eleitos e redesenhar as fronteiras de vários países.
Depois de deixar o governo, ele passou a oferecer "consultoria geopolítica" para inúmeros líderes internacionais mantidos no anonimato através de sua firma de consultoria Kissinger Associates.
Gênio ou criminoso de guerra?
Para seus apoiadores, Kissinger era um verdadeiro gênio da diplomacia que continuou a dominar como ninguém a arte de discernir o que é politicamente viável. Para seus críticos, ele era um criminoso de guerra. Mas, para a maioria, seu legado político se localiza entre essas duas interpretações.
Até a sua morte, ele ainda era visto como um peso-pesado na política externa internacional e contribuía com suas opiniões em temas de geopolítica.
Recentemente, ele foi coautor de uma carta alertando contra os perigos que inteligência artificial (IA) representa para o mundo. Ao colocar a IA no mesmo patamar de perigo das armas nucleares, ele alertou seus jovens colegas que este é um "problema totalmente novo". Este foi um alerta bastante sério vindo de um homem que já tinha visto de tudo.
Em novembro de 2022, Kissinger chamou atenção ao lançar um apelo por uma paz negociada na guerra de agressão da Rússia na Ucrânia. O pedido veio em um momento em que os aliados ocidentais de Kiev apenas começavam a ampliar de maneira substancial seu apoio militar ao país invadido.
Enquanto Kissinger argumentava que as conversações se faziam necessárias para evitar outra guerra mundial de efeitos devastadores, Kiev o acusava de "aplacar o agressor".
Ken Lieberthal, que trabalhou com Kissinger em diversas ocasiões nas últimas décadas, avalia que o diplomata possuía uma "clara visão do que é necessário ser feito" e de "como chegar até lá". A abordagem de Kissinger exige uma "avaliação não sentimental das capacidades", explicou.
Kissinger, um dedicado proponente da chamada Realpolitik, forneceu de maneira ainda mais direta sua própria descrição de seu pensamento sobre o conflito: "os fins justificam os meios".
As críticas ucranianas não abalaram Kissinger. No que diz respeito a lidar com a Rússia, Kissinger, que arquitetou a política de distensão dos EUA nos anos 1970, pode alegar que ele mesmo já esteve à beira de uma guerra com os russos.
Mais tarde, ele descreveria a distensão como uma "estratégia para reger o conflito com a União Soviética" que possibilitou aos dois lados mais tempo para diplomacia e evitou um conflito direto.
Em uma rara mudança de opinião, ele passou a apoiar a adesão da Ucrânia à Otan, depois de chegar à conclusão de que "a ideia de uma Ucrânia neutra nessas condições" não seria mais algo "significativo".
Mas, sua tendência a enxergar os princípios das leis internacionais e dos direitos humanos como não primordiais, mas somente como um fator em sua equação política, gera repulsa dos defensores dos direitos humanos à simples menção do seu nome.
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"Percorrendo uma corda bamba"
Kissinger descreveu suas opiniões com frequência controversas sobre liderança estratégica como "percorrer uma corda bamba" que esteja "suspensa entre as certezas relativas do passado e as ambiguidades do futuro."
Ele escreveu extensivamente sobre seu processo de tomada de decisões, que, inclusive, o fez esconder os bombardeios dos EUA no Camboja do público americano. Os Estados Unidos tinham como alvo os guerrilheiros comunistas que usavam o país vizinho ao então Vietnã do Sul como base, mas acabaram criando uma crise que culminou na ascensão do regime assassino do Khmer Vermelho, que, segundo estimativas, matou mais de 2 milhões de pessoas.
Kissinger conseguiu assegurar um cessar-fogo que levaria ao fim da guerra no Vietnã. O plano fez com que ele e seu homólogo norte-vietnamita Le Duc Tho fossem agraciados com o Prêmio Nobel da Paz. Somente Kissinger aceitou o prêmio. Mais tarde, ele tentou devolvê-lo após uma tentativa de negociar a paz fracassar de maneira retumbante com a queda da capital do Vietnã do Sul, Saigon, para os comunistas.
