Morre aos 92 anos Albert Uderzo, um dos criadores de Asterix
24 de março de 2020
Ilustrador francês ficou conhecido ao lado de René Goscinny pela criação do personagem gaulês nos anos 1950. Seis décadas depois, 370 milhões de cópias das aventuras de Asterix e Obelix foram vendidas mundo afora.
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O ilustrador francês Albert Uderzo, que com René Goscinny criou as histórias de Asterix, morreu, aos 92 anos de idade, em sua casa na periferia de Paris, segundo relatou sua família nesta terça-feira (24/03).
"Albert Uderzo morreu enquanto dormia em sua casa em Neuilly (na periferia de Paris) de um ataque cardíaco não relacionado com o coronavírus. Ele estava muito cansado há várias semanas", disse seu genro Bernard de Choisy à agência de notícias AFP.
Uderzo criou os quadrinhos de Asterix e Obelix com Goscinny em 1959. Seis décadas depois, cerca de 370 milhões de cópias já foram vendidas mundo afora, traduzidas para 111 línguas e dialetos. Juntamente com Goscinny, que morreu em 1977, aos 51 anos de idade, ambos publicaram 24 álbuns.
Durante muito tempo, Uderzo se opôs à criação de novas histórias após a morte de seu colega. Em 2011, ele passou o legado a autores mais jovens, supervisionando o trabalho deles em todos os momentos.
Desde que Uderzo e o letrista Goscinny lançaram o primeiro álbum das aventuras de Asterix e Obelix, há mais de meio século, Asterix tornou-se um fenômeno: mais de dez filmes de animação foram produzidos, em 1989 foi inaugurado um parque temático perto de Paris com o seu nome, e centenas de produtos de merchandising foram concebidos.
Uderzo nasceu em 25 de abril de 1927, perto de Reims, e era filho de imigrantes italianos. No final dos anos 1940, ele foi um dos desenhistas de maior sucesso da sua geração – apesar de ser daltônico. Em 1951, Uderzo conheceu então o talentoso contador de histórias Goscinny.
Juntos, eles produziram várias séries. Seus primeiros trabalhos foram Oumpah-pah, Jehan Pistolet e Luc Junior. O seu maior sucesso, no entanto, começou em 1959 com o Asterix, cuja primeira aventura foi publicada na revista Pilote antes do lançamento do primeiro álbum na França, dois anos depois, com Asterix le Gaulois (Asterix, o Gaulês). Na Alemanha, ela foi lançada em 1968.
Em 1977, quando Goscinny morreu, a dupla já tinha lançado mais de 20 álbuns. Uderzo continuou a série como ilustrador e escritor. A primeira história que ele criou sozinho, O grande fosso, foi publicada em 1980, e Uderzo criou outros volumes por conta própria.
No início de 2009, Uderzo, que sofria de artrose, afastou-se cada vez mais da mesa de desenho. Dois anos depois, entregou o cetro a colegas mais jovens. O primeiro volume de Asterix feito por Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, Asterix entre os pictos, foi publicado em outubro de 2013.
Walter Elias Disney morreu em 15 de dezembro de 1966 na Califórnia. Os personagens e filmes desse pioneiro da animação no cinema se tornaram inesquecíveis.
Foto: 2016 Disney Enterprises, Inc.
Habilidades manuais
Walter Elias "Walt" Disney, nascido em 1901 em Chicago, era um desenhista brilhante. Esse talento é documentado em um livro da editora alemã Taschen. "Das Walt Disney Filmarchiv. Die Animationsfilme 1921–1968" (O arquivo do cinema de Walt Disney. Os filmes de animação de 1921 a 1968, em tradução literal) traz centenas de projetos e desenhos, mostrando como os filmes foram produzidos.
Foto: 2016 Disney Enterprises, Inc.
Primórdios do filme
Já na década de 1920, o então jovem Walt Disney começou a trabalhar no cinema. Sua série "Alice Comedies" misturava realidade e animação. Na foto, uma cena com a estrela infantil Virginia Davis em "Walt Disney Alice’s Spooky Adventure".
Foto: Walt Disney Archives Photo Library
"Branca de Neve", o clássico
Em 1937 foi lançado o primeiro desenho de longa-metragem, "Branca de Neve e os Sete Anões" ("Snow White and the Seven Dwarfs", uma adaptação baseada em um conto dos irmãos Grimm). O clássico ganhou vários prêmios, incluindo um Oscar.
Foto: 2016 Disney Enterprises, Inc.
Figuras lendárias
Os personagens criados por Disney são conhecidos no mundo todo. Sobre o camundongo Mickey, no entanto, há uma controvérsia sobre a autoria. O famoso rato teria sido criado pelo diretor de arte de Walt Disney, Ub Iwerks.
Foto: 2016 Disney Enterprises, Inc.
Os personagens de Patópolis
O personagem Donald Fauntleroy Duck, ou Pato Donald, apareceu pela primeira vez em um filme de 1934. Três anos mais tarde surgiria a namorada dele, Margarida (Daisy Duck no original em inglês). E, em 1938, apareceriam os sobrinhos, os trigêmeos Huguinho, Zezinho e Luisinho (Huey, Dewey e Louie, em inglês). Só em 1947 seria criada a figura do sovina Tio Patinhas (nome original de Scrooge McDuck).
Foto: imago/United Archives
Propaganda de guerra
Durante a 2ª Guerra Mundial, Disney produziu filmes de propaganda militar, utilizando seus personagens mais conhecidos. Na foto, o Pato Donald em "A face do Führer" ("Der Fuehrer's Face", de 1942). Nos anos seguintes, Disney produziria também documentários sobre animais e vida selvagem, como "Seal Island", de 1948, sobre focas, que, no ano seguinte, ganharia o Oscar de melhor documentário.
Foto: public domain
Fantasia sem fronteiras
Nas décadas de 1940 e 1950 estrearam os grandes filmes de longa-metragem "Pinóquio", "Dumbo", "Bambi", "Fantasia", "Cinderela", "Alice no país das maravilhas" e "Peter Pan" (foto). De tão perfeitamente desenhadas, as animações transpõem o espectador para o mundo sem fronteiras da fantasia.
Foto: 2016 Disney Enterprises, Inc.
Do esboço ao filme
Os filmes de longa-metragem da Disney envolveram milhares de funcionários, principalmente ilustradores e designers gráficos. Até um filme ser exibido nos cinemas eram feitas centenas de esboços e rascunhos. Na foto, "A bela adormecida".
Foto: 2016 Disney Enterprises, Inc.
Clássicos do entretenimento
"Bambi", de 1942, é um dos lendários filmes que atrai tanto o público adulto quanto o infantil. O enredo baseou-se no romance "Bambi, uma vida na floresta", escrito pelo austro-húngaro Felix Salten em 1923.
Foto: 2016 Disney Enterprises, Inc.
Arquivos de cinema Walt Disney
O livro sobre o cinema animado de Disney tem 600 páginas e foi lançado em inglês e em alemão. Para sua realização, Daniel Kothenschulte usou material dos arquivos Walt Disney e bibliotecas americanas.