Morre aos 102 anos arquiteto que projetou pirâmide do Louvre
17 de maio de 2019
Nascido na China e radicado nos Estados Unidos, I.M. Pei também é responsável por outras obras mundialmente conhecidas, como a Galeria Nacional de Artes de Washington e o Museu de Arte Islâmica no Catar.
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O arquiteto Ieoh Ming Pei, autor do projeto da pirâmide de vidro do Museu do Louvre, em Paris, morreu no início desta semana, aos 102 anos. A morte foi confirmada nesta quinta-feira (16/05) ao jornal The New York Times por um dos filhos do arquiteto, Li Chung Pei, que exerce a mesma profissão do pai.
Conhecido como I.M. Pei, ele nasceu na China em 1917 e, em 1935, se mudou para os Estados Unidos, onde começou a carreira numa imobiliária de Nova York. Conhecido principalmente pela pirâmide do Louvre e pelo Prédio Leste da Galeria Nacional de Arte de Washington, formou-se em arquitetura pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Em 1948, pouco após terminar a pós-graduação em Harvard, foi contratado por William Zeckendorf, um empresário do setor da construção de Nova York.
O arquiteto passou a supervisionar os projetos da empresa de Zeckendorf, Webb & Knapp, que construía arranha-céus. Em 1955, criou a própria companhia, I.M. Pei & Associates, que inicialmente se dedicava a projetos do empresário.
A partir de 1960, Pei, conhecido pela personalidade discreta, mas competitiva, começou a ganhar importantes concursos para projetar, por exemplo, o Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica do Colorado (1967), assim como o Museu de Arte de Everson, em Syracuse, no estado de Nova York, e o Centro de Arte Des Moines, em Iowa, ambos em 1968. Estes foram os primeiros de vários museus. Um dos últimos foi o de Arte Islâmica de Doha, no Catar, projetado em 2008.
Para a tarde desta sexta-feira estava marcada uma reunião dos funcionários do Louvre para homenagear o arquiteto. O presidente-diretor do museu, Jean-Luc Martinez, expressou sua "enorme tristeza".
O projeto mais conhecido de Pei, a pirâmide do Louvre, foi lançado na gestão do presidente François Mitterrand, em 1984, e recebido com muita controvérsia pela ousadia e por o arquiteto não ser francês.
O ministro da Cultura da França na época, Jack Lang, lembra-se dele como um "homem gentil e extraordinário". Para Lang, toda a polêmica envolvendo a pirâmide mostra que "você nunca deve ter medo de ser audacioso porque, no final, quando se aposta em inteligência e beleza, é um sucesso". A pirâmide de 21 metros do Louvre foi aberta ao público há exatos 30 anos, em 1989.
Em 1983, Pei ganhou o prêmio Pritzker, o mais importante da arquitetura mundial, e usou o valor recebido de US$ 100 mil para iniciar um programa para que chineses aspirantes a arquitetos pudessem estudar nos Estados Unidos.
Pei foi casado com Eileen Loo de 1942 a 2014, quando ela faleceu. O casal teve quatro filhos, dois deles também arquitetos.
Além de museus, o arquiteto assinou os projetos de diversas casas de shows, instituições de ensino, hospitais, prédios comerciais e edifícios públicos, como a Câmara Municipal de Dallas (1977), a Biblioteca John F. Kennedy de Boston (1979), e o Pavilhão Guggenheim do Hospital Mount Sinai de Nova York (1992).
LE/efe/rtr/ap
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Desde abril de 2016, uma novidade cobre a área antes ocupada pelo antigo mercado central de Paris e mais tarde pelo neglicenciado centro comercial Forum des Halles. Batizada de La Canopée, essa imensa estrutura de teto espetacular reúne um centro do transporte urbano, centro comercial, restaurantes e uma variedade de locais para interessados em artes.
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Galeries Lafayette
Quando o assunto é consumo em alto estilo, a Paris do século XIX já estava na vanguarda. Os Grands Magasins eram um tipo totalmente novo de loja de departamentos. As Galeries Lafayette são o epíteto da elegância nas compras. Como camarotes de uma ópera, as galerias em torno da área central formam um espiral que é coroado por uma cúpula de vidro 42 metros acima do chão – design sublime do varejo.
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Faça uma pausa
Sente e relaxe um pouco. Para isso, nada melhor do que um dos muitos parques da cidade, como aqui no Jardin des Tuileries, perto do Louvre. As cadeiras verdes de metal são ícones do design industrial de 1923. Elas compartilham o nome do famoso Jardin du Luxembourg, onde surgiram pela primeira vez: chamam-se cadeiras de Luxemburgo. Aliás, até 1974 as pessoas tinham que pagar por um assento.
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Pare para um lanche
Não é preciso pagar muito para se comer bem na cara Paris. Uma dica é no Marais, o bairro judeu mais famoso da cidade. Na Rue des Rosiers fica o melhor falafel da cidade. É um prazer passear pelas lojas, livrarias e bistrôs desse bairro tranquilo, que tem conseguido escapar do desenvolvimento moderno. E seus moradores estão determinados a mantê-lo assim.