As decisões que ele tomou custaram dezenas de milhares de vidas no Vietnã, Camboja e Laos e ainda em países como Chile. Quando Kissinger fala em público – o que ainda faz até hoje – fica bem claro que ele está ciente e não teme as graves consequências de suas ações.
Documentos do Arquivo Nacional dos EUA datados dos anos 1970, divulgados 40 anos mais tarde, provam que ele pressionou Nixon para remover do poder o presidente socialista democraticamente eleito no Chile Salvador Allende em 1973, porque acreditava que o modelo de governo chileno poderia ser "traiçoeiro" para os interesses americanos na região.
Ao fazê-lo, Kissinger acabou contribuindo para a ascensão do ditador Augusto Pinochet, cujo governo torturou e matou milhares de pessoas.
Efeito duradouro nas relações EUA-China
"Ele sempre raciocinou em termos de um tipo de equilíbrio de poder", afirmou Lieberthal sobre o apoio de Kissinger a intervenções em processos democráticos alheios.
Segundo seu colaborador, Kissinger se guiava pelo cálculo de que "o predomínio de um país levará a esforços dos demais". O fato de ignorar a instabilidade que tal reação em cadeia poderia produzir levou Kissinger a intermediar o histórico reconhecimento da China pelo presidente Nixon em 1972, uma política que continua a amarrar os EUA ao princípio de que "Taiwan é parte da China".
As tensões atuais no Estreito de Taiwan e os temores de uma guerra em torno do território ultramarino marcam a extensão da liderança de Kissinger na política externa americana, desde os anos 1970 até os dias atuais. Ele, no entanto, podia alegar ter identificado com décadas de antecedência a trajetória da China para tornar uma potência global, muito antes da maioria de seus colegas.
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Natacha Pisarenko/AP Photo/picture alliance
Morre Henry Kissinger, o diplomata que marcou século 20
Ex-secretário de Estado americano e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, ele mantinha-se ativo ainda aos 100 anos de idade. Alemão de família judia, ele fugiu do nazismo, naturalizou-se americano e, mais tarde, teve papel central na Guerra do Vietnã e no golpe no Chile, deixando um legado controverso: para apoiadores, ele era um gênio; para críticos, um criminoso de guerra. (30/11)
Foto: Adam Berry/Getty Images
Na Índia, 41 operários são resgatados após ficarem mais de duas semanas soterrados
Presos sob escombros há 17 dias, os operários que trabalhavam em um túnel na região do Himalaia que colapsou foram resgatados com vida. A operação foi bem sucedida graças à ação de mineradores que cavaram artesanalmente passagens por onde as máquinas convencionais não conseguiam avançar, após a perfuração de um cano garantir o envio de mantimentos e oxigênio ao grupo. (29/11)
Foto: Uttarakhand State Department of Information and Public Relations/AP/picture alliance
Nevasca provoca caos em partes da Alemanha
Uma intensa nevasca e temperaturas congelantes causaram grandes distúrbios na Alemanha. Em Rheingau-Taunus, uma centena de veículos ficaram presos, tendo que ser libertados com ajuda de bombeiros. Nos arredores de Eltville, 100 pessoas foram retiradas de seus carros por causa da queda de árvores. No aeroporto de Frankfurt, o maior da Alemanha, 161 decolagens e pousos foram cancelados. (28/11)
Foto: Kai Osthoff/dpa/picture alliance
Israel e Hamas decidem prolongar cessar-fogo
Poucas horas antes do fim do quarto e último dia do cessar-fogo no conflito na Faixa Gaza, Israel e o grupo radical islâmico Hamas concordaram em prolongar a trégua por mais dois dias. O cessar-fogo iniciado após dias de bombardeios veio após um acordo firmado entre os dois lados no conflito. O fluxo de ajuda humanitária, médica e combustível também continuará em todo o enclave palestino. (27/11)
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS
Bulgária debaixo de neve
A pouco menos de um mês do começo do inverno, o governo da Bulgária declarou estado de emergência em grande parte do país depois que fortes nevascas e ventos causaram interrupções no fornecimento de energia, bloqueios de estradas e acidentes de trânsito. Na foto, Isperih, no nordeste da Bulgária. (26/11)
Foto: Mehmed Aziz/AP Photo/picture alliance
Lava escorre sobre montanha de gelo na Sicília
Mais ativo vulcão da Europa, o Etna proporcionou imagens impressionantes ao expelir lava que escorreu sobre o monte coberto de neve na ilha italiana da Sicília. Povoados no entorno do vulcão ficaram cobertos de cinzas. O Etna retomou a sua atividade em agosto, produzindo uma nuvem eruptiva dispersa pelos ventos em direção a sul. (25/11)
Foto: Giuseppe Di Stefano/AP Photo/picture alliance
Começa cessar-fogo de quatro dias entre Israel e o Hamas
Israel e o grupo terrorista Hamas deram início a uma trégua de quatro dias no conflito na Faixa de Gaza iniciado em 7 de outubro. O cessar-fogo temporário foi acordado para que 50 reféns mulheres e menores de 19 anos em poder do Hamas sejam libertados em troca da soltura de 150 mulheres e adolescentes palestinos detidos em Israel. Veículos de ajuda humanitária puderam ingressar em Gaza. (24/11)
Foto: Ibraheem Abu Mustafa/REUTERS
Dublin tem violentos protestos após esfaqueamento de quatro pessoas
A capital irlandesa, Dublim, foi palco de violentos protestos, que resultaram na prisão de ao menos 34 pessoas. Um policial ficou gravemente ferido, 13 lojas foram seriamente danificadas ou saqueadas e 11 veículos da polícia sofreram danos. A manifestação, atribuída a grupos de extrema direita anti-imigração, teve início após o esfaqueamento de quatro pessoas, três delas menores de idade. (23/11)
Foto: Brian Lawless/PA via AP/picture alliance
Extrema direita comemora após eleição na Holanda
O partido anti-islâmico do populista Geert Wilders venceu as eleições legislativas na Holanda, segundo pesquisas de boca de urna. De acordo com os prognóticos, o Partido para a Liberdade (PVV) obteria 35 assentos no Parlamento de 150 cadeiras, ficando à frente da aliança de esquerda de Frans Timmermans, com 26 assentos, e do bloco de centro-direita, com 23. (22/11)
Foto: Remko de Waal/ANP/IMAGO
Ucrânia homenageia mortos em protestos pró-Europa
A Ucrânia prestou homenagens ao mais de 100 mortos nos chamados "protestos de Maidan", há dez anos. Em novembro de 2013, teve início uma série de manifestações que duraram três meses e culminaram na fuga para Rússia do então presidente ucraniano Viktor Yanukovych, figura próxima ao Kremlin. Meses depois, a Rússia respondeu invadindo e anexando ilegalmente a península ucraniana da Crimeia. (21/11)
Foto: Sergei Supinsky/AFP
Aquecimento global fica acima de 2ºC pela primeira vez
O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia (UE), anunciou que, pela primeira vez, a temperatura média global ficou acima de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900). O Acordo de Paris, que entrou em vigor em 2016, estabeleceu o objetivo de manter o aumento da temperatura média global em 1,5ºC. (20/11)
Foto: TERCIO TEIXEIRA/AFP/Getty Images
Javier Milei vence eleição presidencial argentina
Em meio a uma crise econômica, a Argentina optou pela ruptura numa eleição histórica, elegendo o populista de direita Javier Milei para a Presidência. Ele derrotou Sergio Massa, o candidato governista e atual ministro da Economia. Com a vitória de Milei, a Argentina entra na onda de ultradireita que sacudiu países como EUA e Brasil a partir da segunda metade dos anos 2010. (19/11)
Foto: Luis Robayo/AFP/Getty Images
SpaceX lança Starship, mas perde contato com a cápsula
A SpaceX lançou com sucesso a Starship, considerada a maior e mais poderosa nave do mundo a chegar ao espaço, depois de um primeiro teste fracassado em abril. Menos de três minutos após a decolagem, as partes se separaram. Apesar de o lançamento ter sido um sucesso, o propulsor usado pelo veículo espacial explodiu, e a SpaceX perdeu contato com a cápsula. (18/11)
Foto: GO NAKAMURA/REUTERS
Com a chegada do inverno, Rússia intensifica ataques a infraestrutura da Ucrânia
Ucranianos temem por mais um inverno sofrido enquanto a Rússia volta a bombardear a infraestrutura do país, deixando ao menos 45 mil sem energia no sul e leste do país. Em Kharkiv, alvo de bombardeios frequentes, o governo começou a construir escolas subterrâneas, à prova de mísseis, para que crianças possam voltar à sala de aula. (17/11)
Foto: Yevhen Titov/Zumapress/picture alliance
Ativistas voltam a pintar colunas do Portão de Brandemburgo
As colunas do Portão de Brandemburgo, um dos principais monumentos de Berlim, voltaram a serem tingidas de laranja durante um protesto de ativistas do clima, e dois manifestantes foram presos. Um ação semelhante havia sido realizada em setembro, liderada pelo grupo "Die Letze Generation" (A Última Geração), que cobra medidas mais drásticas para reduzir emissões de gases de efeito estufa. (16/11)
Foto: Annette Riedl/dpa/picture alliance
Biden e Xi reúnem-se nos Estados Unidos
O presidente chinês, Xi Jinping, teve uma rara reunião presencial com o presidente dos EUA, Joe Biden. Os dois líderes estão em São Francisco para a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que reúne 21 países. Biden disse que o objetivo do encontro era os dois "se entenderem". (15/11)
Foto: Doug Mills/AP Photo/picture alliance
Rio tem sensação recorde de 58,5 °C em meio a onda de calor
O Rio de Janeiro registrou sensação térmica de 58,5°C, a maior desde o início das medições do serviço Alerta Rio. A onda de calor afetou os estados do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, aumentando os perigos da exposição à radiação solar. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliou o alerta de "grande perigo" para 15 estados e o Distrito Federal. (14/11)
Foto: TERCIO TEIXEIRA/AFP/Getty Images
Premiê derrotado pelo Brexit volta ao governo britânico
Ex-primeiro-ministro britânico David Cameron voltou ao governo do Reino Unido como ministro do Exterior, em meio a uma remodelação anunciada pelo atual premiê, Rishi Sunak. Ele renunciou em 2016 depois de convocar e perder o referendo sobre o Brexit, inaugurando um período tumultuado na política britânica no qual o Partido Conservador se inclinou ainda mais para a direita populista. (13/11)
Foto: Sam Hall/empics/picture alliance
Brasileiros deixam a Faixa de Gaza
Um grupo de 32 brasileiros e familiares cruzou a fronteira com o Egito e deixou a Faixa de Gaza, após mais de um mês de espera, em meio a incessantes bombardeios no enclave palestino. Segundo o Itamaraty, o grupo chegou ao posto fronteiriço de Rafah, no sul de Gaza, passou pelo controle migratório e em seguida se dirigiu para o posto egípcio, num percurso de dois quilômetros de ônibus. (12/11)
Foto: privat
Islândia evacua cidade de 3 mil habitantes
A cidade de Grindavik, no sudoeste da Islândia, que conta com cerca de 3 mil habitantes, foi evacuada devido a temores de uma possível erupção vulcânica. A Islândia declarou estado de emergência depois que terremotos sacudiram o sudoeste da península de Reykjanes, um possível prenúncio de uma erupção vulcânica. (11/10)
Foto: Raul Moreno/SOPA Images/IMAGO
Usina solar flutuante na Indonésia
A Indonésia inaugurou uma usina de energia solar flutuante que pode gerar 192 megawatts de eletricidade. A obra é uma cooperação entre o governo indonésio e a empresa Masdar, dos Emirados Árabes Unidos, e foi construída no reservatório de Cirata, na província de Java Ocidental, na ilha de Java. (10/11)
Foto: Bay Ismoto/AFP/Getty Images
Alemanha lembra pogroms nazistas de 1938
O chanceler Olaf Scholz (foto) e outras autoridades participaram de cerimônia na sinagoga Beth Zion, em Berlim, em memória dos Pogroms de Novembro, quando judeus em toda a Alemanha foram brutalmente perseguidos, agredidos e assassinados. Evento completa 85 anos sob a sombra de nova onda de antissemitismo. (09/11)
Foto: John Macdougall via REUTERS
Atendendo a avisos de Israel, mais civis deixam norte de Gaza
Centenas de milhares de palestinos começaram a rumar para o sul da Faixa de Gaza, atendendo aos avisos das forças israelenses, que têm intensificado os bombardeios no norte após isolar a região militarmente. O Hamas reagiu acusando a ONU de colaborar com Israel no "deslocamento forçado" de civis – um número incerto deles permanece na área, inclusive em hospitais. (08/11)
Foto: Mohammed Al-Masri/REUTERS
Primeiro-ministro de Portugal renuncia após escândalo
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, pediu demissão do cargo após ter seu nome envolvido em uma investigação de corrupção relacionada a concessões de minas de lítio e a um projeto para uma usina de hidrogênio verde no país. O anúncio foi feito horas após a polícia ter prendido seu chefe de gabinete e cumprido mandados de busca e apreensão. Ele afirma ser inocente. (07/11)
Foto: Leonardo Negrão/GlobalImagens/IMAGO
Ambientalistas danificam vidro que protegia obra de Velázquez em museu
Dois ativistas do movimento Just Stop Oil ("Apenas pare o petróleo", em tradução livre) foram presos após danificarem o vidro que protegia uma pintura de Diego Velázquez na National Gallery, em Londres. O governo britânico anunciou recentemente planos para exploração de óleo e gás no mar do Norte. (06/11)
Foto: Just Stop Oil/AP Photo/picture alliance
Temporal deixa milhões sem luz em São Paulo
A forte chuva que caiu sobre o Estado no fim de semana deixou sete mortos e causou uma série de transtornos, principalmente na capital paulista, deixando 3,7 milhões sem energia elétrica. Passadas quase 48 horas, 1,2 milhão de endereços continuavam no escuro. (05/11)
Foto: Vincent Bosson/Fotoarena/IMAGO
Ato em Berlim reúne 8,5 mil por cessar-fogo em Gaza
Marcha teve teor "predominantemente pacífico", informou a polícia. Desde a eclosão do conflito, 20 de um total de 45 manifestações pró-Palestina foram vetadas por antissemitismo e discurso de ódio. O Hamas tem apostado no prolongamento da guerra, que afeta duramente civis, para pressionar por um cessar-fogo. Israel, que perdeu 1.400 civis em um ataque terrorista, condena a tática. (04/11)
Foto: Jörg Carstensen/dpa/picture alliance
Terremoto mata dezenas no Nepal
Mais de 50 pessoas morreram e outras dezenas ficaram feridas depois que um terremoto de magnitude 6,4 atingiu o oeste do Nepal. O tremor ocorreu pouco antes da meia-noite, quando muitas pessoas já estavam dormindo, e teve o epicentro registrado em Jajarkot, distante cerca de 400 quilômetros a nordeste da capital, Katmandu. (03/11)
Foto: Balkumar Sharma/AFP/Getty Images
Alemanha bane Hamas e associação palestina
A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, anunciou a proibição de qualquer atividade vinculada ao Hamas e baniu também uma rede palestina atuante no país, chamada Samidoun, que promoveu comemorações pelo ataque do grupo radical islâmico contra Israel no dia 7 de outubro. O Hamas é considerado uma organização terrorista pela Alemanha, e também pelos EUA e União Europeia. (02/11)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Alemanha pede perdão por crimes coloniais na Tanzânia
O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu perdão pelos crimes cometidos na Tanzânia durante o domínio colonial alemão. "Gostaria de pedir perdão pelo que os alemães fizeram com seus ancestrais aqui", disse Steinmeier durante uma visita. A parte continental da Tanzânia fazia parte da antiga África Oriental Alemã, colônia criada nos anos 1880 e dissolvida durante a 1° Guerra. (01/11)